Foto: Antônio Martins
Maranhão adere à luta em defesa da energia eólica no Nordeste
Divulgação/ Secom
SÃO LUÍS - O secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo
Guterres, é um dos articuladores da elaboração de um conjunto de reivindicações
da Região Nordeste em defesa da energia eólica a ser entregue, em março, para a
presidenta Dilma Rousseff, durante reunião da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Natal (RN). As primeiras articulações
foram realizadas, nesta quarta-feira (20), durante encontro, em Natal, entre
secretários de energia de estados do Nordeste e empresários do setor eólico.
Em Natal, esta semana, Ricardo Guterres se reuniu como o
secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho,
e o diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Pedro
Cavalcanti. Participaram, também, secretários de Energia do Ceará e do Piauí.
Ricardo Guterres informou que a principal reivindicação dos
Estados do Nordeste para a presidenta Dilma é que o governo federal instale
linhas de transmissão estruturantes para assegurar o escoamento das áreas
produtoras de energia eólica. Como vice-presidente regional do Fórum Nacional de
Secretários de Estado para Assuntos de Energia (FNSE), Guterres vai articular os
secretários para que as reivindicações sejam unificadas.
A proposta é que sejam criadas as condições para a montagem de
duas linhas. A primeira, de São Luís, onde está o Porto do Itaqui, até o
município de João Câmara, no Rio Grande do Norte, passando pela região produtora
de energia eólica dos municípios maranhenses de Paulino Neves e Tutoia, pelo
Piauí e Porto de Pecém, em Fortaleza. A segunda, de Sobradinho, na Bahia, até o
norte de Minas Gerais, passando pela Bahia.
Ricardo Guterres afirmou que o Maranhão está recebendo um dos
maiores investimentos em energia eólica do Brasil, na atualidade, com a
instalação, pela empresa Bioenergy, nos municípios de Paulino Neves e Tutoia, de
50 parques eólicos, cada um com 10 aerogeradores, com capacidade total para
produzir 1.500 MW de potência e investimentos que totalizam R$ 6 bilhões, até
2016.
“No Maranhão, a Bioenergy anunciou para a governadora Roseana
Sarney que já está construindo, por conta própria, 240 quilômetros de linha de
transmissão Região de Paulino Neves/Tutóia até a subestação de Miranda do Norte.
O ‘linhão’ de São Luís/João Câmara que estamos projetando em parceria com o
governo federal, vai consolidar os investimentos da Bioenergy, além de outros
que estamos atraindo para o Maranhão, nos próximos anos, com a criação do Mapa
Eólico”, afirmou Guterres.
O secretário afirmou que, energia eólica será um dos temas
centrais da reunião da Sudene, em março, com presença dos governadores. “Para o
Maranhão, como um estado que será grande produtor, o assunto é de grande
interesse”.
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