domingo, 24 de abril de 2011

Maranhenses Ilustres - Floriano de Araújo Teixeira

O maior pintor baiano nasceu no MA: não reside ai nenhuma heresia

Do blog do Dom Severino. Complemento Wikipedia


 
Floriano de Araújo Teixeira (Cajapió (MA) 8 de março de 1923 —Salvador 21 de julho de 2000 ) foi um pintor, desenhista, miniaturista, capista, retratista e gravador e escultor autodidata maranhense.
 
Grande ilustrador
 
Floriano Teixeira - Ilustrou livros de Jorge Amado, como Dona Flor e seus dois maridos (1966), O menino grapiúna (1982), Tocaia grande (1984), O milagre dos pássaros (1997) e outros autores como Graciliano Ramos.
 
"(…) Incrível miniaturista, colorista castigado e terno, desenhista de raríssima força, escultor quando cisma nisso, gravador bissexto, contador de "causos e acontecidos", retratista imaginativo, sua obra se define em trabalho, pois tanto na largueza dum mural como na delicadeza do grafismo mais sutil, cada leitura leva os sete selos da sua identidade. Até parece que foi escrita para ele à frase de Giono: "Por qualquer lado que se veja, é sempre o retrato do artista que aparece. Cézanne é uma maçã de Cézane. E um pássaro de Floriano sempre será um Floriano(…)." Antônio Celestino
"(…) É desenho rico, com algo herdado de floresta, de renda de almofada ou da complicada simplicidade das asas de mosquito e cigarras.(…) Algo de monge medieval, ou de persa, anda por dentro de Floriano, nos óleos, em geral de grandes planos e pinceladas largas; de repente, numa janela, numa porta ou num portaló vê-se uma cena detalhadíssima, verdadeira miniatura, contando vida de povo, sempre com uma carga de poesia, uma alegria de cores e outra alegria, a de inventar meios de expressão, de dar mais e sempre mais, o que leva a pesquisar constantemente.(…) Decididamente Floriano não é torturado, é um pintor que gosta de seu ofício e pinta. Pinta rodeado de seus sete filhos e Alice. Num mundo que é seu mundo, cheio de arraias, de bolas de gude, de risos e broncas dos meninos. E dele." Caribé.

Floriano de Araújo Teixeira (Cajapió, 8 de março de 1923Salvador, 21 de julho de 2000) foi um pintor, desenhista, miniatuarista, capista, retratista, gravador e escultor autodidata brasileiro.
Em 1935 recebeu as primeiras aulas de desenho do professor Rubens Damasceno, neste mesmo ano pintou suas primeiras aquarelas. Engajou-se na imprensa, em "O Democrata", onde participavam grandes nomes do jornalismo como, Anníbal Bonavides, Odalves Lima, Aloíso Medeiros, Durval Aires, Moraes Né, e muitos outros, desenvolvendo desenhos para histórias em quadrinhos e caricaturas, Floriano era o fiel retrato do jornal, radicalizando suas posições . Em 1940, participou de um grupo de pintores liderados por J. Figueiredo, desde então começou a pintar com o cavalete.
Conheceu o trabalho de El Greco através de livros e revistas de arte. Em 1941 expôs no Primeiro Salão de Dezembro e ganhou o primeiro prêmio com o quadro "Bêbados". Na biblioteca do escritor e amigo Erasmo Dias descobriu os impressionistas franceses e expressionistas alemães. Em 1948 catalogando a coleção de obras de arte de Arthur Azevedo conheceu os trabalhos de Daumier, Gavarni, Millet e outros. Em 1949, em parceria com outros artistas , fundou o Núcleo Eliseu Visconti. Descobriu Candido Portinari. Trabalhou as técnicas monotipia e xilogravura. Em 1950 mudou-se para o Ceará. Os escritores em incessantes trabalhos convidaram-no para elaborar e ilustrar os projetos de suas obras de contos, poesias, crônicas, romances e ensaios. Aliado a Antônio Bandeira, Zenon Barreto e outros artistas, fundou o grupo dos "Independentes".
Em 1962, andava desenhando estampas para a fábrica de tecidos São José e também percorrendo o sertão como funcionário da Defesa Sanitária Animal, foi então convidado por Antônio Martins Filho, que tão logo notou seu talento excepcional, para integrar sua equipe da Universidade do Ceará, como desenhista, exercendo também a função de pesquisador. Com a ajuda de Heloísa Juaçaba e Zennon Franco, após coletar material suficiente para a instalação de um museu, Floriano organizou e dirigiu o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Floriano continuou os trabalhos artísticos com aprimoramento e ganhou espaço e prestígio nacional e internacional. A primeira exposição do pintor na Bahia se deu no Museu do Unhão, com trabalho intensivo na organização e no funcionamento do Museu, a exposição obteve grandioso sucesso. Floriano foi "emprestado" à Universidade Federal da Bahia por determinado período, mas aconteceu um pedido inevitável: a transferência de Floriano à Bahia. Jorge Amado, Carybé e outros bons amigos, com grande influência do reitor Miguel Calmon, Antônio Martins Filho com admiração e respeito concluiu a transferência de Floriano à Bahia e em 1969 mudou-se para Salvador onde residiu contribuindo para arte até morrer.

