2ª Esquadra: 4º DN melhora aquartelamento do pelotão de fuzileiros que vigia a Ponta da Espera
Por Roberto Lopes
O 4º Distrito Naval, sediado em
Belém, concluiu as obras de recuperação das edificações no passado
ocupadas pelo Serviço de Sinalização Náutica 42, e que foram agora
designadas para abrigar o Núcleo de Segurança das Instalações e Áreas da
Marinha na Ponta da Espera, em São Luís (MA).
O Núcleo é guarnecido por um pelotão de
45 homens pertencente ao efetivo do Grupamento de Fuzileiros Navais de
Belém (GptFNBe). O destacamento foi incumbido de manter a segurança da
Ponta da Espera, da Ilha do Medo e de seu entorno – locais onde, no
futuro, a Marinha do Brasil erguerá as instalações da sua 2ª Esquadra.
A entrega oficial do aquartelamento do
Núcleo aconteceu a 3 de julho último, na presença do Comandante do 4º
Distrito Naval, vice-almirante Edlander Santos, do Capitão dos Portos do
Maranhão, capitão-de-mar-e-guerra Marcos Tadashi Hamaoka, e do
comandante do GptFNBe, capitão-de-fragata (FN) Max Guilherme de Andrade e
Silva.
A formação da nova esquadra obedece a uma
recomendação da Estratégia Nacional de Defesa. Ela implicará na
transferência de, pelo menos, 6.000 militares para a região da capital
maranhense. Considerando os familiares, o estado receberá entre 20 mil e
30 mil pessoas diretamente ligadas à base da nova esquadra.
24 horas – A escolha da
Ponta da Espera/Ilha do Medo levou em conta a estrutura portuária já
existente, as condições de navegabilidade na Baía de São Marcos, a
grande variação de marés e características do litoral, como número de
reentrâncias e profundidade do canal de acesso marítimo.
Todos esses parâmetros foram considerados
favoráveis à operação das embarcações militares durante as 24 horas do
dia – exigência básica do projeto definido pela Força Naval para a sua
2ª Esquadra.
O complexo naval militar também deixará a
estrutura da Marinha mais apta a atender as demandas de outro projeto
da Estratégia Nacional de Defesa, batizado de “Amazônia Segura”, que
prevê instalação de 26 postos navais na região, de forma a aumentar a
fiscalização e a vigilância sobre a atividade marítima.
O programa de estruturação da 2ª Esquadra
prevê que, no prazo de 30 anos, ela receba (na metade inicial da década
de 2040) um porta-aviões. Sua frota deve incorporar ainda um
porta-helicópteros classificado como navio de múltiplos propósitos,
destinado ao controle de área marítima, a assalto anfíbio e ao socorro a
vítimas de desastres naturais.
Ministro – Segundo a
coluna INSIDER pôde apurar, recentemente, ao responder ao Requerimento
de Informação nº 209/15, formulado pelo deputado Victor Mendes PV-MA, o
Ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou – com base em manifestação do
comando da Marinha – que a 2ª Esquadra continua objeto do Planejamento
Estratégico da corporação, dentro do Plano de Articulação e Equipamentos
de Defesa (PAED), dependendo apenas de decisão governamental que
ratifique o Plano e viabilize os recursos para início de construção das
instalações.
“A partir da dotação orçamentária,
estima-se em 20 anos o prazo para implantação da estrutura de apoio e
início das operações da Segunda Esquadra”, diz o texto assinado por
Wagner.
No mesmo documento o ministro confirma
que os estudos técnicos recomendam a área abrangida entre a Ponta de
Espera e Ilha do Medo “como o local que melhor atende aos requisitos
para instalação da 2ª Esquadra”.
Wagner informa também que já foram
superadas as questões relativas aos terrenos para instalação da
Esquadra. É que os estudos iniciais indicavam que as áreas de
propriedade da Marinha na região a ser ocupada pela Base Naval no
Maranhão não eram suficientes para abrigar todas as benfeitorias e
estrutura física do empreendimento. A questão foi solucionada 19 meses
atrás, com a incorporação de terrenos contíguos pertencentes ao
Exército, por meio de cessão.
Em 2009 a região portuária da Ponta da
Espera foi inspecionada pelo então comandante-geral do Corpo de
Fuzileiros Navais, almirante-de-esquadra (FN) Álvaro Augusto Dias
Monteiro, que concluiu: a área apresenta as qualidades necessárias para
abrigar a 2ª Divisão Anfíbia, que será criada na estrutura de sua
corporação para atender as necessidades operacionais da 2ª Esquadra.
#2ª Divisão Anfíbia #2ª Esquadra #Baía de São Marcos #Corpo de Fuzileiros Navais #deputado federal Victor Mendes (PV-MA) #Estratégia Nacional de defesa (END) #Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém #Ilha do Medo #Núcleo de Segurança das Instalações e Áreas da Marinha na Ponta da Espera #Ponta da Espera
Nenhum comentário:
Postar um comentário