Na avenida Litorânea, os shows de Fábio júnior, Fernanda Abreu e da Tribo de Jah foram a grande atração. Já nas praias do Olho d´Água e Araçagi, a fé e o misticismo religioso levaram centenas de pessoas a saudar 2009. Multidão saúda 2009 com festa em SL Shows de cantores e pirotécnico e celebrações religiosas marcaram as comemorações do Reveillon nas praias Diversão, religiosidade, misticismo, crendices, festa, alegria e, principalmente, muito otimismo para um 2009 pródigo em realizações. A passagem de ano, quarta-feira última, foi festejada principalmente na orla marítima de São Luís, que teve movimento intenso desde as primeiras horas da noite. As praias do Araçagi, Olho d’Água, avenida Litorânea (São Marcos, Calhau e Caolho) e Ponta d’Areia foram tomadas por uma multidão no Reveillon. Por volta das 21h, o clima de festa vivido pela população já se refletia nas ruas e avenidas. O trânsito já começava a ficar mais lento, sobretudo nas vias de acesso às praias do Calhau e Caolho, que receberam grande parte dos milhares de ludovicenses dispostos a comemorar, na companhia de parentes e amigos, a chegada de outros 365 dias de energia renovada. As paradas de ônibus também tiveram muita aglomeração de pessoas. O grande número de pessoas dirigindo-se para a avenida Litorânea e a Ponta d’Areia deixou o trânsito congestionado em algumas avenidas, sobretudo na dos Holandeses, no sentido Ponta do Farol/retorno do Calhau. Às 22h, cantores maranhenses, DJs, tambor de crioula e blocos de Carnaval já davam o tom de comemoração à noite na Praça do Pescador, na praia do Calhau. Como de costume, milhares de pessoas vestiram roupas brancas, mas outras cores também coloriam a noite. “O azul para mim é uma cor leve, que inspira a paz celeste, tranqüilidade, pré-requisitos para qualquer indivíduo aspirante à felicidade”, declarou o autônomo Francisco Barbosa. Entre os adeptos do tradicional branco, o mecânico Ribamar Silva também trazia uma fita de São José de Ribamar atada ao dedo mínimo da mão esquerda. “É um ritual que era cultivado por minha mãe e resolvi manter. Ela dizia ser bom para trazer a proteção da Sagrada Família, Jesus, Maria e José”, explicou. Os ritmos maranhenses foram destaque na virada do ano na Litorânea. Antes do show da cantora Teresa Canto, a dona-de-casa Hermínia Dias expressava grande emoção e aguardava com expectativa. “Adoro o trabalho dela, gosto muito quando ela interpreta “Rosa Amarela”. “Valeu a pena. Curti o tambor tambor de crioula, que é uma das manifestações afro-brasileiras características do Maranhão. Mestre Felipe estava ótimo como sempre”, resumiu o vigilante Constantino Ramos. No túnel techno (Geo Sapace), próximo à praia de São Marcos, o ritmo da batida eletrônica embalava o público jovem. Marcos Brito, 17, e Daiana Mesquita, 16, trocavam beijos ao som da dance music. “Conheci ela agora. Rolou uma química. Vamos ver ser daqui em diante a relação se transforma em algo mais sério”, disse ele, sorrindo. Mais ou menos às 23h, os bares, restaurantes e casas de show do perímetro Calhau/Caolho registravam grande movimento. No Pirata Beach, nas imediações da ponte sobre o rio Calhau, o forró foi uma das grandes pedidas. Os que não sabiam dançar arriscavam alguns passos, auxiliados pelo par. José Muniz Pedrosa, por exemplo, de Belo Horizonte (MG), admitiu não ter intimidade com o ritmo. “Em plena noite de Reveillon, estou dando trabalho à minha prima, fazendo ela de professora de dança”, brincou. O mineiro disse que se encantou com o Reveillon ludovicense. “É a primeira vez que venho a São Luís e tive a melhor impressão possível”, afirmou. No Bar do Nelson, os amantes do reggae gingavam o corpo, embalados pelas “pedras” clássicas e recentes. “Sou regueiro convicto. Ano-Novo sem Bob Marley e Peter Tosh não tem graça”, opinou o auxiliar de escritório César Madeira. PLANOS Na praia de São Marcos, o assunto nos quiosques, completamente tomados, eram os planos para o ano que se inicia. “No ano que passou fiz uma promessa não cumprida - parar de fumar. Acabei de renovar a promessa. Vamos ver se este ano sai”, observou o bancário Carlos Menezes, enquanto acendia um cigarro. Para a universitária Rita Santos, seu plano este ano é o mestrado em Medicina Veterinária na Universidade Paulista (Unip). “Se Deus quiser, no fim de 2009, vou comemorar essa vitória”, expressou. O escrivão Clemente Martins, trajando uma camisa do Clube de Regatas Vasco da Gama, externava seu desejo. “Com as bênçãos de Iemanjá, que o Vasco volte à Primeira Divisão do futebol nacional este ano”, brincou. Às 23h40, em meio a uma coluna de fogos brancos, vermelhos e verdes, uma multidão se deslocava da praia de São Marcos para o show do cantor Fábio Jr., na praia do Calhau. “Vim à Litorânea só para assistir a esse show, principalmente a composição ‘Quando Gira o Mundo’, que embalou meu romance com minha esposa”, exultou o técnico em computação Alfredo Rosa. Nos morros do entorno da praia, famílias contemplavam a Baía de São Marcos de dentro de barracas de camping. “Vamos ficar até as 5 horas da tarde de amanhã (ontem). Temos provisões, colchões, enfim, preparamo-nos bem para o Reveillon na praia”, declarou o fotógrafo José Campos. Compondo o cenário com as barracas, ônibus fretados com caravanas do interior. “Saímos de Timon hoje (quarta-feira) pela manhã, tivemos um pequeno atraso, mas nada que atrapalhasse”, contou o motorista Expedito da Silva, acompanhado de seis pessoas, todos parentes e amigos. Em outros grupos de famílias, a champanhe ditava o clima da comemoração. “Passagem de ano não pode ficar sem champanhe, é tradição”, ponderou Elionaldo Matos, de Lago da Pedra. Também acompanhado de parentes e amigos, o turista afirmou estar admirado com a orla da capital. “As praias são muito bonitas e o Reveillon daqui está 100%”, externou. O pernambucano José do Egito, que também bebia champanhe, em companhia de amigos maranhenses, afirmou já ter uma relação de ternura com a capital. “Venho a São Luís desde 2003, mas em alguns Reveillons não pude comparecer. Estou voltando agora com todo o amor que aprendi ter por essa cidade”, destacou. Régio Andrade Yane Botelho DA EQUIPE DE O ESTADO
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