sábado, 16 de abril de 2011

Utilização do gás poderá incrementar Produto Interno Bruto do Maranhão em 17%

 

Utilização do gás poderá incrementar Produto Interno Bruto do Maranhão em 17%


As perspectivas são tão promissoras em relação ao gás natural que o Governo do Estado projeta um incremento de 17% no Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão com a introdução desse combustível, não somente como insumo para a geração de energia elétrica, mas na sua utilização nos diversos processos industriais.
“O Maranhão tem uma perspectiva real de um novo eixo de desenvolvimento a partir do gás”, ressaltou o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo.
Ele diz que a estimativa é de que a partir de 2013 o impacto da aplicação do gás natural em diferentes cadeias produtivas agregue quase R$ 10 bilhões no PIB maranhense, que deverá alcançar em 2017 o valor de R$ 61 bilhões.
Esse aumento no PIB estimulado será resultado dos investimentos na exploração e produção que estão ocorrendo no estado e ainda pela atração de novas empresas de diversos segmentos econômicos para São Luís e ao longo do gasoduto que deverá ser instalado desde Capinzal do Norte.
Na Bacia do Parnaíba, os investimentos da OGX estão estimados em R$ 700 milhões na exploração de 15 poços, onde a empresa detém 70% de participação e atua como operadora em sete blocos, enquanto a Petra Energia S.A. detém os 30% restantes.
As atividades de perfuração da OGX Maranhão na Bacia do Parnaíba foram iniciadas em julho do ano passado. Logo no primeiro poço, denominado Califórnia, situado em Capinzal do Norte, foram realizadas descobertas de gás natural e, em seguida, em outro prospecto, no município de Santo Antonio dos Lopes, foi confirmada mais uma reserva. Com o sucesso da campanha, a OGX contratou no início de 2011 uma segunda sonda de perfuração e já está providenciando uma terceira.
Já na Bacia de Barreirinhas, a empresa Panergy investirá R$ 12,1 milhões na exploração da área de Espigão e a Engepet/Perícia o valor de R$ 20,7 milhões em Oeste de Canoas. A Gasmar e a TMN Transportadora estão estudando o melhor modal para escoamento da produção de gás natural. A Gasmar já está negociando com os investidores contrato de compra e venda do gás para distribuição ao mercado local.
Ainda há a possibilidade de se concretizar projeto que se arrasta por cerca de oito anos: a instalação do Gasoduto Meio-Norte, orçado em R$ 2 bilhões e 948 quilômetros de extensão, desde Pecém, no Ceará, passando pelo Piauí, até chegar a São Luís. O projeto, que já dispõe de licenças de autorização da ANP e ambiental, depende de enquadramento na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para sair do papel.

Potencial da Bacia Pará-Maranhão atrai investidores chineses

Executivos da empresa Sinopec firmam acordo com a Petrobras para exploração na região
O potencial de petróleo e gás da Bacia Pará-Maranhão chamou a atenção de investidores chineses da empresa Sinopec, que fecharam acordo com a Petrobras para a exploração de dois blocos (BM-PAMA-3 e BM-PAMA-8) em águas profundas na região. A parceria foi firmada durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China.
A Petrobras detém seis concessões de exploração ativas na Bacia do Pará-Maranhão, sendo duas em águas profundas e quatro em águas rasas: BM-PAMA-3, da 3ª rodada de licitação, BM-PAMA-8, da 6ª rodada de licitação; e BM-PAMA-9, 10, 11 e 12, adquiridas na 9ª rodada de licitação.
A estatal, inclusive, já está com atividades na Bacia Pará-Maranhão, com a perfuração de um poço pioneiro no bloco BM-PAMA-3, localizado em águas profundas. Nessa campanha exploratória no prospecto chamado Harpia, que começou dia 7 deste mês e está prevista para durar cinco meses, Petrobras investirá R$ 90 milhões.
A perfuração do poço Harpia (1-BRSA-903-PAS) abrange lâmina d’água de 2.067 metros, com 5.880 metros de profundidade. O trabalho está sendo realizado pela sonda semissubmersível SS-75 – Ocean Courage, com capacidade de perfurar em até 3.000 metros de lâmina d’água e profundidade de 12.000 metros.
Outro investidor de peso, a OGX do empresário Eike Batista, também tem direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios na Bacia Pará-Maranhão – BM-PAMA-13, BM-PAMA-14, BM-PAMA-15, BM-PAMA-16 e BM-PAMA-17. A empresa está aguardando somente o licenciamento por parte do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a campanha de perfuração offshore (marítima) na região.
Perfuração - A atividade de perfuração será realizada pela sonda Ocean Scepter, equipamento de propriedade da empresa Diamond Offshore (também proprietária da Ocean Courage que atende a Petrobras), contratada pela OGX e que se encontra fundeada desde agosto do ano passado no Maranhão.
O diretor adjunto da Sinopec no Brasil, Carlos Stenders, que na quinta-feira passada participou do Rio Gás Fórum, evento internacional, afirmou que a empresa chinesa tem planos de continuar se expandindo no Brasil. “Estamos olhando todas as oportunidades de mercado, estamos conversando com todos que estão no mercado", afirmou o executivo, confirmando que a OGX está nos planos de parceria da empresa. (R.C.)

Números

60 milhões de metros cúbicos é a produção brasileira de gás natural atualmente
25% Será o índice de incremento na produção brasileira de gás com a exploração no Maranhão

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