Um dos maiores portos dos Estados Unidos, o de Houston, está prospectando novos negócios no Brasil com interesse particular nos estados do Norte e Nordeste. Os americanos estão atentos a investimentos em portos, hidrovias e ferrovias, além de gás e petróleo. Daí o interesse no Porto do Itaqui, que na quinta-feira (28), recebeu a visita do representante da Autoridade Portuária de Houston no Brasil, John Cuttino, e do assessor Internacional da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pablo Sousa Santiago.
O Porto de Houston é o primeiro dos Estados Unidos em importação e o segundo em exportação em total de tonelagem. Em 2009, foram movimentadas mais de 220 milhões de toneladas de carga. Houston é o quinto porto norte-americano quando se trata de relações comerciais com o Brasil.
Em visita ao Maranhão, John Cuttino, que também representa a Câmara de Comércio de Houston, visitou as instalações do Porto do Itaqui e recebeu do presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Hermes Ferreira, informações sobre novos projetos, obras em andamento e investimentos na expansão do porto maranhense.
“Queremos vincular o Maranhão a Houston, antecipando investimentos na Refinaria Premium, em Bacabeira, e nas obras de conclusão da Ferrovia Norte Sul”, disse Cuttino, acrescentando que gás e petróleo são alguns dos negócios que pretendem fomentar no Maranhão, assim como já ocorre em Suape e Macaé. Ele acrescentou que uma das vantagens do Porto do Itaqui é que está muito mais próximo do Golfo do México do que os demais portos localizados no Sul e Sudeste do Brasil.
Já há negócios, segundo Cuttino, sendo fechados com empresas locais e que outros têm perspectivas futuras. Carga em contêiner está entre as prioridades. “Daí a importância de estreitarmos as relações entre as autoridades portuárias de Itaqui e Houston”, disse. Nesse sentido, segundo o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da empresa, Daniel Vinent, a Emap já trabalha na atualização do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto do Itaqui.
O documento traz informações sobre projeção de carga desenvolvidas, visões de curto, médio e longo prazos, com impactos sobre o arranjo físico das instalações, equipamentos, infraestrutura e investimentos necessários e sobre o meio ambiente. “Só então será possível obter respostas claras como a sustentação para a vinda de outras cargas em contêiner”, explicou Vinent.
Além do Porto do Itaqui, estão sendo mantidos contatos com a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), com a Associação Comercial do Maranhão (ACM) e com a Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Sinc).
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