quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Fly All Ways, do Suriname, com voos para países da América do Sul e Central, e a TAP Portugal solicitaram operação em São Luís


AEROPORTO DE SÃO LUÍS

Sem nova tecnologia de segurança

Sem receber a chegada de voos internacionais desde 2010, aeroporto não receberá nova tecnologia que reforçaria a segurança

Divulgação
Foto: Novo recurso traz agilidade e maior segurança na identificação de todos os viajantes
A Receita Federal lançou o sistema de biometria facial no inicio de agosto, como uma arma na fiscalização alfandegária que estará presente em 17 aeroportos internacionais do Brasil. Entretanto, o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado ficou de fora da lista dos 17 aeroportos que receberão o novo sistema, segundo a Assessoria da Receita Federal.
O projeto estava inicialmente previsto para a Copa do Mundo de 2014. Contudo, a biometria da face entrou em funcionamento apenas com a chegada das Olimpíadas 2016 do Rio de Janeiro. O novo recurso traz agilidade e maior segurança na identificação de todos os viajantes, brasileiros ou estrangeiros que ingressam no país. Uma das partes mais relevantes do sistema é a capacidade de reconhecer pessoas mesmo com algumas alterações na fisionomia, como barba ou corte de cabelo.
Mesmo com a internacionalização do aeroporto de São Luís, ocorrida em 2004, através do Ato Declaratório Nº 35 da Receita Federal do Brasil, o aeroporto não recebe a chegada de voos internacionais desde 2010. Mas empresas como a Fly All Ways, do Suriname, com seus principais voos para países da América do Sul e Central, e a TAP Portugal, estão em fase de estudo para abrirem guichês de suas companhias no aeroporto da capital.
O novo sistema facilita a vida dos passageiros e aperfeiçoa o trabalho do Fisco. Possuindo acesso ao banco de dados da Polícia Federal para entrar em funcionamento com perfeição, o reconhecimento facial brasileiro é um dos sistemas mais modernos do mundo.
O que é o sistema integrado
O reconhecimento facial é um dos módulos da Declaração Eletrônica de Bagagem do Viajante (e-DBV), implantado em todas as unidades aduaneiras do país (aeroportos internacionais, portos e fronteiras terrestres), integrado, também, ao Advanced Passanger Information (API), sistema internacional de controle de pessoas em trânsito aéreo internacional. O API possibilita, a partir do embarque no aeroporto de origem, a relação dos passageiros do voo, informações sobre bagagens e detalhes sobre a viagem (duração, trajeto, locais visitados, entre outros).
Com o novo recurso, passageiros serão liberados com mais agilidade na Receita, sem precisar apresentar o passaporte sempre que chegarem ao país. Quem não estiver no banco de dados do sistema, como estrangeiros, será cadastrado na hora pelo fiscal, alimentando diariamente o volume de informações disponíveis. Cada passageiro recebe uma pontuação, nacional e local. Quanto maior o número de pontos, mais chances ele terá de ser parado pela fiscalização alfandegaria.
Dados como quanto tempo o passageiro ficou em cada local, qual a periodicidade que vai a cada destino e a quantidade de malas na saída e na volta serão alguns itens avaliados. Se algum perfil suspeito aparecer, pontos serão dados para este passageiro no sistema, que, automaticamente, marca ele para a fiscalização.
Como funciona
• Câmeras
A Receita Federal utilizará sistema de fiscalização de passageiros por reconhecimento biométrico da face, através de duas câmaras fixas na fila da alfândega de todos os aeroportos internacionais do país.
• Dados
A Receita cruza as informações fornecidas pelo API (Advanced Passenger Information) – como roteiro da viagem, profissão e número de bagagens – com outras de sua base de dados para decidir, antes mesmo de o avião pousar no Brasil, quais passageiros deverão ser fiscalizados.
• Rosto
As câmeras vão reconhecer, por meio da leitura do rosto, quem deve ir para a fila vermelha (bens a declarar) e quem deve seguir direto pela fila verde (nada a declarar).
• Programa
O programa de reconhecimento facial foi desenvolvido pela empresa de tecnologia da informação NEC com a Polícia Federal. Além de ajudar na fiscalização aduaneira, também será usado para identificar suspeitos de lavagem de dinheiro e transporte de mercadoria ilegal.

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