Técnicos desenvolverão projetos urbanísticos para o entorno da Avenida Metropolitana.
Marco Aurélio D´Eça
Da editoria de Política
Da editoria de Política
O governo Roseana Sarney (PMDB) vai firmar Termo de
Cooperação Técnica com a Prefeitura de Boston (EUA) para desenvolvimento de
projetos na área de urbanismo em São Luís. O convênio será assinado ainda no mês
de maio e focará o melhoramento da urbanização já prevista no projeto da Avenida
Metropolitana, que cortará toda a capital maranhense. O objetivo é melhorar os
aspectos urbanos da cidade, no que diz respeito à mobilidade urbana, trânsito e
transporte, vias públicas e arquitetura.
O termo de cooperação é um dos frutos da viagem da
governadora Roseana Sarney (PMDB) aos Estados Unidos, como membro da comitiva da
presidente Dilma Rousseff (PT). O convênio foi viabilizado graças a uma
peculiaridade: o secretário de Urbanismo de Boston é o maranhense Álvaro Lima,
radicado há 20 anos no estado de Massachussetts.
"O que vamos aprimorar é o projeto da segunda fase da
Avenida Metropolitana em seus aspectos urbanos", explicou Roseana Sarney, em
entrevista coletiva ontem, no Palácio dos Leões. A primeira etapa do projeto já
está em fase de licitação.
A Avenida Metropolitana vai envolver toda a região da
Grande São Luís, interligando a capital e os municípios de Paço do Lumiar, São
José de Ribamar e Raposa. A avenida vai ligar a Zona Rural à orla marítima de
São Luís. O termo de cooperação garantirá o desenvolvimento de projetos
urbanísticos nos entornos.
A governadora Roseana Sarney também anunciou ontem o
cronograma de inaugurações de obras alusivas aos 400 anos de São Luís. Ela
pretende entregar, até setembro, a primeira parte da Via Expressa, a Avenida do
Quarto Centenárioe e a urbanização do Espigão Costeiro da Ponta d'Areia.
"Certamente, entregaremos a primeira etapa da Via
Expressa e a Avenida do Quarto Centenário. Estamos tentando garantir a entrega
também da urbanização do espigão", disse a governadora. A obra de urbanização
ainda aguarda licenciamento da Capitania dos Portos para começar.
No projeto dos 400 anos, o governo tenta garantir
também a inauguração do Estádio Castelão, que deve ser inaugurado no aniversário
de São Luís. A governadora só lamentou que a revitalização do Centro da cidade
não esteja concluída.
Governo amplia estimativa de investimentos no estado
O governo do Maranhão ampliou a sua estimativa de
investimentos privados até 2015. "Os R$ 100 bilhões previstos inicialmente já
estão defasados; a previsão será ainda maior", aposta a governadora, que cita
diversos investimentos para justificar seu otimismo.
Segundo a governadora, um dos exemplos de ampliação
dos investimentos previstos é a Suzano Papel & Celulose. "Inicialmente, o
investimento seria de R$ 8 bilhões, mas apenas para Imperatriz. Agora já
anunciou novo investimento, em Chapadinha, o que dá mais R$ 1 bilhão", estima a
governadora.
Roseana falou ainda dos investimentos do grupo
Votorantin, que já tem fábrica no estado. Ela citou também investimentos em
mineradores, que estavam restritos a Godofredo Viana e já se expandiram para
Centro Novo do Maranhão. "A Petrobras mantém seus investimentos, Eike Batista
também, e já tem interessados no segundo bloco de exploração de gás",
revelou.
A governadora maranhense demonstrou forte preocupação
com a situação da Alumar, mas disse que o estado está intercedendo para tentar
resolver a situação. Ela esclareceu, no entanto, não haver qualquer tipo de
concessão tributária ou fiscal dada pelo estado à empresa americana. "O estado
já fez sua parte, com o Pró-Maranhão, que garantiu a expansão da planta de São
Luís", explicou ela.
A Alumar ameaça encerrar suas atividades no maranhão
por causa do preço da energia elétrica cobrado no Brasil. "Eles pagam no Brasil
algo em torno de R$ 100,00 por megawatt de energia. Há países do Oriente Médio
oferecendo energia de graça. O que a empresa quer é que o Governo Federal
discuta com eles a situação. Mas estamos preocupados, assim como o ministro
Lobão, que pode trabalhar por isso", frisou.
Segundo Roseana, é claro que o governo maranhense se
preocupa com o problema da empresa, e pretende trabalhar para amenizar. "Até
porque são 8 mil empregos diretos, fora os indiretos e os prestadores de
serviço", disse ela.
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