O Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar) inaugura, hoje, a expansão industrial e logística do seu complexo fabril, localizado na região do Itaqui, em solenidade que contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O empreendimento foi concluído em três anos e exigiu R$ 5,2 bilhões em investimentos. Na área portuária, destaca-se a aquisição de um novo descarregador de navios, que vai elevar a movimentação de carga de 4,9 milhões de toneladas anuais para 13 milhões de toneladas/ano.
O equipamento já está em funcionamento e vai atingir o ápice de sua capacidade operacional em fins do primeiro trimestre de 2010, segundo a diretoria da empresa antecipou ontem, em entrevista coletiva no Hotel Pestana, praia do Calhau.
Participaram do evento o presidente da Alcoa América Latina (AAL), Franklin Feder; o diretor da Alumar, Nilson Ferraz; o vice-presidente de produtos primários da AAL, Nilson Sousa; e o chairman (presidente do conselho, em tradução livre) da BHP Bilington, Eleazar de Carvalho Filho.
Nilson Ferraz destacou-se do grupo ao falar dos investimentos efetuados no projeto, em especial sobre o descarregador de navios. “Foi um marco histórico a chegada desse equipamento, no dia 4 de julho deste ano. E também um marco de engenharia o desembarque no porto”, ressaltou o diretor.
Segundo Ferraz, para desembarcar o equipamento, que possui 1.640 toneladas, 65 metros de altura e 27 metros de largura, tamanho proporcional a um edifício de 20 andares, havia um espaço de tempo de apenas quatro horas, devido à grande variação de maré da região, o que exigiu dos engenheiros um grande esforço de coordenação e planejamento. “Levamos semanas planejando o desembarque, que aconteceu em duas horas e meia, ao final da operação”, ressaltou o diretor.
Com o novo descarregador, de acordo com Ferraz, será possível operar um navio de carga por dia (a média atual varia de dois a três dias). Outro detalhe é que, hoje, o Porto da Alumar recebe navios de até 42 mil toneladas de peso bruto e, segundo a diretoria, vai passar a receber embarcações de 60 mil toneladas. O porto movimenta bauxita, carvão, soda cáustica, coque, piche e alumina. Já os embarques de alumínio são efetuados no Porto do Itaqui.
“Buscamos a melhoria contínua na qualidade do sistema produtivo, diminuição dos custos, redução do tempo de produção e melhorias das condições de saúde, segurança e meio ambiente”, afirmou Nilson Ferraz.
Vale lembrar que o Porto da Alumar é utilizado tanto para embarque de alumina quanto para desembarque da matéria-prima, a bauxita, que chega de navio, extraída de minas da região Norte do país. No porto, a bauxita é desembarcada e segue por correias transportadoras até a refinaria. Nessa área, o minério é refinado e transformado em alumina, matéria-prima do alumínio.
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