segunda-feira, 8 de abril de 2013

Antaq propõe saída de grãos pelo Itaqui e por Vila do Conde

Diretor-geral da Agência, Pedro Brito, em evento de transportes em São Paulo, afirmou que saída logística do país é pelo Norte.

BRASÍLIA - O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, defendeu a utilização dos portos de Vila do Conde, no Pará, e Itaqui, no Maranhão, para o escoamento da produção brasileira de grãos, durante a abertura da Intermodal South America 2013, realizada na semana passada, em São Paulo (SP).
"Temos de investir mais na intermodalidade, sobretudo em hidrovias e ferrovias, e os portos do Norte são, sem dúvida, uma boa opção para a exportação brasileira de grãos, dada à proximidade dos principais centros consumidores internacionais e a ligação com os modais ferroviário e aquaviário", ressaltou o diretor-geral da Antaq.
Pedro Brito lembrou que o investimento em logística fez de países como Holanda e Bélgica referências mundiais no transporte de cargas e, hoje, constituem o principal fator de desenvolvimento econômico dos dois países.
O diretor-geral também destacou a importância de um ambiente regulatório claro e seguro para atrair os investimentos privados. "O Porto de Roterdã já está planejando um novo porto para 2030. Eles podem planejar os investimentos para daqui a 20 anos, porque dispõem de um ambiente regulatório claro e duradouro, e nós vamos seguir o mesmo caminho com o novo marco regulatório dos portos, proposto na Medida Provisória 595", observou.
De acordo com Brito, a eficiência logística também requer menos burocracia. "A liberação de mercadorias nos portos brasileiros leva em média 5,7 dias, enquanto que nos portos europeus não ultrapassa um dia, e nos asiáticos, dois dias. Temos que reduzir esse prazo pelo menos à metade, se quisermos ser competitivos", ressaltou.
O diretor-geral da Antaq afirmou ainda que é indispensável investir em armazéns, para evitar perdas na produção de grãos do país. "Construir armazéns também é investir em logística", ressaltou, garantindo que nos Estados Unidos existem armazéns suficientes para estocar até dois anos de produção agrícola.

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A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que administra o Porto do Itaqui, durante a Intermodal, divulgou a informação de que planeja investir R$ 6,3 bilhões na expansão do porto nos próximos 20 anos, e ampliar a movimentação de carga em 10 vezes no período. A empresa estima investir R$ 1,4 bilhão até 2016, com estimativa de crescimento de 10% ao ano.

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