Estudo projeta aumento de 7,5% para o PIB do Nordeste em 2010
Trabalho indica bom desempenho da economia nordestina, com destaque para o Ceará e o Maranhão.
O Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), elaborou pesquisa sobre conjuntura econômica, que projeta aumento de 7,2% para o PIB do Brasil e de 7,5% para o do Nordeste, em 2010.
A pesquisa mensal baseia-se no panorama observado no primeiro quadrimestre, cujos indicadores apontam para um bom desempenho da economia nordestina, com destaque para os estados do Ceará e Maranhão. No período, o nível do crescimento regional superou a média nacional, exceto no caso da produção industrial e de grãos. Entre janeiro e abril, por exemplo, as exportações regionais atingiram US$ 5,3 bilhões, com incremento de 57% sobre o mesmo período de 2009, o dobro da média nacional. Já as importações alcançaram US$ 5,2 bilhões, avanço de 41,8%.
Agricultura e indústria
A safra regional pode chegar a 12,6 milhões de toneladas, 7,6% a mais que a anterior, contra 8,7% previstos na safra nacional. A produção menor de alguns estados (PI, AL, PB, RN e PE), prejudicada pela escassez de chuvas, foi compensada pelo bom desempenho dos principais produtores de grãos da região: Bahia (+9,9%), Maranhão (+14%) e Ceará (+20%).
A expansão da indústria nordestina em abril, de 20,5% sobre igual mês de 2009, foi a maior desde maio de 1996. No acumulado do ano, o avanço foi de 13,7%, um pouco abaixo do agregado nacional (18%), sobressaindo-se os setores de metalurgia básica (29,1%), calçados e artigos de couro (23,5%) e refino de petróleo e álcool (21,6%).
Crédito e comércio
O volume de vendas do comércio varejista ampliado do Nordeste, no primeiro trimestre, cresceu dois pontos percentuais acima do país como um todo (17,5% contra 15,5%), reflexo das melhorias nos níveis de emprego, massa salarial, volume de crédito e na desoneração fiscal sobre vários produtos. Em termos espaciais, os melhores desempenhos ocorreram no Ceará (23%), Piauí (19,3%), Paraíba (18,6%) e Bahia (17,3%).
Quanto ao crédito, o volume de operações atingiu R$ 151,1 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 33,2% no trimestre, quase o dobro da expansão nacional (16,8%).
Já a arrecadação de tributos federais subiu 25,7% no quadrimestre, para R$ 12 bilhões. Em âmbito nacional aumentou 19,4% tomando como parâmetro o mesmo período de 2009. Por sua vez, a arrecadação do ICMS alcançou R$ 9,4 bilhões, 18,7% a mais sobre o primeiro trimestre de 2009 (17,2% em âmbito nacional).
Trabalho
Entre janeiro e abril, o mercado de trabalho formal se recuperou na região registrando saldo positivo de 30 mil novas oportunidades (admissões menos desligamentos). Vale lembrar no mesmo período, em 2009, haviam sido eliminados 105,8 mil postos de trabalho, em função da crise global. No mesmo intervalo, houve queda nas taxas de desocupação nas regiões metropolitanas de Salvador (1,2 ponto percentual) e Recife (1,5 p.p).
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