sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cidade de Bacabeira ganha viaduto com a duplicação da BR 135


Uma radical mudança na paisagem urbana de Bacabeira será notada com a duplicação da BR 135, nos seus 26,6 quilômetros que ligam a cidade ao distrito de Estiva, no Estreito dos Mosquitos, em São Luís, pois além do deslocamento da ferrovia São Luís - Teresina, um viaduto será construído para facilitar o acesso dos veículos em diversos sentidos.

Pelas estimativas do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Gerardo de Freitas Fernandes, os serviços poderão ser contratados ainda em outubro e deverão estar concluídos no primeiro semestre de 2012.

Embora seja um projeto antigo, a duplicação da estrada tornou-se mais necessária ainda depois que o município foi escolhido para sediar uma refinaria de petróleo, devido ao crescimento no movimento de veículos que farão o transporte de cargas e passageiros tanto para a Petrobras quanto para as demais empresas que vão se instalar no seu entorno.

Para Gerardo Fernandes, o pontapé inicial para conclusão desse projeto foi a audiência pública de quarta-feira, dia 09, quando ele foi apresentado, sendo que a partir de agora começam as etapas de licenciamento ambiental e o processo licitatório.

Sobre a audiência pública, Fernandes disse que ela se torna obrigatória porque trata-se de uma obra com custo acima de R$ 100 milhões, valor mínimo para a dispensa. Ele acredita que num prazo de 540 dias, a contar do seu início, a duplicação esteja concluída.


Ferrovia - Uma das partes mais complexa dessa obra diz respeito ao aterramento do Campo de Perizes até chegar ao nível que deve ser a estrada, já que se trata de um terreno pouco resistente, em algumas partes com característica de pântano. Outra parte delicada é o deslocamento que terá de ser feito da ferrovia, isto porque a BR está entre esta estrada-de-ferro e a tubulação do Italuís, sistema de abastecimento d´água de São Luís, sendo mais complicado remover os canos do que os trilhos. Somente com o deslocamento da ferrovia o gasto será de R$ 100 milhões, devendo a parte rodoviária ficar com um custo de R$ 220 milhões.

Pelo projeto apresentado pela ATP Engenharia, a pista hoje existente ficará como mão única no sentido Bacabeira a São Luís; o leito da ferrovia será transformado em canteiro central; e uma nova pista será construída no sentido contrário a Bacabeira. A nova linha férrea ficará entre a BR a Ferrovia Carajás, da Vale.

Pelo que estima o superintendente do Dnit, a Secretaria de Meio Ambiente deverá liberar em cinco dias a licença ambiental, e já no mês de julho deverá ser publicado o edital para seleção das empresas que irão executar as obras.

Viaduto - Dentro de Bacabeira será construído um elevado. O motorista que for no sentido da região do Munim e Lençóis Maranhenses, entrará alguns metros antes da cidade por uma pista elevada, bem como os que se dirigem dessas regiões e forem para Teresina, Imperatriz ou Belém também utilizarão uma pista elevada. Já quem vem dos Lençóis no sentido capital encontrará um atalho antes da cidade, na BR 230, saindo na 135 também fora do espaço urbano.em Bacabeira.

Além da melhoria do tráfego, a obra vai contribuir para uma mudança na paisagem urbana. Vale ressaltar que a cidade é a porta de entrada para alguns dos mais procurados destinos turísticos do Maranhão, Barreirinhas e Santo Amaro, nos Lençóis, e Morros, no Munim.

Quanto ao segundo trecho a ser duplicado, entre Bacabeira e Miranda do Norte, Gerardo Fernandes diz que esta será uma etapa a médio prazo, mas acredita que começará antes da refinaria entrar em funcionamento, até porque, entre as duas cidades, deve aumentar o tráfego quase com a mesma intensidade do que será na parte já definida para duplicação.

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