segunda-feira, 9 de maio de 2011

Praça Gonçalves Dias é utilizada por skatistas para suas manobras

Praça Gonçalves Dias é utilizada por skatistas para suas manobras


A Praça Gonçalves Dias, um dos principais pontos turísticos de São Luís, famosa por ser o local de encontro de casais de namorados, está se tornando um reduto de skatistas que, segundo freqüentadores e moradores do Centro, estão depredando o logradouro. Eles reclamam também da falta de manutenção.

Os skatistas começam a chegar à praça por volta das 16h. Até os bancos, que antes embalavam as conversas jogadas fora no fim de tarde, são utilizados por eles como rampas e plataformas para as manobras do esporte. De acordo com os jovens, o local os atrai por sua localização e pelo terreno plano e sem ondulações. O resultado do uso inadequado é visível: bancos e luminárias quebrados, escadarias rachadas e canteiros destruídos.

Segundo a aposentada Laura Fontinele, 67 anos, que costuma participar das celebrações na Igreja dos Remédios, desde que os skatistas começaram a praticar o esporte na praça o local foi deixando de receber visitantes. “Quem mais vem aqui são ainda turistas que vêm para conhecer o largo, que é muito bonito, e as pessoas que participam das missas aqui na igreja. Mesmo assim, eles não ficam muito tempo, porque quase não se vê policiamento por aqui”, reclamou.

Joseli Santana, moradora do Centro, contou que as famílias que sempre passeavam pela praça no fim da tarde deixaram de visitar o logradouro. “Aqui existiam muitas crianças correndo, brincando de velocípedes, mães que traziam os filhos para aproveitar o sol da tarde e fazer um lanche. Mas faz algum tempo que as mães ficaram com medo de que os skatistas pudessem derrubar as crianças durante suas manobras, como algumas vezes já aconteceu”, afirmou. “Como se pode constatar, agora não tem nenhuma criança por aqui”, completou.

A moradora confirmou ter visto várias vezes alguns dos jovens fumando, bebendo e usando drogas ilícitas no coreto da praça. “Isso ocorre porque não há policiamento regular nas redondezas da praça. Vez ou outra uma viatura da patrulha do bairro passa, mas isso não é freqüente e não intimida os usuários de drogas”, afirmou ela.

Pistas - O Estado conversou com alguns dos skatistas que se encontravam no local ontem. Eles afirmaram que nem todos que estão na Gonçalves Dias são vândalos ou usam drogas. “As pessoas reclamam muito. Brigam com a gente, nos xingam. Mas nós não temos outros lugares para praticar o esporte com segurança e sem incomodar os transeuntes”, defendeu-se um adolescente que não quis se identificar.

De acordo com ele, a cidade só tem dois espaços apropriados para isso, o Complexo do Castelinho, que para alguns fica muito distante de casa, e a Lagoa da Jansen. Contudo, ambos os complexos ficam impossibilitados de receber os esportistas durante o período chuvoso. “Por causa da chuva, as pistas que não são cobertas ficam cheias de água e lama. Aí a gente vem pra cá, que é um local plano e central. Se a Prefeitura fizesse várias pistas pela cidade, a gente deixava a praça e não haveria mais reclamação”, disse.

2 comentários:

lincon disse...

skate é um esporte como futebol, muita pessoas tem esse preconceito e mais existe skate evangélico advogado entende uma coisa eles são vândalos ? não é pois é o que esta falta e nós deixa de preconceito e viver a paz.
se eles esta andando lá é porque não tem outro lugar e isso não e culpa deles mais sim do governo flw.

Leandro Silva disse...

Maranhão é composto por ótimos atletas que representam o Estado sem apoio algum, em comparação a outros estados bem próximos como o do Ceará que possui inúmeras pistas para prática adequada do esporte, apoio das administrações municipais e do governo do estado sendo sede do Mundial de Skate, enquanto que no maranhão possui apenas duas pistas, uma construída a mais de 20 anos e outra construída a cerca de 10 anos ambas sem manutenção e uma fechada para o uso público sendo utilizada como pátio de estacionamento de máquinas de obras do estádio castelão. Antes de passarem informações distorcidas deveria ser feita uma pesquisa da realidade maranhense, preceito fundamental para qualquer outro tipo de informação a ser publicada.