No investimento de US$ 3,1 bilhões identificados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) para o Maranhão até 2015, na área mineral, o destaque é para a exploração de ouro na região do Gurupi, onde estão instaladas as empresas Jaguar Mining e Aurizona. Os dois projetos estão estimados em cerca de US$ 341 milhões.
Com investimentos de US$ 64 milhões, a Mineração Aurizona, empresa controlada pelo grupo canadense Luna Gold Corp., foi a primeira a se instalar na região e já iniciou as atividades no município de Godofredo Viana, onde produzirá 3 toneladas de ouro por ano (equivalente a 100 mil onças).
O projeto da Aurizona está instalado numa área de 10 mil hectares, dos quais 500 são explorados no momento. A lavra (área de extração) é a céu aberto. O material extraído é levado até a usina de beneficiamento, onde entra em processo de moagem, tratamento químico e fundição do metal.
O potencial de exploração de ouro na região do Gurupi também atraiu a empresa Jaguar Mining, que está investindo US$ 277 milhões na operação de uma mina no município de Centro Novo do Maranhão. O projeto prevê produção de 4,5 toneladas de ouro.
A Jaguar, que é controladora pelas empresas Mineração Serras do Oeste e Mineração Turmalina, com matriz em Minas Gerais, aguarda licenciamento ambiental para dar início às obras em Centro Novo do Maranhão. A mina deve começar a operar em janeiro de 2013. Na fase de construção, o empreendimento irá criar mil empregos diretos e indiretos e, quando estiver operando, 630 postos de trabalho (450 diretos e 180 indiretos).
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc), Maurício Macedo, ele vê com bastante entusiasmo os investimentos na exploração de ouro no Maranhão. "A exploração de ouro de forma industrial é uma atividade nova no nosso estado. O interesse de grandes empresas como a canadense Luna Gold e da Jaguar Mining demonstra o potencial da região do Gurupi. No momento, temos mais uma empresa que está estudando a região. Isso é importante, não só pelo fato de inserir o Maranhão entre os estados produtores de ouro, mas também porque gera emprego e renda em municípios onde a industrialização ainda não chegou", observou Macedo.
Gipsita é outro mineral em evidência
Outro mineral que está atraindo investimentos no Maranhão é a gipsita, concentrado na região de Grajaú, considerado pólo gesseiro, que reúne atualmente cinco mineradoras, 16 calcinadoras e 85 empresas de fundição de placas, que geram aproximadamente 900 empregos diretos.
De acordo com a Sedinc, com base nas informações repassadas pela Prefeitura de Grajaú, as cinco mineradoras estão produzindo 40 mil toneladas/mês de minério de gipsita. Já as 16 calcinadoras produzem de 24 a 26mil toneladas/mês de gesso calcinado e as 85 empresas de fundição, em torno de 1,5 milhão de toneladas de placas/mês.
Para atender as empresas já instaladas no pólo gesseiro e também atrair mais investimentos para o setor, o Governo do Estado, por meio da Sedinc, está implantando o Distrito Industrial de Grajaú, com investimentos de R$ 4,069 milhões. "As obras já estão com a parte viária em fase final de conclusão e em andamento os serviços de instalação da rede elétrica e de perfuração de poços", informou o secretário Maurício Macedo.
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