Índice

[esconder]

[editar] Cronologia

[editar] Exposições coletivas

  • 1941 - I Salão de Dezembro - São Luís, MA
  • 1942 - II Salão de Dezembro - São Luís, MA
  • 1949 - I Salão Interestadual - São Luís, MA
  • 1950 - VI Salão de Abril - Fortaleza, CE
  • 1952 - VIII Salão de Abril - Fortaleza, CE
  • 1952 - I Salão dos Independentes - Fortaleza, CE
  • 1953 - IX Salão de Abril - Fortaleza, CE
  • 1953 - II Salão dos Independentes - Fortaleza, CE
  • 1954 - III Salão dos Independentes - Fortaleza, CE
  • 1956 - XII Salão de Abril - Fortaleza, CE
  • 1957 - XIII Salão de Abril - Fortaleza, CE
  • 1962 - Museu de Arte da U.F. do Ceará - Fortaleza, CE
Exposição inaugural do MAUC
Seis Artistas Cearenses
Panorama de Arte Atual Brasileira
Panorama de Arte Atual Brasileira
Seis Artistas da Bahia
  • 1980 - Galeria Grossman - São Paulo, SP
Exposição inaugural
  • 1980 - Galeria de Arte do Teatro Daniel Sorano - Senegal
  • 1980 - Museu de Arte da U.F do Ceará - Fortaleza, CE
Artistas da Bahia
  • 1982 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
Arte é vida
  • 1982 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
  • 1982 - Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli - São Paulo, SP
  • 1984 - Núcleo de Arte do Desembanco - Fortaleza CE
Artista da bahia
15 Anos
  • 1986 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
Exposição Simultânea
  • 1986 - Casa da Manchete - Brasília DF
Baianos em Brasília
  • 1987 - Convenção Latino-Americano da IBM - Salvador, BA
  • 1987 -Anarte Galeria - Salvador, BA
12 Artistas Brasileiros
  • 1987 - Gabinete Português de Leitura - Salvador, BA
  • 1988 - Malhoa Galeria de Arte - Salvador, BA
  • 1988 - Escritório de Arte da Bahia - Salvador, BA
Os Ilustradores de Jorge Amado
Seis Pintores da Bahia + 1
  • 1990 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
Clássicos Cearenses
  • 1990 - Galeria de Arte do Casino Estoril - Estoril, Portugal
  • 1990 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
Artistas da Casa Exposição comemorativa dos 20 anos da galeria
  • 1991 - Imperial Othon Palace Hotel - Fortaleza, CE
Coletiva em homenagem a Floriano Teixeira promovido pelo Escritório de Arte do Ceará
  • 1991 - Imperial Othon Palace Hotel - Fortaleza, CE
SCAP 50 Anos Promovido pelo Escritório de Arte do Ceará
  • 1992 - Anarte Galeria - Salvador, BA
Universo Amado Homenagem aos 80 anos de Jorge Amado
  • 1992 - Atrium Galeria de Arte - Salvador, BA
Floriano Teixeira e Aldemir Martins
  • 1995 - 46° Salão de Abril - Fortaleza CE
Convidado Especial
  • 1996 - Convento das Mercês - São Luís MA
Coletiva de Maio Homenagem a Floriano Teixeira
  • 1995 - Espaço Cultural Barcelona - Salvador, BA
T-Art
  • 1996 - Espaço Cultural Barcelona - Salvador, BA
11 Mestres das Cores
  • 1997 - Exposición itinerante IBERO-AMÉRICA PINTA
Madrid - Espanha

