quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maranhão deve colher 1,1 milhão de toneladas de soja


O Maranhão deverá colher 1,160 milhão de toneladas de soja este ano, 185 mil toneladas a mais do que foi produzido na safra passada (975 mil toneladas), segundo os resultados apresentados pelo Rally da Safra 2010, maior expedição privada do agronegócio brasileiro realizado pela Agroconsult, em evento na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

O aumento na produção, segundo os técnicos que visitaram regiões produtoras de soja na região de Balsas, é atribuído principalmente à elevação da produtividade das lavouras, que saltou de 42 sacas por hectare na safra anterior para 47 sacas por hectare na atual safra. Também há que se considerar o crescimento da área plantada de 387 mil para 413 mil toneladas.

“Não houve um processo de abertura de novas áreas tão intenso quanto o que ocorreu na Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, onde o preço da terra ainda é menor”, disse o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessoa.

A expedição do Rally da Safra esteve na região de Balsas dias 18 e 19 de março. Durante a visita, os produtores locais informaram aos técnicos da Agroconsult os preços da soja, a demanda da China e as implicações das intenções de plantio e produção da Argentina, Estados Unidos e demais mercados produtores.

Durante a apresentação dos números, na Fiesp, foi observado que pela primeira vez em sete edições do Rally da Safra se verificou uma produtividade de 85 a 90 sacas por hectare durante a expedição. O percentual de amostras de soja acima de 60 sacas por hectare chegou a 23,5%.

Com esse alto índice de produtividade, cuja média passou de 43,6 sacas por hectare na safra 2008/2009 para 48,8 sacas por hectare na safra 2009/2010, o Brasil ultrapassará, pela primeira vez, a marca histórica de 68 milhões de toneladas de soja. A área já plantada também foi recorde, chegando a 23.210 hectares.

Na avaliação da Agroconsult em relação à próxima safra, os produtores têm pela frente o desafio de se adequar a época de plantio e de reduzir as perdas na colheita, por conta de maquinário antigo e ineficiente. “No próximo rally pretendemos fazer uma amostragem de perdas na colheita, já que vimos máquinas com mais de 20 anos de uso que deixam de colher até 10% da safra. Com as máquinas novas, a perda não ultrapassa 0,5%”, observou André Pessoa.

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