O Sistema Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema) estabeleceu 18 objetivos estratégicos e diretrizes a serem alcançados no horizonte 2011/2015. Uma dessas metas é trabalhar para o fortalecimento do setor industrial maranhense, de modo que seja elevada para 25% sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
Hoje a indústria participa com 16,9% do PIB do estado, sendo superada pela agropecuária (22,2%) e pelo segmento de serviços (60,9%). “Nossa meta em cinco anos é que a indústria atinja 25% do PIB estadual, mas pretendemos até 2020 alcançar 34% de participação, disse o presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves.
Esse esperado crescimento do PIB industrial do Maranhão será reflexo dos investimentos que remontam o valor de R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, especialmente em projetos na área da indústria, a exemplo da Refinaria Premium I em Bacabeira, fábrica de celulose da Suzano em Imperatriz, a planta de cimento da Votorantim em São Luís, a aciaria do grupo Ferroeste em Açailândia, entre outros.
Nesse novo contexto econômico do Maranhão, no seu Plano Estratégico 2011/2015, o Sistema Fiema pretende atuar como agente do desenvolvimento, buscando a melhoria e produtividade do setor industrial do estado. E que sejam assegurados às empresas locais e à população os benefícios desses investimentos.
“Vivemos um momento ímpar na economia maranhense. São vários os empreendimentos industriais em implantação ou anunciados em nosso estado. Diante desse novo contexto, são maiores os desafios. Entre eles, principalmente o de assegurar que os maranhenses - sejam as empresas locais, seja a nossa população - se tornem reais beneficiários desta mudança”, ressaltou Edilson Baldez.
A busca pela promoção da competitividade da indústria maranhense, segundo ele, que também passa pelo desenvolvimento tecnológico e humano, será executada de forma articulada e integrada pelas entidades que formam o Sistema Indústria – Federação das Indústrias (Fiema), Serviços Social da Indústria (Sesi) e de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Nessa nova configuração corporativa do Sistema Indústria do Maranhão, com foco na oferta de soluções integradas para o setor produtivo, além do fortalecimento da indústria, se busca intensificar as ações de inovação, desenvolvimento tecnológico e empreendedorismo.
Com essa perspectiva, a meta até 2015 é de que 35% das indústrias sejam atendidas por ações de inovação e que 25% das empresas se beneficiem em soluções técnicas e tecnológicas. Segundo Edilson Baldez, o Núcleo de Inovação do Sistema Indústria está recebendo projetos para financiamento.
O Plano Estratégico também tem como metas o fortalecimento institucional do próprio Sistema Indústria; a intensificação e articulação do relacionamento político-institucional; o fortalecimento dos sindicatos patronais; a oferta de soluções integradas para a indústria; o desenvolvimento de competências; entre outras.
Fiema, Sesi, Senai e IEL vão atuar de forma integrada
Ações que até então eram executadas de forma isolada tendem a ser feitas de maneira sistêmica para melhor aproveitamento dos recursos
A integração e atuação sistêmica entre as quatro casas - Fiema, Sesi, Senai e IEL - é destacada pelo superintendente corporativo do Sistema Fiema, Marco Antonio Moura da Silva. “As ações, que até então eram executadas de forma isolada, serão realizadas agora de forma integrada, otimizando recursos técnicos e financeiros, ao mesmo tempo em que permitirão maior foco no atendimento das necessidades gerais da indústria”, observou.
Para Marco Moura, essa iniciativa demonstra que o Sistema Fiema busca soluções para promover a competitividade da indústria neste momento em que o Maranhão vive, de grandes investimentos e perspectiva de crescimento econômico. “Com esse alinhamento, o Sistema Fiema procura meios para atender mais e melhor às demandas da indústria”, disse.
Semana passada, foi apresentado aos funcionários das quatro casas, no Sesi Araçagi, o Mapa Estratégico do Sistema Fiema, instrumento de gestão que evidencia os desafios que a organização terá que superar para concretizar sua missão e alcançar a sua visão de futuro.
Qualificação integra prioridades
A qualificação e a contratação de mão -de-obra local tem sido uma prioridade para os empreendimentos em expansão ou instalação no estado. Esta semana, Suzano Papel e Celulose e a Construtora Norberto Odebrecht lançaram programa de qualificação e certificaram profissionais. Ambas têm o Senai como parceiro na preparação de pessoas para a empresa.
Na quinta-feira passada, foram 600 alunos formados na área de Construção Civil em Açailândia. Todos terão a chance de serem absorvidos pela Odebrecht nas obras da ferrovia. Em um ano, o Senai capacitou mais de 1.500 trabalhadores dentro do programa nos municípios de Santa Rita, Bom Jesus das Selvas e, agora, Açailândia.
O coordenador do Programa Acreditar, Alexandre Andrade, lembrou que a Odebrecht prioriza nas seleções para os cursos aqueles trabalhadores atendidos pelos programas sociais do Governo Federal como o Bolsa Família. “As pessoas atendidas pelos programas sociais são as mais carentes e nós as priorizamos, pois, enquanto fazem o curso – totalmente gratuito –, continuam recebendo o benefício e, ao final, têm todas as condições de ser admitidos, deixando para trás a necessidade de receber auxílio do governo”, explicou Andrade.
Durante a formatura, o presidente do Sistema Fiema, do qual o Senai faz parte, Edilson Baldez enfatizou o compromisso da indústria com o desenvolvimento econômico e social da região em que se instalam, fazendo com que os locais tenham o máximo de benefícios com os empreendimentos. “Nosso compromisso é atender a indústria com os profissionais de que precisam e a Suzano e a Odebrecht provaram hoje que eles querem que os postos de trabalho sejam preenchidos por gente da nossa terra”, finalizou o presidente da Fiema.
A construtora tem o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para a indicação das pessoas. Além da Fiema, por meio do Senai, o Programa Acreditar tem em Açailândia o apoio da Vale, concessionária da ferrovia, e da Prefeitura Municipal de Açailândia.
Capacitar - A 70 km dali, em Imperatriz, foi lançado por outra grande empresa, a Suzano Papel e Celulose, o Consórcio de Capacitação de Pessoas (Capacitar). A Suzano está em fase avançada de instalação no município de Imperatriz e lançou o consórcio em que ela própria e empresas da construção civil locais contribuirão financeiramente para a preparação de pessoas nas áreas de Construção Civil e Montagem Industrial. Os cursos serão ministrados pelo Senai.
São 5.640 vagas que atenderão mais do que as obras de instalação da Suzano. Todos os alunos que concluírem os cursos serão cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (Sine), que formará bancos de emprego para serem utilizados por todas as empresas interessadas de Imperatriz e região.
“Não podemos instalar uma indústria que vá gerar milhares de empregos em uma localidade sem planejamento. Se isto acontecer, os impactos são enormes e nós queremos contratar as pessoas daqui. O Capacitar é fruto desse planejamento para que contratemos o máximo de trabalhadores locais”, afirmou o presidente da Suzano, Antonio Maciel Neto.
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