quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Carga recorde de ferro-gusa será embarcada em São Luís


O Complexo Portuário de São Luís (CPSL) vai realizar um embarque recorde mundial de carregamento de ferro-gusa na próxima semana. No dia 21 deste mês, chegará a São Luís o navio graneleiro MV Agility, que será carregado com 140 mil toneladas da commodity produzida pelas siderúrgicas maranhenses Viena, Gusa Nordeste, Margusa e Fergumar, além da paraense Sidepar.

É a primeira vez que empresas brasileiras contratam, para este tipo de operação, um navio da classe capesize, que tem o dobro da capacidade da classe panamax, utilizados geralmente nas exportações para os Estados Unidos. Neste sentido, as siderúrgicas do Sistema Norte realizam o maior embarque de ferro-gusa já registrado no mundo em um único navio dessa tonelagem.

"Esse é um marco importante para o setor, pois saímos de um patamar de embarque de 70 mil toneladas para o dobro disso, o que nos torna mais competitivos no mercado asiático de ferro-gusa, barateando consideravelmente nosso frete marítimo", acredita Rodrigo Valladares, diretor da Viena Siderúrgica, uma das empresas exportadoras.

A previsão é de que o navio chegue à Baía de São Marcos no fim da próxima semana, provavelmente no domingo (21), e atraque no berço 105 do Porto do Itaqui, que é arrendado à mineradora Vale e denominado de Píer II. Estima-se que a operação de embarque seja encerrada até o dia 27.

"Esse embarque vai baratear significativamente nossos custos de frete e isso se deve, em grande parte, ao apoio que estamos tendo da Vale, já que um navio dessas proporções só conseguiria atracar no píer da companhia", ressalta o presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro-Gusa do Estado do Maranhão (Sifema), Cláudio Azevedo.

Para Azevedo, o embarque recorde de ferro-gusa para o mercado asiático é mais um indicativo do esforço das empresas do Sistema Norte em se recuperarem de um intenso período de crise vivido desde 2008. "Acreditamos que, com utilização de navios capesize no transporte de ferro-gusa, as empresas voltam a disputar os mercados internacionais, especialmente o asiático, em condições de competitividade", diz Cláudio Azevedo.

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