Subeditor de Economia
Estudo encomendado pelo Governo do Estado estima que no cenário de hoje, até 2014, o potencial de consumo de gás natural em São Luís será em torno de 2 milhões de m³/dia para atender aos mercados industrial, automotivo, residencial e comercial. Essa e futuras demandas pelo combustível deverão ser atendidas pelo gás a ser produzido nas bacias terrestres do Parnaíba e de Barreirinhas e, possivelmente, na bacia marítima Pará-Maranhão.
O trabalho, denominado Estudo de Impactos Socioeconômicos da Disponibilização do Gás Natural no Maranhão, com os resultados preliminares, foi apresentado terça-feira passada à governadora Roseana Sarney pela Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), Termogás e pela Kaduna, empresa responsável pelo levantamento das informações.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo, o estudo projeta vários cenários de demanda por gás natural, que vão da necessidade de 2 milhões de m³/dia até 10 milhões de m³/dia, analisando cada segmento econômico e a correlação de empregos criados, geração de renda e impacto no PIB do estado. Ele informou que o estudo deve ser concluído dentre de três meses.
Embora não tenha adiantado mais detalhes do estudo, Maurício Macedo informou que somente o industrial, no atual cenário, demandaria o maior volume de gás natural que será disponibilizado em breve no mercado local oriundo das bacias terrestres do Parnaíba ou de Barreirinhas.
Ele apontou como segmentos em potencial para consumir o gás natural as indústrias de alumínio, siderúrgica, metalúrgica, cerâmica, papel e celulose, alimentos e bebidas. Ou seja, são atividades já desenvolvidas no estado que poderão beneficiar-se dessa nova matriz energética que está sendo explorada no Maranhão com a certeza da existência de uma reserva gigantesca, descoberta pela OGX Maranhão no município de Capinzal do Norte, na Bacia do Parnaíba.
Protocolo - Para garantir que o gás natural da Bacia do Parnaíba, cuja reserva é estimada em 15 trilhões de pés cúbicos, não seja canalizado apenas para atender à Usina Termelétrica – UTE Parnaíba, que será instalada pela MPX Energia e Petra Energia em Santo Antonio dos Lopes, o Governo do Estado, por meio da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), firmou protocolo de intenções com a OGX Maranhão para que parte da produção seja disponibilizada para o abastecimento dos automóveis, consumo doméstico, além do atendimento da cadeia industrial.
Além dessa reserva na Bacia do Parnaíba, comparada pelo empresário Eike Batista a uma “meia Bolívia”, haverá oferta de gás natural, ainda que em volume bem menor - 350 milhões de metros cúbicos - oriunda da Bacia de Barreirinhas, a ser explorada pelas empresas Panergy e Engepet/Perícia.
Segundo o presidente da Gasmar, Matias Couto Frota, o início das atividades de exploração na Bacia de Barreirinhas depende apenas de licenciamento ambiental. A expectativa é de que até o fim do ano comece a produção de gás para o atendimento da demanda de São Luís, especialmente do setor industrial.
Também há uma perspectiva de se encontrar gás natural na plataforma continental, onde hoje a Petrobras está desenvolvendo campanha de exploração na Bacia Pará-Maranhão, região na qual a OGX também possui blocos.
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