Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
Levantamento da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), informa que em 2010 o Maranhão recebeu o anúncio de sete grandes investimentos, no valor global de R$ 4,1 bilhões. Os projetos reforçam o potencial econômico do estado, que tem atraído empreendimentos diversos nos últimos anos.
Os investimentos anunciados no Maranhão ano passado, na capital e interior, com destaque para as áreas de petróleo e gás, aciaria, bebidas, papel e celulose, produção de gás oxigênio e nitrogênio, produção de óleo de soja e de cana-de-açúcar e etanol.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, todos esses projetos anunciados estão em plena execução, atraídos por uma política sólida de governo e pelas potencialidades do estado, com suas vantagens comparativas e competitivas – localização privilegiada, infraestrutura (transporte, energia, terras e água).
“O governo continua trabalhando para atrair mais empreendimentos para o estado, que nos próximos cinco anos contabiliza uma carteira de investimentos de mais de R$ 100 bilhões”, ressaltou Maurício Macedo.
Nessa lista de grandes empreendimentos anunciados em 2010, a Renai destaca o da TG Agro Industrial no município de Aldeias Altas, onde a empresa produz cana de açúcar e etanol. A TG anunciou investimentos de R$ 400 milhões em cinco anos em expansão e modernização do empreendimento.
Parte desses recursos, ou seja, R$ 80 milhões, será empregada em dois anos no aumento do seu parque industrial e no plantio de cana-de-açúcar em Aldeias Altas, gerando 4 mil empregos diretos e 15 mil postos indiretos.
O investimento, já em andamento, vai elevar o processamento de cana-de-açúcar, atualmente de 532.000 tons/ano para 2.000.000 de tons/ano e aumentar a produção de etanol, que saltará dos atuais 40 milhões de litros para 160 milhões de litros/ano até 2017.
Já no município de Porto Franco, o grupo mineiro Algar Agro está investindo R$ 38 milhões na construção de uma refinaria de óleo de soja. O empreendimento é uma extensão da unidade de esmagamento que a empresa já possui na região, onde é produzido óleo bruto (degomado). O investimento irá gerar 120 diretos na construção e mais 100 indiretos (com transporte de produtos) e 40 diretos na operação.
Ainda na área do agronegócio, a Suzano Papel e Celulose anunciou ano passado a construção de um porto, possivelmente em São Luís, para escoamento da produção da unidade de celulose que está sendo instalada em Imperatriz. O projeto, que está em processo de licenciamento ambiental, prevê investimentos em torno de R$ 2,2 bilhões. A previsão é de que sejam gerados 1.000 postos de trabalho na construção e outros 200 na fase de operação. A Suzano implantará a sua segunda fábrica no Maranhão trata-se de uma Unidade Industrial de Produção de Pallets de Madeira para Energia, no município de Chapadinha.
De acordo com o presidente da Suzano, Antônio Maciel, serão 1.350 novos empregos diretos, 5.800 indiretos nas áreas industrial e florestal e 1.500 empregos provisórios durante a etapa de construção, com prioridade para contratação de trabalhadores maranhenses. "Serão mais de dez mil empregos para a região de Chapadinha e Urbano Santos", afirmou Maciel.
A unidade está orçada em aproximadamente R$ 1 bilhão e, inicialmente, vai operar com duas linhas de produção, com capacidade para produzir 2 milhões de toneladas por ano. A fase de operação está prevista para 2013.
Área de petróleo e gás, um dos destaques
Um dos destaques levantados pela Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai) foi o anúncio da OGX em investir R$ 700 milhões na prospecção de 15 poços de gás natural e na intensificação dos estudos geológicos, na Bacia do Parnaíba (terrestre).
Como resultado desses investimentos, que se acentuaram a partir de agosto do ano passado, a OGX descobriu grande reserva de gás natural na região, especialmente nos municípios de Santo Antonio dos Lopes e Capinzal do Norte. A empresa pretende começar a produção de gás natural na Bacia do Parnaíba, estimada em 5,7 milhões de m³/dia a partir de 2013.
Já num outro ponto do estado em Açailândia, de acordo com a Renai, foram anunciados dois empreendimentos, sendo um na área de aciaria e laminação de aços longos e outro no segmento de produção de oxigênio, nitrogênio e argônio.
Em fase final de construção e montagem da primeira fase, a Usina Siderúrgica Integrada Gusa Nordeste do grupo Ferroeste tem investimentos de R$ 610 milhões, com capacidade para 600 mil ton/ano de lingotes de aço. Também está previsto integrado ao projeto a instalação da Cimento Verde do Brasil (CVB) – Cimento Açaí.
Açailândia também deve receber investimentos no valor de R$ 8,3 milhões da Indústria Brasileira de Gases (IBG) na instalação de uma fábrica para produção de oxigênio, nitrogênio e argônio.
E, em São Luís, a Ambev anunciou e investiu R$ 144 milhões na duplicação da fábrica de cerveja localizada no Distrito Industrial, que elevou a capacidade de produção para 440 milhões de litros/ano. Também foi construído um novo centro de distribuição, duas obras que geraram mais 900 empregos diretos.
Mais
- A Renai é um instrumento pelo qual o Governo Federal busca disseminar informações sobre investimentos produtivos no Brasil. A base da Renai são as parcerias entre o MDIC e as secretarias estaduais de Indústria e Comércio, as federações de indústria, e outros órgãos de promoção de desenvolvimento econômico.
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