Fonte: Jornal O Estado do Maranhão
O Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Estreito, iniciou no dia 1º de dezembro o enchimento do reservatório, localizado no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Maranhão e Tocantins. O início da formação do reservatório representa o mais importante marco para o empreendimento começar a operar a primeira de suas oito turbinas que, juntas, terão potência instalada de 1.087 MW, o suficiente para atender à demanda de uma cidade com 4 milhões de habitantes.
O enchimento do reservatório da UHE Estreito foi possível graças à emissão da licença de operação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no dia 24 de novembro de 2010. O processo do enchimento do reservatório foi realizado com o fechamento escalonado das comportas do vertedouro, estrutura destinada para escoar a água das cheias do Rio Tocantins e que está localizada no lado tocantinense do canteiro de obras da usina.
Cumprindo os compromissos assumidos no âmbito do licenciamento ambiental do empreendimento, o Ceste desenvolveu a limpeza de áreas para dar início ao enchimento do reservatório, concluiu o remanejamento da população, bem como recompôs a infra-estrutura, como estradas, pontes, redes de energia, entre outras, que estavam localizadas em áreas a serem diretamente interferidas pelo futuro lago ou pela área de seu entorno, que será destinada para preservação permanente.
Com 555 quilômetros quadrados de área, incluindo a calha natural do rio, e 260 quilômetros de extensão, o reservatório da Usina de Estreito abrangerá 11 municípios, sendo dois no Maranhão e nove no Tocantins. São eles: Carolina e Estreito (MA), Babaçulândia, Barra do Outro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupiratins (TO). O município de Aguiarnópolis não será interferido pelo reservatório, uma vez que a área no município abriga apenas parte do canteiro de obras da usina. A previsão é de que o enchimento do reservatório leve aproximadamente três meses para completar o nível máximo, alcançando a cota de 156 metros acima do nível do mar, o que dependerá do período de chuvas e das vazões afluentes.
Campanha - Para informar e orientar às comunidades da área de abrangência da UHE Estreito sobre a formação do reservatório, o Ceste vem desenvolvendo, desde o mês de setembro, uma campanha de esclarecimento sobre o estágio da obra, a previsão de enchimento do reservatório e os cuidados a serem tomados durante o período de enchimento.
Equipes de mobilização social visitam os moradores da região comunicando sobre a nova etapa da usina. Os prefeitos, presidentes das câmaras de vereadores e membros dos Comitês de Co-gestão da UHE Estreito foram os primeiros a serem informados pessoalmente sobre o planejamento do enchimento do lago. A campanha de comunicação sobre o processo de formação do reservatório da Usina de Estreito envolve ainda divulgação na mídia impressa e eletrônica, como veiculações nas emissoras locais de rádio e TV.
Para que todo o processo do enchimento do reservatório seja realizado com sucesso, o Ceste adotou uma série de medidas na área de segurança e saúde. Placas de sinalização foram instaladas para informar a população sobre a interrupção de acessos devido à formação do lago. Também foi mapeada a disponibilidade de soro antiofídico em unidades de saúde da região para atender eventuais acidentes com animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões, que poderão se deslocar durante a fase do enchimento.
Equipes de biólogos, veterinários e técnicos especializados atuam no resgate da fauna, que pode migrar em busca de abrigo ou ainda permanecer na área do reservatório. Cartazes e panfletos estão sendo distribuídos nos municípios com orientações para que a comunidade não mate, não alimente ou mesmo não tente capturar esses animais. A recomendação do Consórcio é que, ao avistar algum animal silvestre, o morador deve imediatamente ligar para o telefone gratuito 0800-280.91.91.
Histórico
A UHE Estreito - Um dos maiores empreendimentos de geração de energia elétrica em construção no país e um dos projetos prioritários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a Usina de Estreito teve suas obras civis iniciadas em 2007, logo após a emissão da licença de instalação pelo Ibama, em dezembro de 2006. Em sua fase de implantação, a Usina de Estreito movimentou a economia local gerando mais de 10 mil empregos diretos e 25 mil indiretos, sendo a maioria formada pela mão-de-obra da região, além de aproveitar as empresas e serviços dos Estados do Maranhão e Tocantins.
Um dos principais desafios do empreendimento foi o desvio do Rio Tocantins, pela estrutura do vertedouro, realizado em setembro de 2009. O procedimento possibilitou o início da construção da barragem da UHE Estreito, que foi concluída no começo do mês de outubro.
3 comentários:
Olá, gostaria de email para contato com o blog. Obrigada. Flaviane
Gostaria de obter o email do blog. Obrigada. Flaviane.
É UMA PENA QUE OS GOVERNANTES E OS GRANDES MANIPULADORES APENAS COMENTEM UM LADO DA HISTÓRIA DA BARRAGEM. NÃO LI EM NENHUM MOMENTO OS ETERNOS PREJUÍZOS QUE ESSE GRANDE EMPREENDIMENTO CAUSARÁ A COMUNIDADE LOCAL E AO MEIO AMBIENTE. E COMO FICAM OS RIBEIRINHOS QUE VIVEM E DEPENDEM DO RIO, SERÁ QUE A CESTE TEM ALGUM PROJETO DE MORADIA PARA TODOS QUE FICARÃO SEM TETO E OS PESCADORES E BARRAQUEIROS SEM EMPREGO??? E A BELA CHAPADA DAS MESAS QUE SERÁ EXTREMAMENTE AFETADA? ESSAS SÃO APENAS ALGUMAS DAS MUITAS PERGUNTAS QUE TODOS PODERÍAMOS REFLETIR. SIM CLARO, ESTE EMPREENDIMENTO TRAZ BENEFICIOS PRA REGIÃO, A ECONOMIA CRESCE, O NÚMERO DE HABITANTES, UMA VEZ QUE, MUITAS PESSOAS DO BRASIL INTEIRO VEM NA PROCURA DE EMPREGO, MAS E ESSAS PESSOAS? SERÁ QUE A CESTE INVESTI EM HOSPITAIS, EDUCAÇÃO, INFRA - ESTRUTURA E O POLICIAMENTO? OS NÚMEROS COMPROVAM QUE A VIOLENCIA CRESCE DESPROPORCIONALMENTE NAS CIDADES QUE SÃO AFETADAS PELA BARRAGEM, POIS O DESEMPREGO É UM FATO, TANTO DOS BARRAGEIROS COMO DA COMUNIDADE LOCAL. SERÁ QUE NÃO É UMA ILUSÃO DE PROMESSAS E MAIS PROMESSAS? SE PESARMOS NUMA BALANÇA OS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DESTA FORMA DE OBTENÇÃO DE ENERGIA PARA A COMUNIDADE LOCAL E PARA O BRASIL, COM CERTEZA TEREMOS UMA RESPOSTA CLARA! SERÁ QUE NÃO ESTÁ NA HORA DE APROVEITARMOS O SOL COMO FONTE DE ENERGIA, E O VENTO, BIOMASSA...SE O PAÍS COMO É O BRASIL, ABENÇOADO E REGADO DE ENERGIAS LIMPAS QUE NÃO CAUSAM NENHUM PREJUIZO AO MEIO AMBIENTE E TRAZEM GRANDES BENEFICIOS PARA A COMUNIDADE, PORQUE NÃO INVESTIR, PESQUISAR, ESTUDAR, COMEÇAR!
ACHO QUE TA NA HORA DE REFLETIRMOS, PARTICIPAR, CONSCIENCIA NA HORA DE VOTAR E ACREDITAR QUE PODEMOS MELHORAR.
VALEU!
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