Foto: Divulgação/Agência Petrobras
Ela deve anunciar readequação do projeto. Programação está prevista para terça-feira (10).
Maurício Araya/Imirante
SÃO LUÍS – A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, e
representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e do
Comércio (Sedinc) e da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema)
realizam visita, nesta terça-feira (10), na refinaria Premium I, em Bacabeira,
município localizado a 58 km da capital maranhense, São Luís. A obra está na
segunda fase do processo de terraplanagem – que ocorre no período seco –, com
previsão de terminar no início de 2013. O objetivo da visita é acalmar os ânimos
do setor industrial do Estado. A presidenta da Petrobras deve anunciar uma
readequação do projeto, devido ao atraso na obra de outra refinaria na Bahia. A
preocupação dos empresários maranhenses é com uma possível alteração no
cronograma previsto para a refinaria no Maranhão.
De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento,
Indústria e do Comércio, Maurício Macedo, só há motivo para tranquilidade, já
que as obras no Estado estão bem adiantadas. "A refinaria é uma obra bastante
questionada, mas o que é básico é que o país precisa de refino. Se nós não
implementarmos as refinarias até 2020, o país vai importar até 40% do
combustível. Isso é um risco muito grande para um grande produtor de petróleo,
para um país com o tamanho da nossa economia. Os R$ 236 milhões que a Petrobras
anunciou de investimento incluem as refinarias Premium I e II, no caso a nossa e
a do Ceará. Sendo que a nossa está muito mais adiantada", disse em entrevista ao
Imirante na manhã desta segunda-feira (9). Ainda segundo o secretário, é
normal, no setor, reavaliações de projetos, levando-se em consideração o porte
de uma empresa como a Petrobras, e o que deve ocorrer, também, é a busca por
capital privado.
O presidente da Fiema, Edilson Baldez, classificou uma possível
mudança no calendário como "traumática", já que grande parte das empresas que
investiram na qualificação da mão de obra – proveniente do próprio município e,
também, de Rosário, Santa Rita e São Luís – é de micro e pequeno porte. A
construção de uma escola em Rosário – que se dedicará, exclusivamente, à
formação de profissionais para a refinaria –, com financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é uma das preocupações.
"Nossa expectativa é de que a presidenta da Petrobras venha detalhar, ou
redefinir, se for o caso, o cronograma da obra, porque nós estabelecemos um
cronograma e as empresas se adequaram, se prepararam para o planejamento
inicial, apesar de a gente entender que a Petrobras, como uma grande empresa,
tem compromissos com seus investidores e com o governo", afirmou.
Quando pronta, a refinaria deve operar em duas etapas: a
primeira prevista para 2017, com capacidade de processar 300 mil barris de
petróleo por dia; e a segunda etapa prevista para entrar em operação em 2019,
com igual capacidade de processamento, totalizando 600 mil barris de petróleo
por dia. Ela será a maior refinaria da América Latina e a quinta maior do mundo
Um comentário:
Quanta inocência dos maranhenses de ficar esperando que esta refinaria, mesmo que seja feita, vai resolver seus problemas. Em um estado em que a maioria da população é analfabeta, podem ter 10 refinarias que a fazenda Sarney continuará sendo a vergonha nacional.
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