segunda-feira, 9 de julho de 2012

Presidenta da Petrobras visita Refinaria Premium I, no Maranhão


Foto: Divulgação/Agência Petrobras
Ela deve anunciar readequação do projeto. Programação está prevista para terça-feira (10).
Maurício Araya/Imirante

SÃO LUÍS – A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, e representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio (Sedinc) e da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) realizam visita, nesta terça-feira (10), na refinaria Premium I, em Bacabeira, município localizado a 58 km da capital maranhense, São Luís. A obra está na segunda fase do processo de terraplanagem – que ocorre no período seco –, com previsão de terminar no início de 2013. O objetivo da visita é acalmar os ânimos do setor industrial do Estado. A presidenta da Petrobras deve anunciar uma readequação do projeto, devido ao atraso na obra de outra refinaria na Bahia. A preocupação dos empresários maranhenses é com uma possível alteração no cronograma previsto para a refinaria no Maranhão.
De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio, Maurício Macedo, só há motivo para tranquilidade, já que as obras no Estado estão bem adiantadas. "A refinaria é uma obra bastante questionada, mas o que é básico é que o país precisa de refino. Se nós não implementarmos as refinarias até 2020, o país vai importar até 40% do combustível. Isso é um risco muito grande para um grande produtor de petróleo, para um país com o tamanho da nossa economia. Os R$ 236 milhões que a Petrobras anunciou de investimento incluem as refinarias Premium I e II, no caso a nossa e a do Ceará. Sendo que a nossa está muito mais adiantada", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta segunda-feira (9). Ainda segundo o secretário, é normal, no setor, reavaliações de projetos, levando-se em consideração o porte de uma empresa como a Petrobras, e o que deve ocorrer, também, é a busca por capital privado.
O presidente da Fiema, Edilson Baldez, classificou uma possível mudança no calendário como "traumática", já que grande parte das empresas que investiram na qualificação da mão de obra – proveniente do próprio município e, também, de Rosário, Santa Rita e São Luís – é de micro e pequeno porte. A construção de uma escola em Rosário – que se dedicará, exclusivamente, à formação de profissionais para a refinaria –, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é uma das preocupações. "Nossa expectativa é de que a presidenta da Petrobras venha detalhar, ou redefinir, se for o caso, o cronograma da obra, porque nós estabelecemos um cronograma e as empresas se adequaram, se prepararam para o planejamento inicial, apesar de a gente entender que a Petrobras, como uma grande empresa, tem compromissos com seus investidores e com o governo", afirmou.
Quando pronta, a refinaria deve operar em duas etapas: a primeira prevista para 2017, com capacidade de processar 300 mil barris de petróleo por dia; e a segunda etapa prevista para entrar em operação em 2019, com igual capacidade de processamento, totalizando 600 mil barris de petróleo por dia. Ela será a maior refinaria da América Latina e a quinta maior do mundo

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanta inocência dos maranhenses de ficar esperando que esta refinaria, mesmo que seja feita, vai resolver seus problemas. Em um estado em que a maioria da população é analfabeta, podem ter 10 refinarias que a fazenda Sarney continuará sendo a vergonha nacional.