Companhia com atuação na América Latina aposta em potencial da Bacia do Parnaíba, área onde arrematou bloco, em leilão da ANP.
Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
Subeditor de Economia
Foto: Arquivo
Operação da Geopark na produção
A Geopark Brasil anunciou que pretende investir R$ 9,75 milhões
nos próximos quatro anos em bloco exploratório de petróleo e gás situado em área
total de 763,54 km² cortando os municípios maranhenses de Fortaleza dos
Nogueiras, São Raimundo das Mangabeiras e Balsas. O bloco PN-T-597, localizado
na Bacia do Parnaíba, foi arrematado pela empresa com bônus de assinatura no
valor de R$ 920.597,00, na 12ª Rodada de Licitações, realizada em novembro do
ano passado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP).
O investimento corresponde às atividades do Programa
Exploratório Mínimo de 1.773 unidades de trabalho apresentado pela Geopark e
será destinado nessa primeira fase à realização de 180 km de levantamento
sísmico 2D com a finalidade de melhor delinear os potenciais prospectos
petrolíferos. Esses dados irão permitir que se reduzam incertezas em relação ao
volume potencial do bloco.
Nesse primeiro período do Programa Exploratório Mínimo não há
obrigatoriedade da Geopark Brasil em perfurar poço, o que está previsto somente
na segunda fase, nos dois anos seguintes. "Não temos compromisso de perfuração
nesse primeiro período. Mas pode ser que no fim desses quatro anos, dependendo
do resultado do trabalho de sísmica, possamos antecipar a perfuração", informou
o diretor da Geopark do Brasil, Dimas Coelho.
Ele disse que a expectativa da empresa é muito boa em relação ao
bloco, pois os estudos mostram que nessa área há possibilidades de definir
prospectos com volumes que podem ser atrativos do ponto de vista econômico. "Há
possibilidade de se encontrar óleo, mas com menor probabilidade em relação a
gás", comparou.
Dimas Coelho esclareceu que as atividades exploratórias da
Geopark Brasil no bloco arrematado na Bacia do Parnaíba serão centradas na busca
por reservas convencionais de gás, diferentemente do processo realizado com
faturamento hidráulico da rocha geradora (reserva não convencional).
"Nos próximos seis anos não se antevê nenhuma atividade de
perfuração extensiva como requerida para o desenvolvimento e produção de jazidas
não convencionais. A fase exploratória será executada da mesma forma como a
feita para reservatórios convencionais, com práticas de proteção ao meio
ambiente já reguladas pela ANP e órgãos ambientais federal, estadual e
municipal", informou Dimas Coelho.
Atrativos - A possibilidade de se alcançar sucesso semelhante ao
da OGX na descoberta e produção de gás na Bacia do Parnaíba e o plano
estratégico da Geopark em diversificar seu portfólio de negócios foram
determinantes para a empresa decidir por investir na região.
O interesse da Geopark pela Bacia do Parnaíba, especialmente
pelo seu potencial para a produção de gás natural, foi despertado na 11ª Rodada
de Licitação da ANP, realizada em maio do ano passado, quando a empresa
apresentou oferta por um bloco, mas foi vencida pela Petra Energia. Mas, nesse
leilão, conseguiu adquirir cinco blocos na Bacia Potiguar e dois na Bacia do
Recôncavo, ambos em terra.
Diretor diz que empresa quer crescer mais no país
O diretor da Geopark Brasil, Dimas Coelho, informou que a
estratégia planejada da empresa é crescer ainda mais no Brasil nos próximos 10
anos, está atuando em duas frentes: na compra de ativos de produção e na
descoberta e desenvolvimento de produção. "Somos uma empresa de médio porte que
quer participar do crescimento do Brasil", afirmou.
A Geopark Brasil é uma empresa do grupo Geopark Ltda., com sede
nas Bermudas, mas com atuação na América Latina, com foco na América do Sul,
onde também tem operações na Colômbia, na Argentina e no Chile.
Atualmente, a empresa possui nove blocos exploratórios no
Brasil, sendo cinco na Bacia Potiguar, dois no Recôncavo, um na Sergipe-Alagoas
e um no Parnaíba, sendo esse último localizado em área de municípios
maranhenses.
Recentemente a Geopark Brasil adquiriu a participação de 10% que
eram detidos pela empresa Rio das Contas Produtora de Petróleo no bloco de gás
seco de Manati, em mar (offshore), a 70 km ao sul da costa de Salvador (BA). O
bloco é operado pela Petrobras (35% de participação) em parceria ainda com a
Brasoil e Queiroz Galvão. A aquisição desses 10% ainda está pendente de
autorização por parte da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP).
Dimas Coelho disse que a empresa produz hoje em torno de 16 mil
barris/dia de óleo equivalente, especialmente no Chile e na Colômbia. Detém
ainda reservas na faixa de 54 milhões de barris de óleo equivalente.
Número
R$ 920.597,00 Foi o bônus de assinatura pago pela Geopark do
Brasil pelo arremate do bloco PN-T-597, na 12ª Rodada da ANP
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