Raíza Carvalho
Da equipe de O Estado
O cantor e compositor Gilvan Mocidade escreveu o samba-enredo “Alcione: uma vida em melodia”, para o bloco tradicional Os Vigaristas em parceria com os músicos Gerude e Jaia Marcos. A canção é a segunda homenagem do compositor à Marrom. A primeira música chama-se “Alcione: a voz do samba”, samba-enredo da escola de samba Turma do Quinto, que competiu com a música em 2007. O compositor faz parte da banda de música da Polícia Militar, cujo maestro foi João Carlos Dias Nazareth, pai da cantora.
Gilvan costuma compor sambas-enredo para blocos e escolas de samba e já recebeu títulos pelo seu trabalho. O samba-enredo “O homem e o mar”, com o qual a escola de samba Favela do Samba venceu em 2008 é de sua autoria, assim como o samba “Uma luz francesa ilumina São Luís num sonho de carnaval”. Este último foi escrito para a Turma do Quinto e foi considerado o samba mais bonito do ano de 2009.
O cantor declara que sua admiração pelo trabalho de Alcione teve início com o pai da cantora, maestro João Carlos, antigo mestre da banda de música da PM. “Sou um grande fã, um estudioso de sua vida. Para mim, ela é o maior expoente da música maranhense”, declara.
Histórico – O trabalho de Gilvan Mocidade divide-se entre o São João e o Carnaval. O compositor criou dezenas de músicas para blocos tradicionais e escolas de samba, sempre bem recebidos. A Favela do Samba venceu o tetracampeonato em 2010 com o samba-enredo do cantor em homenagem a César Teixeira.
Outros trabalhos de destaque foram os sambas “Majestosa ilha de pérolas negras” e “50 anos de glória” escritos para os blocos Os Guardiões, em 2008 e Os Versáteis, em 2009, respectivamente. Gilvan Mocidade compôs sambas também para outros grupos, a exemplo de Os Feras, Fanáticos, Gladiadores e Mensageiros da Paz.
O cantor participou do Festival de Música Carnavalesca 2011 com a música “Ethanolmizando”. Gilvan Mocidade lançará seu primeiro CD “Eu sou do samba” ainda este ano. O álbum trará suas canções com um ritmo mais pop, utilizando instrumentos como guitarra havaiana e cítara indiana, com a percussão de Zé Roberto. “Normalmente, minhas canções são acompanhadas pelo contratempo e cabaças, instrumentos característicos dos blocos tradicionais. Já no CD, quero algo que as pessoas possam ouvir em casa mesmo ou no carro”, explica o cantor.
Composição
“Alcione: uma vida em melodia”
De Gilvan Mocidade
Nasceu na Ilha do amor
À Rua do Norte, o samba abençoou
Um choro se ouviu, um canto ecoou
À sombra de um lindo cajueiro
o Rio de Janeiro consagrou
Nazareth, que sufoco
Garoto maroto é tempo de guarnicê
Sou tradicional, não deixo o samba morrer
Não deixo o samba morrer
Não deixe o samba morrer
Hoje cantamos sua história
Seus sambas, sua vida, sua glória
ao som de um trompete de ouro
com a Esbandalhada eu vou
ao som do contratempo, ritinta, cabeça e agogô
(Refrão)
Os Vigaristas na avenida dão o tom
cantando Alcione
nossa eterna Marrom//
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