[editar] Exposições individuais

  • 1949 - SCAM Sociedade Cultural Artística do MA - São Luis, MA
  • 1949 - Sociedade Pró-Arte - Fortaleza, CE
  • 1964 - Museu de Arte Moderna da Bahia - Salvador, BA
  • 1965 - Galeria Convivium - Salvador, BA
  • 1966 - Galeria Astréia - São Paulo, SP
  • 1967 - Galeria Bonino - Rio de Janeiro, RJ
  • 1969 - Museu de Arte da U. F. do Ceará - Fortaleza, CE
  • 1970]] - Galeria Recanto de Ouro Preto - Fortaleza, CE
  • 1971 - Galeria Bonfiglioli - São Paulo, SP
  • 1975 - A Galeria - São Paulo, SP
  • 1976 - Tempo Galeria de Arte - Salvador, BA
  • 1976 - Galeria Inez Fiuza - Fortaleza, CE
  • 1979 - Kattya Galeria de Arte - Salvador, BA
  • 1982 - Galeria de Arte do Casino Estoril - Estoril, Portugal
  • 1983 - Galeria Ignez Fiuza - Fortaleza, CE
  • 1984 - Época Galeria de Arte - Salvador BA
  • 1985 - Núcleo de Artes do Desembanco - Salvador, BA
O Desenho e os Desenhos de Floriano Teixeira
  • 1985 - Museu de Arte Brasileira da FAAP - São Paulo, SP
O Desenho e os Desenhos de Floriano Teixeira
  • 1987 - Escritório de Arte do Ceará - Fortaleza, CE
  • 1987 - Escritório de Arte da Bahia - Salvador, BA
  • 1990 - Ada Galeria de Arte - Salvador, BA
Retrospectiva
  • 1993 - Anarte Galeria - Salvador, BA
O Menino na Picula Exposição comemorativa dos 70 anos do artista
  • 1994 - Prova do Artista - Salvador, BA
Desenhos
  • 1995 - Ada Galeria de Arte - Salvador, BA
Pinturas, Desenhos e Gravuras
  • 1996 - MCR Galeria de Arte - Salvador, BA
Releituras
  • 1997 - Galeria ACBEU - Salvador, BA

