sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Flanelinhas serão fiscalizados em eventos dos 400 anos

Intenção é evitar que guardadores de carros demarquem espaços e cobrem preços abusivos por estacionamento.

Leandro Santos
Da equipe de O Estado

A Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), ligada à Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), está intensificando as ações de fiscalização aos guardadores e limpadores de carros de São Luís, os chamados flanelinhas, que estiverem atuando de forma irregular nos locais onde estiverem sendo realizadas as festividades em comemoração aos 400 anos de São Luís. O objetivo da atividade policial é coibir o abuso dessas pessoas durante os eventos.
De acordo com o titular da SPCC, delegado Sebastião Uchôa, as incursões foram intensificadas desde o início desta semana e continuarão assim até o fim das festas em alusão ao quarto centenário da capital maranhense. As ações da superintendência serão desenvolvidas principalmente na Praça Maria Aragão, no Centro, e na Lagoa da Jansen, locais onde estarão as maiores concentrações de público, por causa do aniversário da cidade.

Foco - Uchôa explicou que o principal alvo dos policiais durante as operações serão os flanelinhas que estiverem cobrando preços abusivos aos motoristas, para que possam estacionar os veículos, e aqueles que demarcarem locais no chão, reservando-os para alguns condutores, caracterizando a privatização de um espaço público.
"Nós não vamos admitir que eles demarquem espaços públicos e cobrem R$ 10,00 ou
R$ 15,00 para que um motorista estacione seu veículo. São pessoas que vivem na ilegalidade e que não se enquadraram nos cursos de capacitação", disse o titular da SPCC, frisando que a pessoa que for pega em flagrante nessas condições será imediatamente autuada pelo crime de extorsão. "Faremos um Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO]. Vamos autuar estas pessoas pelo crime de extorsão e encaminhá-las para o presídio", frisou Uchôa.
As operações da SPCC serão feitas com viaturas descaracterizadas e policiais à paisana, que farão abordagens sistêmicas para coibir a prática ilegal dos flanelinhas. "Além disso, nós também vamos reforçar os plantões de polícia, que estamos concentrando em dois eixos: na Praça Maria Aragão e na Lagoa da Jansen, com delegados e policiais, para fazer a repressão desses maus guardadores autônomos que estão exercendo de forma ilegal a profissão", disse o delegado.

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Os flanelinhas que foram pegos atuando de forma irregular serão presos e enquadrados no crime de extorsão, conforme prevê o artigo 158, do Código Penal Brasileiro. O artigo diz que constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, caracteriza um crime de extorsão. A pena para este delito é a prisão, de quatro a 10 anos, e o pagamento de multa. Existem outros agravantes que podem aumentar o tempo de prisão e o valor da multa.

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