Ponta da Madeira é o segundo maior terminal de uso privativo
(TUP) do país, considerando a movimentação de carga de janeiro deste ano. A
estatística é da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de acordo
com o levantamento de dados de 88 TUP, dados consolidados até ontem no sistema
on-line da agência. Encabeça a lista o terminal Almirante Maximiano da Fonseca,
do Rio de Janeiro, que registrou 8.493.984 t no período, enquanto o terminal
maranhense chegou a 8.087.446 toneladas (t) de carga no intervalo de referência.
O Terminal da Alumar, em São Luís, ficou em nono lugar no ranking, com 2.024.066
t.
No ano passado, o TUP que apresentou o maior volume de carga foi
Tubarão (Vale), no Espírito Santo, com 107 milhões/t, seguido por Ponta da
Madeira, com 96 milhões/t. O terminal fluminense Almirante Maximiano da Fonseca
é especializado na movimentação de derivados de petróleo e, em 2011, movimentou
39 milhões/t e ficou em quarto do ranking.
Neste ano, Ponta da Madeira movimentou 14.483.420 t,
considerando os resultados de janeiro e de fevereiro, nos três atracadouros do
terminal (Píer I, Píer III/Sul e Píer III/Norte). No Píer II, localizado no cais
do Porto do Itaqui, que o denomina berço 105, arrendado à mineradora, o volume
de carga no bimestre chegou a 362.138 t. O atracadouro é utilizado para
operações de carga de ferro-gusa e grãos agrícolas e os outros três berços
minério de ferro (13, 4 milhões/t), minério de manganês (153 mil/t) e pelota
(905,3 mil/t).
Cenário - Ainda em relação às estatísticas nacionais deste ano,
segundo a Antaq, 13 TUP registraram movimentação de carga acima de um milhão de
toneladas. Além de Almirante Maximiano da Fonseca e Ponta da Madeira, Tubarão
(ES), utilizado pela Vale para escoamento de minério de ferro, figura em
terceiro no ranking, com 6,1 milhões/t. Em seguida, vem o terminal da empresa
Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), no Rio de Janeiro, com 5,4 milhões/t de
produtos, principalmente minério de ferro.
O quinto colocado no ranking é o TUP Ponta de Ubu, no Espírito
Santo, que registrou 3,3 milhões/t movimentadas em janeiro deste ano. O terminal
está localizado no município de Anchieta e é operado pela Samarco Mineração para
movimentação, principalmente, de pelotas de minério de ferro em seus dois berços
de atracação, embora estejam previstas operações com outras cargas, de acordo
com dados da Secretaria de Fazenda do Espírito Santo.
Em sétimo no ranking ficou o terminal Madre de Deus (Temadre),
na Bahia, com 3.007.105 t de carga movimentada no período de referência. O
Temadre destina-se ao recebimento de petróleo e ao embarque de derivados de
petróleo processados pela Refinaria Landulfo Alves (Petrobras). Está localizado
na Ponta Mirim, ao sul da ilha de Madre de Deus.
Na sequência, vêm o TUP Porto de Trombetas, no Pará, com 2,3
milhões/t. Trata-se de um terminal operado pela Mineração Rio Norte para
movimentação de bauxita (minério utilizado na produção de alumínio), localizado
na margem direita do rio Trombetas, afluente da margem esquerda do Rio
Amazonas.
O décimo lugar no ranking dos terminais privativos é o Portocel,
do Espírito Santo, com 1,5 milhão/t de carga movimentada no período de
referência. O terminal, tido como o único do país especializado no embarque de
celulose, é de propriedade conjunta das empresas Fibria (51%) e da Cenibra
(49%), consideradas duas das maiores empresas do ramo no Brasil.
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