quinta-feira, 16 de julho de 2015

Segunda Esquadra da Marinha já movimenta a Ponta da Espera na Baía de São Marcos

2ª Esquadra: 4º DN melhora aquartelamento do pelotão de fuzileiros que vigia a Ponta da Espera

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Destacamento de proteção da Ponta da Espera pertence ao efetivo do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém
Por Roberto Lopes
O 4º Distrito Naval, sediado em Belém, concluiu as obras de recuperação das edificações no passado ocupadas pelo Serviço de Sinalização Náutica 42, e que foram agora designadas para abrigar o Núcleo de Segurança das Instalações e Áreas da Marinha na Ponta da Espera, em São Luís (MA).
O Núcleo é guarnecido por um pelotão de 45 homens pertencente ao efetivo do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém (GptFNBe). O destacamento foi incumbido de manter a segurança da Ponta da Espera, da Ilha do Medo e de seu entorno – locais onde, no futuro, a Marinha do Brasil erguerá as instalações da sua 2ª Esquadra.
A entrega oficial do aquartelamento do Núcleo aconteceu a 3 de julho último, na presença do Comandante do 4º Distrito Naval, vice-almirante Edlander Santos, do Capitão dos Portos do Maranhão, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Tadashi Hamaoka, e do comandante do GptFNBe, capitão-de-fragata (FN) Max Guilherme de Andrade e Silva.
A formação da nova esquadra obedece a uma recomendação da Estratégia Nacional de Defesa. Ela implicará na transferência de, pelo menos, 6.000 militares para a região da capital maranhense. Considerando os familiares, o estado receberá entre 20 mil e 30 mil pessoas diretamente ligadas à base da nova esquadra.
24 horas – A escolha da Ponta da Espera/Ilha do Medo levou em conta a estrutura portuária já existente, as condições de navegabilidade na Baía de São Marcos, a grande variação de marés e características do litoral, como número de reentrâncias e profundidade do canal de acesso marítimo.
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A Ponta da Espera já possui modesta infraestrutura portuária
Todos esses parâmetros foram considerados favoráveis à operação das embarcações militares durante as 24 horas do dia – exigência básica do projeto definido pela Força Naval para a sua 2ª Esquadra.
O complexo naval militar também deixará a estrutura da Marinha mais apta a atender as demandas de outro projeto da Estratégia Nacional de Defesa, batizado de “Amazônia Segura”, que prevê instalação de 26 postos navais na região, de forma a aumentar a fiscalização e a vigilância sobre a atividade marítima.
O programa de estruturação da 2ª Esquadra prevê que, no prazo de 30 anos, ela receba (na metade inicial da década de 2040) um porta-aviões. Sua frota deve incorporar ainda um porta-helicópteros classificado como navio de múltiplos propósitos, destinado ao controle de área marítima, a assalto anfíbio e ao socorro a vítimas de desastres naturais.
Ministro – Segundo a coluna INSIDER pôde apurar, recentemente, ao responder ao Requerimento de Informação nº 209/15, formulado pelo deputado Victor Mendes PV-MA, o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou – com base em manifestação do comando da Marinha – que a 2ª Esquadra continua objeto do Planejamento Estratégico da corporação, dentro do Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), dependendo apenas de decisão governamental que ratifique o Plano e viabilize os recursos para início de construção das instalações.
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Deputado Victor Mendes, do PV maranhense, recebeu garantia do ministro da Defesa: a 2ª Esquadra continua entre as prioridades do Comando da Marinha
“A partir da dotação orçamentária, estima-se em 20 anos o prazo para implantação da estrutura de apoio e início das operações da Segunda Esquadra”, diz o texto assinado por Wagner.
No mesmo documento o ministro confirma que os estudos técnicos recomendam a área abrangida entre a Ponta de Espera e Ilha do Medo “como o local que melhor atende aos requisitos para instalação da 2ª Esquadra”.
Wagner informa também que já foram superadas as questões relativas aos terrenos para instalação da Esquadra. É que os estudos iniciais indicavam que as áreas de propriedade da Marinha na região a ser ocupada pela Base Naval no Maranhão não eram suficientes para abrigar todas as benfeitorias e estrutura física do empreendimento. A questão foi solucionada 19 meses atrás, com a incorporação de terrenos contíguos pertencentes ao Exército, por meio de cessão.
Em 2009 a região portuária da Ponta da Espera foi inspecionada pelo então comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, almirante-de-esquadra (FN) Álvaro Augusto Dias Monteiro, que concluiu: a área apresenta as qualidades necessárias para abrigar a 2ª Divisão Anfíbia, que será criada na estrutura de sua corporação para atender as necessidades operacionais da 2ª Esquadra.

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