Porto Mearim, empreendimento orçado em R$ 2,6 bilhões terá seu start a partir de 2016
Fonte: Jornal o Estado do Maranhão
Canal do Porto Mearim terá navegabilidade segura
Projeto
portuário capitaneado pela Aurizônia Empreendimentos utiliza tecnologia
de simuladores como forma de de garantir o acesso de navios de grande
porte, com capacidade para transportar até 120 mil toneladas de grãos
Navios graneleiros de até 300 metros de comprimento poderão manobrar com total segurança no canal de acesso ao Porto Mearim, futuro empreendimento que será construído em Bacabeira. Para chegar a esse grau de confiabilidade, diversos testes foram realizados em simulador de manobras.
O Porto Mearim instalou o simulador de manobras, em sua sede, em São Luís, em sessões que foram acompanhadas por representantes da Capitania dos Portos do Maranhão, profissionais de praticagem da Baía de São Marcos, engenheiros, entre outros convidados, o que contribuiu positivamente para um melhor conhecimento do canal de navegação e sua navegabilidade segura e eficiente.
“Isso mostra o avanço técnico do projeto em termos de conhecimento sobre aquela região [todo o canal de acesso] para a garantia da navegabilidade”, ressaltou o diretor de Planejamento e Desenvolvimento do Porto Mearim, Daniel Vinent.
O simulador reproduz o comportamento do navio de forma realista, levando em conta aspectos do ambiente natural, tais como velocidade das correntes marítimas, profundidade, sedimentos, entre outros, entendidos como fundamentais para o conhecimento total da região.
Segundo o capitão de Mar e Guerra, Valdecílio Pinheiro Linhares, no simulador foram testadas diversas classes de navios com o objetivo de se avaliar os limites de navegação e das manobras de atração e desatracação. O Porto Mearim poderá receber navios com capacidade para transportar até 120 mil toneladas de grãos.
“O grande diferencial desse projeto é que por se tratar de um ambiente novo, com esses estudos, com essa tecnologia aplicada, conseguiu-se formar uma importante base de conhecimento”, observou Lucas Silveira, gerente de Simulações da CBI, empresa de engenharia que ajudou na elaboração do projeto do Porto Mearim.
Daniel Vinent disse que a implantação da tecnologia do simulador de manobras é mais uma etapa em que se avançou no projeto Porto Mearim, empreendimento orçado em R$ 2,6 bilhões e que terá seu start a partir de 2016.
O porto será instalado numa área de 598,9 hectares, na margem leste da Baía de São Marcos, em Bacabeira, para movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral.
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- Ribamar Cunha / Subeditor de Economia
Empreendimento privado na Baía de São Marcos, em Bacabeira, é orçado em R$ 2,6 bilhões e está projetado para se tornar um dos principais portos de exportação de grãos nas regiões Norte e Nordeste; obras terão início em 2016
Projetado para ser uma porta de entrada e saída de grandes oportunidades para o Maranhão, o Porto Mearim, investimento privado, estimado em R$ 2,6 bilhões, capitaneado pela Aurizônia Empreendimentos S/A (Aesa), se apresenta como uma solução para os fluxos competitivos de granéis sólidos e carga geral pela região do município de Bacabeira. As obras do empreendimento devem ter início em 2016.
“Este é um projeto ímpar para o Maranhão e para a região de influência econômica do Matopiba [Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”, ressaltou o diretor de Planejamento e Desenvolvimento do Porto Mearim, Daniel Vinent, ao informar que a empresa está na etapa de exposição do futuro empreendimento ao mercado.
O porto, que será instalado numa área de 598,9 hectares, na margem leste da Baía de São Marcos, em Bacabeira, recebeu autorização da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) para movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral, com vigência de 25 anos contados da data de assinatura do contrato de adesão, prorrogável por períodos sucessivos.
Todo o arcabouço jurídico e legal em termos de adaptação do Terminal Portuário do Mearim S/A à Lei nº 12.815/2013 (Lei dos Portos), marco regulatório do setor que definiu novos termos para exploração de Terminais de Uso Privado (TUP), e também de licenciamento já está consolidado para que o projeto de construção do porto seja iniciado. “Já dispomos da licença de instalação para construção de cais e berços, ponte de ligação e estrutura de armazenagem e acesso no retroporto”, adiantou Daniel Vinent.
