segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Público e artistas consagram o Maranhão Roots Reggae Festival

Última noite do evento, realizado pelo Sistema Mirante, na Passarela do Samba, teve como destaques as atrações jamaicanas Bob Andy e banda Culture.
 
Carla Melo
Da equipe de O Estado
 
A quarta edição do Maranhão Roots Reggae Festival foi encerrada na noite de domingo (11) com a presença de artistas e bandas nacionais e internacionais, que fizeram a alegria dos presentes. O evento, que começou na sexta-feira (9), foi realizado pelo Sistema Mirante em parceria com a Itamaraty Sonorizações.
Os shows mais aguardados da última noite foram os dos jamaicanos Bob Andy e banda Culture. Acompanhado pelos músicos comandados por Lloyd Parks, Bob Andy encantou a massa regueira, que cantou com ele algumas de suas músicas que são sucesso nas radiolas maranhenses. "Para mim, é uma honra estar aqui, cantar para o público do Maranhão", disse o veterano do reggae, que usou um intérprete durante o show para se comunicar melhor com a plateia.
A banda Culture é consagrada pelos fãs maranhenses do ritmo jamaicano. "Para mim, que vim os três dias, este show foi um dos melhores, mesmo não entendendo tudo o que o vocalista falou no palco. Eu me emocionei muito com a Culture", destacou a universitária Karina Cardoso.

Ausência - O cantor Toni Garrido, que faria uma participação no show da banda maranhense Raiz Tribal, não compareceu ao evento. "Recebemos uma comunicação dele alegando problemas empresariais e, por isso, não pôde vir", explicou o gerente de Novos Negócios do Sistema Mirante, Francisco Neto.
Mesmo com a ausência do convidado, a Raiz Tribal disse ao que veio. Tocando clássicos do reggae e músicas próprias, o grupo se disse honrado com o convite para cantar no festival. "É uma grande responsabilidade tocar aqui, pois sabemos como o público de São Luís é exigente", disse o vocalista Gil Enes, que é filho do guitarrista Neto Enes, da banda Tribo de Jah.
O paraense Jonas Moraes, que está de férias com a família em São Luís, decidiu ir ao festival apenas no último dia para assistir ao show da banda Rebel Lion, do Ceará. "Eles tocam um reggae de raiz mesmo, parecido com os que a gente ouve nas radiolas daqui de São Luís. Gosto bastante da banda e fiquei feliz por eles estarem na programação", disse.
O líder e tecladista da Rebel Lion, Gianni Zion, destacou a emoção de tocar em São Luís. "Se tocamos aqui e o público de São Luís nos aprova, estamos aprovados no resto do Brasil inteiro, porque sabemos que a plateia daqui é muito exigente e conhece roots reggae", observou.
O cantor Sly Fox e a banda Capital Roots encerraram a última noite do festival.
Antes das grandes atrações subirem ao palco, a Tenda Roots ditou o tom da festa. Comandado pelos DJs Waldiney e Marcos Vinicius, o espaço foi o escolhido pelo público para curtir as "pedras" do passado e dançar agarradinho.

Avaliação - De acordo com a organização do evento, cerca de 20 mil pessoas passaram pelo Anel Viário nos três dias de festival. "Esse festival foi muito positivo, sem violência, a estrutura agradou ao público e esse foi o nosso presente para os 400 anos de São Luís", disse Francisco Neto.
Para o DJ Waldiney, que integrou a equipe de organização do festival, o evento é referência não só no Maranhão, mas no Brasil. "Mesmo mantendo a característica de ser um evento voltado para o estilo roots, o festival reuniu outras vertentes do ritmo, como forma de agradar a todos os que gostam de reggae", opinou o DJ.
O empresário Pinto Itamaraty, da Itamaraty Sonorizações, destacou que o evento serviu para mostrar o reggae que é feito e praticado no Maranhão para o restante do Brasil. "Aqui reunimos o reggae do Maranhão, do Brasil e da Jamaica em um evento único no país inteiro. Para mim, o saldo foi muito positivo", observou.

Plateia vestiu as cores do reggae


A Passarela do Samba (Anel Viário) foi colorida com as cores da Jamaica na última noite do Maranhão Roots Reggae Festival. Usando boinas, camisetas, adereços de cabelo e até mesmo empunhando uma enorme bandeira da Jamaica, o público fez sua parte e contribuiu com a composição do cenário do evento.
Na barraca de souvenirs, a busca por penteados como tranças e dreads foi grande. "Gosto das cores e quero levar na cabeça uma recordação do festival", destacou a publicitária Rejane Figueirêdo, que fez trancinhas no cabelo. As camisas com a frase "Eu Fui" também foram bastante procuradas.
O clima jamaicano ficou completo com a presença de artistas que se apresentaram nas noites se sexta-feira e sábado e que no domingo circularam livremente entre os fãs. Foi o caso do cantor Cedric Myton, que andou pela pista, manteve contato com os admiradores, tirou fotos e conversou com os presentes.
Quem também acompanhou os últimos shows do festival foram os jamaicanos Ken Boothe e Marcia Griffiths, cujos shows aconteceram na sábado. "Esta é uma oportunidade imperdível para ver de perto estes monstros do reggae, que vieram de tão longe", exaltou o DJ Antonio Black.

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