sábado, 6 de agosto de 2011

Consórcio constrói maior condomínio das Américas para as classes B e C em SL



Consórcio constrói maior condomínio das Américas  para as classes B e C em SL


Rubenita Carvalho
Da Editoria de Consumidor

O nicho de imóveis populares é o alicerce do mercado da construção civil para atrair consumidores das classes B e C na capital maranhense. O alvo são pessoas com renda na faixa de três a 10 salários mínimos. O produto inclui casas ou apartamentos de um ou dois quartos com preços que variam de R$ 75 mil a R$ 100 mil. Exemplo: a construção do maior condomínio de casas populares da América Latina com mais de 4 mil unidades em São Luís (condomínio Nova Terra). A entrega dos imóveis prevista para setembro de 2011 é a esperança de famílias maranhenses de baixa renda, na conquista do sonho da casa própria. O projeto administrado pelo Governo Federal com recursos da ordem de R$ 141.785 milhões integra o consórcio de construtoras (Lastro Engenharia, Construtora K2 Engenharia Civil Ltda, Vitral e Tec Master).
Segundo o empresário Alberto Mota, da Construtora Viluma, a demanda por este tipo de empreendimentos populares tem provocado a valorização dos imóveis e levado construtoras a apostarem nesse nicho de mercado na capital e em outras regiões do estado. Outro fator favorável é a expansão de crédito imobiliário, com a redução do déficit habitacional que hoje ultrapassa as 100 mil unidades em São Luís.
O boom dos empreendimentos imobiliários em São Luís aposta na construção de apartamentos de um quarto e dois quartos, em condomínios que oferecem serviços agregados e áreas de lazer. No víeis de unidades populares, os bairros Cohama, Turu, Forquilha e adjacências são locais estratégicos, segundo empresários do segmento da construção civil, já que estão situados em terrenos 'férteis' para construção dos imóveis.
"O grande atrativo nestas áreas é a facilidade de vários acessos a pontos estratégicos de negócios na capital maranhense e também devido à proximidade com outros bairros como Centro, São Cristóvão, Maiobão, locais de grande movimentação da população local, agregando trabalho e moradia", pontuou Alberto Texeira Mota. O empresário anuncia ainda a expansão dos negócios para cidades do interior do estado como Bacabal, Codó, Açailândia e Imperatriz. Em São Luís, o lançamento do condomínio de 160 apartamentos - Bosque dos Buritis, com localização na Forquilha. Dependendo do tipo de imóvel, o custo de uma unidade pode variar de R$ 75 mil a R$ 87 mil.
Nova Terra - A construção das casas populares integra o condomínio Nova Terra, localizado no bairro Maiobão. Cada imóvel situa-se numa área de 35 m², sendo dois quartos, um banheiro e uma cozinha. O projeto integra o Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. "A previsão é de que os imóveis sejam entregues ao governo em setembro para sorteio de famílias cadastradas no programa", informou o empresário Vladimir Teobaldo Albuquerque, da construtora K2 Engenharia Civil Ltda, que integra o consórcio de construtoras.
O empresário Antonio Augusto Araújo Coutinho Filho, que administra a construtora Amorim Coutinho Engenharia e Construção Ltda, afirma que o foco dos negócios é na construção de imóveis populares com requinte de imóveis de alto padrão. "O nosso diferencial é oferecer ao cliente um produto popular, mas com padrão de qualidade e acabamento de imóveis considerados de alto padrão. O projeto arquitetônico dos imóveis é um exemplo disso, onde os apartamentos dispõem de varandas maiores e mais sofisticadas", destacou.

Déficit de moradias é elevado no estado


A conquista de um teto para morar ainda é um dos principais sonhos de muita gente. A criação do Governo Federal no Programa Minha Casa, Minha Vida, visando reduzir o déficit habitacional brasileiro em 1 milhão de unidades, tem favorecido a realização deste sonho. O déficit por baixa renda, por exemplo, alcança 33% das famílias brasileiras com renda de até dois salários mínimos; 59% dos domicílios que estão no déficit por inadequação têm renda de até dois salários mínimos e 92% estão concentrados nas famílias com renda familiar de até cinco salários mínimos, segundo dados do PNAD.
Apesar do sucesso dos programas habitacionais no Maranhão, o déficit de moradia ainda é elevado no estado. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em números absolutos, o déficit habitacional no Maranhão é o quinto maior do país, chegando a 570.606 unidades. Quando o déficit do estado se refere ao número de imóveis existentes, dividido pelo número de moradias necessárias, o índice é de 38,1%, o maior do país. Já o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon) afirma que a aquisição da casa própria é cada vez mais uma realidade para muitos maranhenses. Desde 2005, com o Projeto Casa da Gente, em três anos foram entregues 7.247 imóveis do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) e 650 do Programa Imóvel na Planta.
O déficit soma a quantidade de famílias que declaram não ter um teto, que habitam locais inadequados ou que compartilham uma mesma moradia e pretendem se mudar. Não leva em conta as famílias que vivem em casas adequadas de aluguel. 

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