sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Subestação III aumenta a confiabilidade no fornecimento de energia para SL


O ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, e os presidentes da Eletrobras e Eletrobras Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes e Josias Matos de Araujo, participam da inauguração hoje, às 9h, da Subestação São Luís III, no município de Paço do Lumiar, e da homenagem da chegada da energia de Boa Esperança ao Maranhão, cuja solenidade acontecerá na Subestação do Sacavém e contará com a presença do senador José Sarney, que será homenageado.

A Subestação São Luís III, que teve um investimento da ordem de R$ 50 milhões, beneficiará toda a região metropolitana de São Luís ao proporcionar maior autonomia para o distribuição de energia feita pela Companhia Energética do Maranhão (Cemar).

Antes da Subestação São Luís III, a potência de energia distribuída pelas duas subestações (I e II) era de 400 MVA e com a nova unidade passa para 550 MVA. “Com a nova subestação, o ganho em potência será pouco mais de 37% e é justamente por causa desse percentual bastante alto que teremos maior confiança e segurança no abastecimento de energia em São Luís”, informou o gerente regional de obras da Eletrobras, Omar Barroso. Ainda segundo ele, essa confiabilidade é um dos principais fatores que diminuirá o risco de um blecaute na cidade.

Antes da construção da Subestação III na estrada da Maioba, São Luís era atendida, em alta tensão, apenas pela Subestação São Luís I, então o único ponto de entrega para a Cemar. Além disso, existiam somente dois circuitos de transmissão em alta tensão (230 kV) entre as subestações São Luís II e São Luís I, que transmitiam 100% de toda a energia elétrica para atender a capital maranhense.

Carga - A localização da subestação em Paço do Lumiar foi definida com base nos pontos de maior crescimento da carga da capital, possibilitando, dessa maneira, uma melhor distribuição no carregamento do sistema elétrico. Entre os principais desafios para a construção da subestação as questões fundiárias foram o maior empecilho.

Como o trajeto original da linha precisou ser alterado em razão de passar por áreas urbanas, o tempo de conclusão da obra demorou mais de um ano além do prazo esperado. “A assinatura do contrato aconteceu no dia 23 de abril de 2008, mas tivemos alguns problemas que demoraram muito para serem resolvidos e, por isso, a especulação imobiliária surgiu para dificultar as negociações. Em algumas discussões, processos foram levados até a Justiça”, explicou o gerente regional da Eletrobras.

Além da inauguração da subestação São Luís III, outros empreendimentos em expansão estão em andamento para atender São Luís, entre elas a construção da segunda linha em 230 kV entre as subestações São Luís II e São Luís III, que já foi leiloada pela Aneel, bem como o segundo transformador de 150 MVA.

Autonomia energética do estado começou com Boa Esperança

Hidrelétrica começou a ser construída em agosto de 1964 e foi inaugurada ainda no mandato do governador José Sarney

Desenvolvimento e benefícios a milhares de pessoas foram porporcionados pela Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, instalada no rio Parnaíba - que separa o Maranhão do Piauí, a aproximadamente 80 km da cidade piauiense Floriano. A usina começou a ser construída em agosto de 1964, por iniciativa da Companhia Hidroelétrica da Boa Esperança (Cohebe), empresa criada em julho do ano anterior como subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras). Os trabalhos foram concluídos em abril de 1970. Ainda no mandato do governador do Estado, José Sarney, responsável por concluir os serviços e inaugurar a usina, Boa Esperança entrou em operação dispondo de duas unidades de 54 MW, totalizando 108 MW de potência instalada.

Antes denominada Usina Hidrelétrica Marechal Castelo Branco, Boa Esperança passou a fornecer energia a cerca de 40 cidades do interior dos dois estados, Maranhão e Piauí e parte do Ceará.
Integrada ao sistema de transmissão da Chesf em 1974, Boa Esperança permitiu à Cohebe assumir o fornecimento de energia elétrica no Maranhão e no Piauí. Em 1990 e 1991, com a entrada em operação, respectivamente da terceira e da quarta unidades geradoras da usina, ambas com 63,65 MW de potência, Boa Esperança passou a dispor de 235,3 MW de capacidade instalada.

Represa – O represamento de Boa Esperança é feito por uma barragem do tipo mista terra-enrocamento, com altura máxima de 53 metros e comprimento total da crista de 5.212 metros, associada a estruturas de concreto, tais como: vertedouro dotado de seis comportas. O atual aproveitamento de Boa Esperança tem uma área de drenagem de 87.500 km² e está instalado em uma bacia hidrográfica com área aproximada da ordem de 300.000 km².

A usina forma um lago artificial grande, atingindo o alto volume de água até a cidade de Porto Alegre do Piauí. No Maranhão, a única cidade que se situa às margens do rio Parnaíba e que é banhada pelo lago artificial é Nova Iorque. Na cidade de Guadalupe, no Piauí, às margens do lago, há hotéis e balneários.

Números

- Potência - 12.000 m³/s é o volume da vazão máxima;
- 4 unidades geradoras acionadas por turbinas Francis, sendo 2 unidades de 55.000 kW cada, e 2 unidades de 63.650 kW cada, totalizando uma capacidade instalada de 237.300 kW;

- 3 transformadores de 70 MVA e um de 60 MVA são utilizados para disponibilizar a energia que elevam a tensão de 13,8 kV para para 230 kV.

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