Quando a MPX anunciou que construiria uma termoelétrica em São Luís para queimar carvão , o presidente da MPX Itaqui, Edio Rodenheber, garantiu que a poluição da cidade não é uma preocupação, porque a empresa escolheu queimar um tipo de carvão mineral com baixo número de oxidação, ou seja, gera menos resíduos do que ouros tipo de carvão.
"Compramos uma mina na Colômbia que tem um tipo de carvão que gera baixo nox. De qualquer forma hoje Nova York é cerca de termoelétricas e as pessoas convivem com esta forma de gerar energia elétrica.A Europa e o resto dos Estados Unidos também tem termoelétrica a carvão. Hoje há tecnologia para mitigar as emissões", disse.
Ainda na fase de projeto do empreendimento, os técnicos da empresa passaram a pesquisar tecnologias para diminuir a emissão de resíduos durante a queima do combustível. Rodenheber garantiu que e escolha recaiu em cima de queimadores do tipo "Low Nox", ou seja, que liberavam amenos enxofre e menos nitrogênio do que outros tipos de queimadores.
"Estamos usando todos os tipos de tecnologia para mitigar as emissões. Vamos fazer investimentos em captura de carbono. Estamos pesquisando onde investir nesse sentido e procurando tecnologias para adotar", comentou.
Segundo o jornal O Imparcial, o projeto da MPX no Itaqui, orçado em R$ 1,8 bilhão, está empregando cerca de 3400 operários na obra e deverá entrar em operação até o dia 15 de novembro. A empresa está terminando a montagem da turbina e da caldeira que serão usados para gerar 360 megawatts de energia elétrica - o suficiente para iluminar uma cidade com um milhão de habitantes.
Outro bom motivo para adotar a estratégia e investir em tecnologias com baixa emissão de nitrogênio e enxofre é o fato da empresa ter recebido uma linha de financiamento do Banco Mundial (Bid), que tem diretrizes de meio ambiente para plantas termo elétricas mais rígidos que a legislação nacional.
Enquanto a legislação brasileira - Resolução n° 8 dom Conselho Nacional de Meio Ambiente - permite emitir até 500 partículas por miligramas por metro cúbico (PM mg/nm³) a proposta da empresa é emitir apenas 50 PM mg/nm³, o mesmo exigido pelo Bid, que tem regras mais severas.
O mesmo vale para dióxido de enxofre e para o óxido de nitrogênio. Para o primeiro, a proposta é emitir apenas 400 mg/nm³, quanto a exigência nacional é 1250 mg/nm³. E o segundo o parâmetro adotado é 510 mg/nm³.
"O nosso condicionamento ambiental só nos permite emitir 1% de enxofre e apenas 7% de cinza. Vamos usar tecnologia a nossa favor. A planta tem filtros que vão reter a maior parte dos particulados", finalizou Rodenheber.
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