sábado, 21 de julho de 2012

OGX lidera mapeamento sísmico na Bacia do Parnaíba

Empresa, que tem oito blocos na região e está próxima de começar a produção de gás natural no campo de Gavião Real, em Santo Antônio dos Lopes.

Próxima de iniciar a produção de gás natural no Maranhão, a OGX lidera o mapeamento de dados sísmicos na Bacia do Parnaíba. A sísmica, ferramenta mais utilizada para a exploração de petróleo, é uma espécie de raio-x do subsolo terrestre. Seus dados são utilizados pelos geólogos e geofísicos da empresa para mapear e selecionar as áreas com maior probabilidade para a ocorrência de acumulações de hidrocarbonetos, contribuindo para o alto índice de assertividade na perfuração dos poços.
A exploração de petróleo na Bacia do Parnaíba começou no início dos anos 1950, e até 1989 várias companhias petrolíferas adquiriram cerca de 13.000 km de dados sísmicos 2D e perfuraram um total de 35 poços exploratórios na região.
A OGX, que tem oito blocos na Bacia do Parnaíba, por sua vez adquiriu, desde 2009, cerca de 8.350 km de sísmica 2D e 300 km² de sísmica 3D e pretende adquirir até o fim deste ano mais 2.000 km de sísmica 2D e 175 km² de sísmica 3D na região.
Ou seja, a companhia, em apenas três anos e numa região correspondente a 4% da área total da bacia, já realizou mais que todas as outras petrolíferas juntas em mais de 60 anos. Para isso, a OGX conta com mais de mil profissionais trabalhando na área, grande parte mão de obra local.
Tais números, segundo a OGX, demonstram o interesse da companhia em continuar desbravando esta bacia de nova fronteira, onde já realizou diversas descobertas de gás natural, duas delas declaradas comerciais.
Além da OGX, também têm blocos na Bacia do Parnaíba, a Petrobras (1) e britânica BP
Energy (1). A empresa inglesa, inclusive, já está realizando serviços de atividades sísmicas na região, no bloco BT-PN-2, área onde é operadora com 40% de participação, em sociedade com a Petrobras (40%) e a Vale (20%).
O trabalho, encomendado pela BP Energy à empresa Georadar, foi iniciado em abril e prevê a aquisição de 1.000 km de dados de sísmica 2D. A campanha deve se estender até o fim do ano e vai envolver 11 municípios na região da Bacia do Parnaíba.
A Petrobras também está se preparando para realizar atividade sísmica na bacia. Depende apenas de licenciamento ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Sema) para dar início aos trabalhos.
Investimento- A própria Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também está investindo em levantamento sísmico na região. O órgão contratou por R$ 62,4 milhões os serviços da Geokinetics Geophysical do Brasil para aquisição e processamento de sísmica de reflexão bidimensional.
Pelo contrato, serão adquiridos e processados 42 mil pontos de tiro de sísmica de reflexão bidimensional terrestre, abrangendo 10.500 estações de aquisição gravimétrica e magnetométrica associadas. O levantamento, que contempla linhas nos estados do Maranhão e Piauí, também depende de licenciamento ambiental.
Segundo a ANP, os resultados de levantamentos já realizados, associados a descobertas de gás na bacia pela OGX, justificam o interesse em aumentar o conhecimento geológico e estrutural e selecionar áreas mais interessantes para a locação de blocos para futuras licitações.

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O levantamento sísmico é o passo inicial para exploração e produção do petróleo. É a sísmica que indica o caminho para a perfuração e analisa os possíveis reservatórios onde se concentram o petróleo e o gás natural. Trata-se de uma atividade de risco e custos elevados e requer tecnologia avançada.
No Brasil, até o fim do monopólio, a Petrobras havia levantado cerca de 980 mil quilômetros de sísmica 2D e 28 mil quilômetros quadrados de sísmica 3D. Depois da abertura do mercado, foram recolhidos mais 332 mil quilômetros de sísmica 2D e 136 mil quilômetros quadrados de sísmica 3D.

Um comentário:

Anônimo disse...

Com esses Levantamentos Símicos o Brasil se eleva no quadro Mundial de produção petrolifera.