quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Emap planeja colocar o Porto do Itaqui entre os 10 maiores do mundo


Objetivo foi divulgado ontem pelo presidente da empresa gestora do porto, Luiz Fossati


O Porto do Itaqui deverá saltar dos 12,6 milhões de toneladas movimentadas em 2010 para 79,7 milhões de toneladas em 2020 e, assim, alcançar a liderança nacional em granéis sólidos e líquidos, informou o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Fossati, durante o seminário internacional de logística, da Antaq.
De acordo com Fossati, a Emap trabalha no desenvolvimento do planejamento estratégico do porto para torná-lo de classe mundial. Para ele, o Itaqui é hoje o principal indutor do crescimento econômico do Maranhão, que tem previsão de investimentos da ordem de R$ 120 bilhões até 2016.
Para atender demandas atuais e futuras, a Emap atualiza o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) e o Programa de Arrendamento, investe na expansão da infraestrutura , na modernização de equipamentos e no fomento de cargas em contêiner.
Atualmente, 50% da movimentação de carga no Porto do Itaqui são de derivados de petróleo, o que deve sofrer um incremento de 40% com a entrada em operação de um novo berço, de número 108, cujo processo de construção, no valor de R$ 80 milhões, será conduzido pela Emap.
O Plano de Negócios da empresa prevê uma nova matriz de carga com ampliação de linha regular de contêiner; a entrada em funcionamento do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no final de 2013, cujo processo licitatório está em andamento; e com a introdução de novos produtos como celulose e pellets, da empresa Suzano Papel e Celulose. A descarga de carvão para a MPX e de cobre e níquel para a Vale também influenciarão nesses resultados.
Nos próximos 20 anos, há pelo menos 90 novos projetos que estão sendo vistos pela Emap como oportunidades de inovação.

Setor logístico do Maranhão é destaque em evento da Antaq

I Seminário Internacional: Logística, Base para o Desenvolvimento Sustentável, que termina hoje, em São Luís


A logística do Maranhão foi destaque do I Seminário Internacional: Logística, Base para o Desenvolvimento Sustentável, que teve início ontem e termina hoje, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, localizado na Avenida Jerônimo de Albuquerque. O evento, uma promoção da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em parceria com o Governo do Estado, teve centenas de inscritos, entre estudantes, professores, empresários e autoridades ligadas ao setor industrial e portuário do país, além de palestrantes estrangeiros.
O seminário foi aberto pelo diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, que ressaltou o sistema portuário de São Luís como integrante dos sete portos de importância estratégica nacional e a relevância de se discutir o desenvolvimento da cadeia logística do estado, com ênfase ao setor hidroviário e a relação porto/cidade.
Neste sentido, o secretário estadual Maurício Macedo (Indústria e Comércio) ressaltou que o Maranhão tem grandes bacias hidrográficas a serem exploradas como modais de transporte, com destaque ao Rio Itapecuru, e que o sistema fluvial é o mais atrativo atualmente, do ponto de vista da sustentabilidade, pois alia economia de custos à baixa emissão de poluentes. Para Macedo, o desenvolvimento da cadeia logística é a grande arma de crescimento de qualquer país e que isso tem uma relação intrínseca com a sustentabilidade.
Investimentos - O vice-governador Washington Oliveira, representando a governadora Roseana Sarney no evento, enfatizou a implantação de grandes empreendimentos industriais e logísticos no Maranhão, uma carteira de negócios da ordem de R$ 100 bilhões, como a Refinaria Premium I, da Petrobras, a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e a expansão do sistema portuário de São Luís como fatores de crescimento da economia do Maranhão. Oliveira também falou da importância de se investir na melhoria da infraestrutura de transportes do estado, beneficiando a rede rodoviária, mas sem se esquecer de desenvolver os modais hidroviário, ferroviário e o setor portuário.
Autoridades - Também participaram da abertura do seminário os secretários estaduais Max Barros (Infraestrutura), Jura Filho (Turismo), Ricardo Guterres (Minas e Energia), Olga Simão (Ciência e Tecnologia), bem como os deputados estaduais Magno Bacelar (PV), Stênio Resende (PMDB) e Antônio Pereira (DEM).
Na mesa de abertura dos trabalhos, além de Fernando Fialho, estiveram o capitão-de-mar-e-guerra Nelson Ricardo Calmon Bahia, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA); o deputado federal Edson Bez (PMDB/SC), coordenador de Portos e Vias Navegáveis da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional da Câmara dos Deputados; o ministro Paulo Passos (Transportes); o ministro Leônidas Cristino (Secretaria de Portos); e João Paulo Tavares Papa, prefeito de Santos e presidente da Associação Brasileira de Municípios Portuários (ABMP).
Palestra - A primeira palestra do dia foi com o ministro Paulo Passos (Transportes) que falou do desenvolvimento do sistema logístico do país e ressaltou o Maranhão no contexto nacional. "A Baía de São Marcos é um bônus de Deus para o Maranhão. Uma geografia privilegiada, que propicia portos de águas profundas e que representa um caminho mais curto do Brasil com os grandes mercados da Europa, EUA e Ásia", disse Passos.
Paulo Passos disse ainda que o Porto do Itaqui, um dos maiores do Brasil, tem um papel importante na estratégia de desenvolvimento do país. "Pelo porto, além do escoamento das cargas constituídas por produção mineral, ocorre de forma crescente o embarque de cargas relacionados a grãos e futuramente a cargas de contêiner", declarou. A articulação do porto do Itaqui com a infraestrutura terrestre do país, segundo ele, é importante para o desenvolvimento desse setor brasileiro.
Para o ministro, outro fator a ser observado na cadeia logística nacional é a Ferrovia Norte-Sul (FNS) como eixo de integração nacional. "Um projeto de iniciativa do governo José Sarney, quando esteve na Presidência da República, nos anos 1980, enfrentou grande resistência de vários setores do país, mas hoje todos veem a ferrovia como saída para o escoamento da produção industrial e agrícola", destacou. De acordo com Passos, várias redes ferroviárias que cortam o país de leste a oeste vão se conectar à Norte-Sul, com destino aos portos do Norte e Nordeste.
Ainda em se tratando do contexto nacional, frisou Passos, é preciso investir mais nos diversos modais de transporte para diminuir a distorção que existe atualmente, em que cerca de 60% do total de cargas que circula no país é transportada pelas rodovias. Segundo o ministro, até 2025 espera-se alcançar um equilíbrio entre os modais com a execução de projetos de desenvolvimento hidroviário e ferroviário, além de incentivos à navegação de cabotagem (transporte marítimo entre regiões de um mesmo país), bem como a expansão do setor portuário nacional.

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