Estande do Maranhão ficou entre os três melhores e mais criativos da Feira das Américas

Casarões são destacados em congresso

Estande retrata arquitetura maranhense na Feira das Américas e no Congresso Nacional de Agentes de Viagens, no Rio.

 

Soraya Saldanha
Enviada especial

Rio - Em uma viagem por uma arquitetura secular. Assim se sentia quem visitava o estande do Maranhão durante a Feira das América e o 40º Congresso Nacional de Agências de Viagens, realizados semana passada, no Rio Centro, no bairro Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

O grande destaque entre as autoridades na cerimônia de abertura foi a presença do ministro do Turismo, Gastão Vieira, que ressaltou a importância e o peso que a Feira das Américas representa para o setor turístico. Vieira aproveitou a oportunidade para divulgar alguns dados da quinta edição da pesquisa que estuda o comportamento dos turistas brasileiros entre 2007 e 2011.

O estande do Maranhão na Feira das Américas foi uma réplica de 150 m² de um dos casarões do maior conjunto arquitetônico da América Latina, existente na cidade de São Luís, Patrimônio Cultural da Humanidade, título outorgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

A réplica do casarão colonial abrigou e apresentou traços da azulejaria, fachada, telhado, além de pedras de paralelepípedos e lampiões, espalhados ao longo de todo o estande. O ambiente também apresentou aos visitantes da feira um pouco da culinária maranhense, com degustações de comidas típicas e do tradicional Guaraná Jesus, além de um espaço voltado exclusivamente para treinamento de agentes de viagens.

O estande do Maranhão, que concorria com outras 350 estruturas, foi classificado pela comissão julgadora como criativo, por ser uma réplica funcional, pela fácil movimentação, tanto internamente quanto externamente, e produtivo, porque ofereceu espaços para promoção institucional e para venda de serviços e atrativos, além de ambiente para realização de cursos de capacitação.

Para o secretário de Estado de Turismo, Jura Filho, o importante foi o reconhecimento do esforço de toda uma equipe que trabalha o ano inteiro para apresentar o Maranhão da melhor forma. “Ficamos felizes porque realmente o Maranhão chama atenção por sua arquitetura e acervo. Soubemos retratar bem uma de nossas riquezas e o resultado foi bastante positivo”, declarou.

O estande do Maranhão ficou entre os três melhores e mais criativos da Feira das Américas. O prêmio, que foi concedido no segundo dia do evento (25), pelo presidente da Revista Brasil Travel News, Paulo Roberto Miranda, vem sendo realizado desde 1989 e avalia o caráter criativo e funcional dos estandes montados durante a feira.

O Congresso Nacional da ABAV, em sua 40º edição, contou com a participação de mais de 26 mil pessoas, entre agentes de viagens, operadores, expositores, jornalistas e visitantes, além da presença de mais de 50 países. Todos puderam apresentar e negociar seus destinos já para a alta estação, que se inicia com as festividades de fim de ano.

Números - De acordo com o estudo, que entrevistou 39 mil famílias, a quantidade de pessoas que realiza viagens dentro do país cresceu 18,5%, o que representa um acréscimo de 9,2 milhões de viajantes. Ano passado, quase metade da população brasileira, 48,5%, viajou pelo menos uma vez. Dos entrevistados, 44% optaram por percorrer o território nacional.

Novos Roteiros - No estande do Maranhão, as visitas e presenças puderam atender uma grande demanda de oportunidades para o estado. O secretário de Turismo, Jura Filho, recebeu o diretor Comercial da Cia. Azul, Antonio Américo, no primeiro dia da feira, onde foram discutidas novas rotas turísticas para o desenvolvimento cada vez maior do turismo no Estado.

Jura Filho falou da necessidade crescente do sul do Maranhão em receber voos diários que atendam a demanda reprimida no fluxo de negócios e turismo da região. “Por ano, o polo Chapada das Mesas recebe pelo menos 650 mil pessoas. Em 2011, 48% desse total que visitou a região foi por motivo de negócios e outros 35% lazer e visita a parentes, um número que representa a necessidade da região”, pontuou.