Quatro berços - O projeto prevê a construção de quatro berços de atração de navios na sua configuração final, ocupando 1.362 metros, com possibilidade de expansão, uma vez que a área dispõe de capacidade de utilização de 4.000 metros. Após detalhados estudos, o projeto do novo canal de navegação do Porto Mearim cria a oportunidade para entrada de navios de grande porte, com calados de 12,8 m a 14,6 m, ou seja, embarcações com capacidade de transportar até 120 mil toneladas de grãos.
Segundo Daniel Vinent, na fase I do projeto, que deve entrar em operação em 2019, está prevista a movimentação de 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes e 1,5 milhão de toneladas de carga geral (celulose). Inicialmente, dois berços atenderão a essa demanda de cargas.
Na fase II, além de dobrar a movimentação de fertilizantes e de carga geral, o Porto Mearim iniciará a operação de grãos, estimada em 5 milhões de toneladas, devendo chegar a 10 milhões de toneladas na terceira etapa. Dois novos berços serão construídos.
Retroárea - Na retroárea do porto, serão construídos armazéns, que serão ampliados a partir do crescimento da movimentação de cargas. A unidade de estocagem de carga geral terá uma capacidade estática inicial de 75 mil toneladas, podendo chegar a 150 mil. Já o armazém de grãos saltará de uma capacidade estática de 150 mil toneladas para 300 mil.
Além disso, a localização estratégica do Porto Mearim cria oportunidade para um proposto Polo Industrial em Bacabeira, com perspectiva de atrair e desenvolver cadeias produtivas nas áreas de óleo, gás e energia, produtos agropecuários, manufaturados, minérios e metálicos e serviços.
Mais
- A Aurizônia Empreendimentos S/A (Aesa) é uma holding familiar que há 50 anos tem direcionado seus investimentos nas áreas de mineração e metalurgia, imobiliária, porto, energia e exploração e produção de gás natural e petróleo.
Números
R$ 2,6
Bilhões é o valor do investimento na construção do Porto Mearim, em Bacabeira
4
Berços serão construídos, ocupando 1.362 metros de área, para receber navios com capacidade de até 120 mil toneladas
13
Dias é o tempo de viagem de um navio que sai do Maranhão com destino a Roterdã, na Holanda
Localização e infraestrutura logística são diferenciais
Tempo de navegação internacional pode ser otimizado por causa da localização
Além da localização privilegiada, próximo dos principais mercados internacionais, o Porto Mearim apresenta como diferencial de competitividade o fato de se instalar numa região de potencial logístico, que tem uma boa infraestrutura de malhas ferroviária e rodoviária, o que facilitará o escoamento das cargas.
O diretor de Planejamento e Desenvolvimento do Porto Mearim, Daniel Vinent, assinalou que hoje há um grande desbalanceamento e saturação das soluções logísticas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O que se agrava, uma vez que todo o excedente das regiões Norte e Nordeste é exportado pelas regiões Sul e Sudeste.
Como solução logística, o Porto Mearim poderá se tornar um indutor de mais investimentos nas regiões Norte e Nordeste, que têm um forte potencial para equilibrar as exportações do país, principalmente de grãos. “O Porto Mearim, além de contribuir para diminuir a quantidade de cargas exportadas nas regiões Sul e Sudeste, se tornará um dos principais portos de exportação de grãos nas regiões Norte e Nordeste”, assegurou Daniel Vinent.
A própria localização geográfica do Porto Mearim cria oportunidades de se otimizar o tempo na navegação internacional. Por exemplo, o navio que sai do Porto de Santos com destino a Roterdã, na Holanda, leva19 dias, enquanto saindo do Maranhão esse tempo de viagem reduz para 13 dias.
“Fora os atributos do projeto ligados ao negócio, o fato de o Porto Mearim estar localizado em Bacabeira traz outras vantagens adicionais, como o de ter a atividade industrial e portuária em linha com o Plano Diretor do Município para uso e ocupação do solo, sem problemas sociais associados a áreas com altos contingentes populacionais; ter amplas áreas de expansão em terra, sem problemas fundiários, além de já possuir licenciamento ambiental e licença do uso da lâmina d’água já concedida pela União”, concluiu o diretor.
Um comentário:
Enquanto isso o governo do Piauí continua lutando pra ter pelo menos um porto e enganando a população de que vai construir um com míseros 20 milhões de reais.
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