Obras do aeroporto podem não terminar no dia 27 de maio

Instalação da estrutura metálica que sustenta o telhado está em fase de construção. Atualmente, cerca de 160 homens trabalham no aeroporto de São Luís Entrega do aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado pode não ocorrer no dia 27 de maio, conforme previsto pela Infraero. Em um ano foram concluídos apenas 48% das obras Sandra Viana

“Não podemos garantir que esta nova data será cumprida, mas conversamos com a empresa que se comprometeu a entregar no prazo estipulado”. O relato é do superintendente Regional do Norte da Infraero, Paulo Roberto Pereira da Costa, respondendo à pergunta dos deputados quanto à conclusão da obra do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado. A incerteza é compartilhada também pela empresa contratada, a EP Engenharia Ltda. O diretor de Operações da empresa, Carlos Pinheiro, diz que a responsabilidade é da Infraero devido ao atraso desta na entrega de projetos de execução “imprescindíveis” para iniciar as etapas da construção. Apesar de sinalizar o cumprimento do prazo, Carlos Pinheiro reconhece que pode haver outro adiamento. A entrega da obra está prevista para 27 de maio - o quarto prazo estipulado pela Infraero, após sucessivas suspensões da obra. Segundo a Infraero, apenas 48% da obra foi concluída. Todo o serviço está orçado em R$ 12,7 milhões.

A fim de avaliar o andamento dos trabalhos, uma comissão de deputados visitou o aeroporto, na tarde de ontem, acompanhados de representantes da empresa e da Infraero. Segundo o assessor especial da presidência da Infraero, José Clóvis Dattoli, que também acompanhou a vistoria, os atrasos seriam de responsabilidade da empresa maranhense E.P Engenharia Ltda e que, nesta etapa, encerrar o contrato traria diversos prejuízos. “Teríamos que realizar novo processo licitatório, o que levaria tempo de pelo menos seis meses e implicaria na revisão dos recursos financeiros”, explicou Dattoli. Ele disse ainda que a Infraero espera o cumprimento dos prazos pela empresa. “Nos foi garantido que não haveria mais atrasos”, reiterou o assessor.

Membros da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa realizaram vistorias no aeroporto nesta quarta (11)

s obras seguem na etapa de instalação da estrutura metálica que sustentará o telhado. A antiga estrutura permanece, mas passa a funcionar como apoio. Esta seria a fase crucial dos trabalhos, pois, após a conclusão desta serão iniciadas as demais. Segundo a Infraero, 32 etapas do cronograma dos serviços estão pendentes, todas relacionadas à gestão da mão-de-obra, cuja responsabilidade é da empresa contratada. “A Infraero é contratante do serviço, não temos como nos responsabilizar pelo não cumprimento dos prazos, uma vez que reunimos várias vezes com a empresa e esta garantiu as condições dos serviços”, explica José Clóvis Dattoli. A fabricação e a montagem das estruturas de reforço e de meio-fio são as etapas que tem apresentado problemas, reitera a Infraero.

Entre os itens inclusos na obra está a climatização do terminal, cobertura completa do meio-fio para embarque e desembarque de passageiros, além do aumento do número de posições de check-in - de 24 para 30 posições.

Constam ainda a reforma geral das pontes de embarque, aumento do espaço físico da sala de embarque, de 350 m² para 500 m², além de um novo mix comercial. A fim de atender a crescente demanda de passageiros, diz a Infraero, quando da reabertura do terminal interditado serão mantidas as estruturas hoje em utilização, ou seja, desembarque remoto (antigo terminal de cargas da Vasp) para voos domésticos e embarque remoto (antigo terminal de passageiros) para voos domésticos.