sábado, 16 de abril de 2011

Gás natural terá uso em potencial no MA

 

Gás natural terá uso em potencial no MA
 
Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
 
Estudo encomendado pelo Governo do Estado estima que no cenário de hoje, até 2014, o potencial de consumo de gás natural em São Luís será em torno de 2 milhões de m³/dia para atender aos mercados industrial, automotivo, residencial e comercial. Essa e futuras demandas pelo combustível deverão ser atendidas pelo gás a ser produzido nas bacias terrestres do Parnaíba e de Barreirinhas e, possivelmente, na bacia marítima Pará-Maranhão.
O trabalho, denominado Estudo de Impactos Socioeconômicos da Disponibilização do Gás Natural no Maranhão, com os resultados preliminares, foi apresentado terça-feira passada à governadora Roseana Sarney pela Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Termogás e pela Kaduna, empresa responsável pelo levantamento das informações.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, o estudo projeta vários cenários de demanda por gás natural, que vão da necessidade de 2 milhões de m³/dia até 10 milhões de m³/dia, analisando cada segmento econômico e a correlação de empregos criados, geração de renda e impacto no PIB do estado. Ele informou que o estudo deve ser concluído dentre de três meses.
Embora não tenha adiantado mais detalhes do estudo, Maurício Macedo informou que somente o industrial, no atual cenário, demandaria o maior volume de gás natural que será disponibilizado em breve no mercado local oriundo das bacias terrestres do Parnaíba ou de Barreirinhas.
Ele apontou como segmentos em potencial para consumir o gás natural as indústrias de alumínio, siderúrgica, metalúrgica, cerâmica, papel e celulose, alimentos e bebidas. Ou seja, são atividades já desenvolvidas no estado que poderão beneficiar-se dessa nova matriz energética que está sendo explorada no Maranhão com a certeza da existência de uma reserva gigantesca, descoberta pela OGX Maranhão no município de Capinzal do Norte, na Bacia do Parnaíba.
Protocolo - Para garantir que o gás natural da Bacia do Parnaíba, cuja reserva é estimada em 15 trilhões de pés cúbicos, não seja canalizado apenas para atender à Usina Termelétrica – UTE Parnaíba, que será instalada pela MPX Energia e Petra Energia em Santo Antonio dos Lopes, o Governo do Estado, por meio da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), firmou protocolo de intenções com a OGX Maranhão para que parte da produção seja disponibilizada para o abastecimento dos automóveis, consumo doméstico, além do atendimento da cadeia industrial.
Além dessa reserva na Bacia do Parnaíba, comparada pelo empresário Eike Batista a uma “meia Bolívia”, haverá oferta de gás natural, ainda que em volume bem menor - 350 milhões de metros cúbicos - oriunda da Bacia de Barreirinhas, a ser explorada pelas empresas Panergy e Engepet/Perícia.
Segundo o presidente da Gasmar, Matias Couto Frota, o início das atividades de exploração na Bacia de Barreirinhas depende apenas de licenciamento ambiental. A expectativa é de que até o fim do ano comece a produção de gás para o atendimento da demanda de São Luís, especialmente do setor industrial.
Também há uma perspectiva de se encontrar gás natural na plataforma continental, onde hoje a Petrobras está desenvolvendo campanha de exploração na Bacia Pará-Maranhão, região na qual a OGX também possui blocos.

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