[editar] Exposição individual permanente

[editar] Capas de livros

  • 1957 - Pequena Antologia de Clã - Ilustrações para Poemas Brasileiros Clã nº15
Imprensa Universitária do Ceará
Edições Estuário
  • 1969 - Roteiro da Bahia - Herman Lima
Imprensa Oficial da Bahia
Livraria Martins Editora S.A
Editora Record
  • 1975 - São Coisa da Vida - Zitelmann de Oliva
Edições Estuário
Editora Record
Editora Record
  • 1982 - Ordem e Desordem - José Alcides Pinto
Secretaria de Cultura e Desportos
Editora Record
  • 1982 - 50 Anos de Literatura - Capa para catálogo da Fundação Cultural do Distrito Federal para Exposição Bibliográfica comemorativa dos 50 anos da literatura de Jorge Amado
  • 1982 - Um Chapéu para Viagem - Zélia Gattai
Editora Record
Nação Cariri Editora
  • 1984 - Senhora Dona do Baile - Zélia Gattai
Editora Record
Siorge
  • 1985 - Criaturas de Jorge Amado - Paulo Tavares
Editora Record
Editora Record
Editora Pensamento
Édition du Préambule
  • 1990 - Benditos Perversos - Ricardo Cruz
Editora Fator Ltda.
  • 1990 - Exu nº 18 (Revista cultural bimestral)
Fundação Casa De Jorge Amado
Editora Record
  • 1992 - Chão de Meninos - Zélia Gattai
Editora Record
  • 1993 - Jorge Amado - Retrato Incompleto - Itazil Benício dos Santos
Editora Record
Editora Nórdica Ltda.
Publicações Europa - América

[editar] Capas e separatrizes

  • 1996 - Vária Navegação: Mostra de poesia - Judith Grossmann
Fundação Casa de Jorge Amado/ COPENE

[editar] Capas e ilustrações

  • 1960 - Sete Estrêlo - Milton Dias
Imprensa Universitária do Ceará
  • 1968 - Sindicato da Morte - Juarez Conrado
Imprensa Oficial da Bahia
  • 1969 - Maria Duzá - Lindolfo Rocha
Instituto Nacional do Livro
  • 1972 - Gente da Terra - Antonio Celestino
Edição ilustrada por vários artistas Livraria Martins Editora
  • 1976 - A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água - Jorge Amado
Editora Record
Edição especial para o Banco Economico Editora Messidor
Editora Record
Editora Record
  • 1984 - Tocaia Grande - Jorge Amado
Editora Record
  • 1984 - O Estribo de Prata - Graciliano Ramos
Coleção Abre-te Sésamo Editora Record
  • 1990 - Sementes - Rita de Cássia
Imprensa Universitária do Ceará
  • 1992 - Navegação de Cabotagem - Jorge Amado
Edição ilustrada por vários artistas Editora Record
  • 1994 - Cartas de Amor a Heloisa - Graciliano Ramos
Editora Record
  • 1997 - Desenhos - Floriano Teixeira
Série Desenhos Copene - Petroquímica do Nordeste S.A.
Patrocínio Deten Química S.A. Bureau Gráfica e Editora
Artes Gráficas

Homenagens

"(…) Incrível miniaturista, colorista castigado e terno, desenhista de raríssima força, escultor quando cisma nisso, gravador bissexto, contador de "causos e acontecidos", retratista imaginativo, sua obra se define em trabalho, pois tanto na largueza dum mural como na delicadeza do grafismo mais sutil, cada leitura leva os sete selos da sua identidade. Até parece que foi escrita para ele a frase de Giono: "Por qualquer lado que se veja, é sempre o retrato do artista que aparece. Cézanne é uma maçã de Cézanne. E um pássaro de Floriano sempre será um Floriano(…)." Antônio Celestino
"(…) É desenho rico, com algo herdado de floresta, de renda de almofada ou da complicada simplicidade das asas de mosquito e cigarras.(…) Algo de monge medieval, ou de persa, anda por dentro de Floriano, nos óleos, em geral de grandes planos e pinceladas largas; de repente, numa janela, numa porta ou num portaló vê-se uma cena detalhadíssima, verdadeira miniatura, contando vida de povo, sempre com uma carga de poesia, uma alegria de cores e outra alegria, a de inventar meios de expressão, de dar mais e sempre mais, o que leva a pesquisar constantemente.(…) Decididamente Floriano não é torturado, é um pintor que gosta de seu ofício e pinta. Pinta rodeado de seus sete filhos e Alice. Num mundo que é seu mundo, cheio de arraias, de bolas de gude, de risos e broncas dos meninos. E dele." Carybé

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