Conforme o projeto, o IHGC continuará funcionando no mesmo local, no Complexo Ferroviário, com biblioteca, teatro, auditório e cinema.
Caxias - O Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) será revitalizado. Esta foi a notícia anunciada pela superintendente estadual do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-MA), Kátia Santos Bogéa, em solenidade na noite de quarta-feira (17), no instituto. Sócios efetivos e mantenedores da entidade, além de autoridades locais e convidados participaram do evento.
Segundo Kátia Bogéa, a revitalização do IHGC é uma forma de resgatar a história do município. “O instituto é uma casa de memória e temos que compreender que nenhuma cidade pode ser construída se for esquecido seu passado. Não há futuro sem a compreensão do passado. Temos que entender a importância de Caxias para a formação do Maranhão e do Brasil”, ressaltou.
Ainda de acordo com a superintendente, consta do projeto que o instituto continue funcionando no mesmo local, no Complexo Ferroviário.
A Biblioteca Maria das Mercês da Silva Lima será instalada ao lado do Armazém Ferroviário. Esta terá uma sessão de documentos e obras raras, além de recepção e laboratório de restauração e digitalização de documentos.
O projeto prevê, ainda, a transformação da antiga oficina, que tem mais de 1.000m², em um centro cultural, com teatro, auditório, cinema e área de exposição.
Encerrando a solenidade, Kátia Bogéa recebeu dos sócios do IHGC diploma e medalha de sócia benemérita, em homenagem a parceria firmada com o instituto.
História - O Instituto Histórico e Geográfico de Caxias foi criado em 12 de dezembro de 2003, com o objetivo de preservar a história do município. A entidade adota a denominação de Casa de César Marques, em homenagem ao nascimento do ilustre médico e historiador caxiense.
Atualmente, o IHGC situa-se em um prédio histórico da extinta estrada de ferro São Luís - Teresina (RFFSA), localizada na Avenida Getúlio Vargas, nº 951, Centro.
O instituto abriga um acervo documental histórico sobre a cidade de Caxias, na sua Biblioteca Maria das Mercês da Silva Lima, além de obras importantes sobre história e geografia do Maranhão. Este espaço é referência de pesquisas por parte de estudantes de ensino fundamental, médio, superior, e da comunidade em geral.
A entidade mantém exposto um material rico em informações históricas. Um grande exemplo documental é o livro Brasil e a Oceania, de Antônio Gonçalves Dias. Partituras de Alfredo Beleza, Elpídio Pereira e Josias Beleza.
O IHGC oferece uma obra inédita sobre óperas produzidas por compositores da Amazônia entre o fim do século XIX e o início do XX de autoria de Márcio Páscoa, doutor em Ciências Musicais pela Universidade de Coimbra (Portugal).
O livro é uma coleção, resultado de pesquisa desenvolvida desde 2006, sob patrocínio do Programa Petrobras Cultural, cujo recurso foi obtido por meio da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.
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O acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) dispõe, também, uma coletânea de poesias de Gonçalves Dias, em cinco volumes; uma réplica da ata de instalação da Vila de Caxias das Aldeias Altas (de quando Caxias foi elevada à categoria de vila, em 1811); a 2ª e a 3ª edições do Dicionário Histórico e Geográfico da Província do Maranhão, de César Marques; História do Maranhão, de Mário Meireles; Memórias de um ferroviário, de Eurico Macedo; e coleções de História Universal, de Cásare Cantú; História do Brasil, de Rocha Pombo e História do Brasil, de Varnhagen.
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