Jock Dean
Da equipe de O Estado
Quem frequenta as proximidades da obra já consegue perceber os resultados do trabalho. Segundo o coordenador-geral das obras do Espigão Costeiro, o engenheiro Aloísio Dualibe Pinheiro, o principal impacto positivo do molhe costeiro será o engordamento da praia da Ponta d'Areia. "A largura da faixa de areia aumentará, protegendo a orla de futuras erosões e assegurando a integridade territorial da cidade", informou. A expectativa é de que, depois de pronto, o molhe costeiro garanta uma faixa de praia permanente de até 70 metros de areia.
Na área mais próxima do quebra-mar, a faixa de areia da praia já aumentou em dois metros e à medida que a orla avança já é possível notar engordamentos de até 50 centímetros em uma área de até 100 metros da base do espigão. "Esse avanço da faixa de areia é progressivo e atingirá sua plenitude em cinco anos e, pelo que estamos percebendo, a obra deve superar as expectativas", afirmou Aloísio Dualibe, que disse ainda que a faixa de praia formada a partir do espigão deve se estender em até 300 metros ao longo da orla.
Lazer - À noite, depois que os operários encerram suas atividades, é possível ver grupos de amigos jogando futebol na nova faixa de praia que está se formando. No início do ano, esse tipo de lazer era dificultado pelos riscos causados pela ação da maré na área, que chegou a ultrapassar os 6,5 metros nos dias mais críticos.
A construção do Espigão de Contenção Costeira foi iniciada há pouco mais de três meses pelo Governo do Estado. A obra estava prevista para ser entregue no mês de outubro, mas o ritmo acelerado dos trabalhos antecipou a conclusão da construção em dois meses. Aloísio Dualibe garantiu que a entrega acontecerá em no máximo 10 dias.
Erosão - De acordo com um estudo, financiado pela Vale e doado ao Governo do Estado, o acúmulo de areia acarretou a modificação da corrente marítima na área da Ponta d'Areia, aumentando a intensidade da erosão. A construção da Barragem e Aterro do Bacanga modificou a velocidade de vazão dos rios Bacanga e Anil, influenciando no "transporte" de areia pela maré rios adentro, causando o assoreamento dessas áreas e deixando a Península da Ponta d'Areia sob o risco de ser ocupada pela maré, por isso a urgência na realização das obras.
Além de evitar a erosão da área, o Espigão impedirá o assoreamento da embocadura dos rios Anil e Bacanga, preservando o acesso de navegações, além de expandir o potencial navegável da costa. A Lagoa da Jansen também será revitalizada, pois o fluxo de água, ao ser regularizado, promoverá a oxigenação da laguna, amenizando o mau cheiro da faixa de água.
Um projeto de urbanização da Ponta d'Areia está em fase de elaboração para que a região se transforme em uma nova atração turística de São Luís e outro ponto de lazer para os ludovicenses.
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