Atualmente, a demanda chega a 2,5 milhões de metros
cúbicos.
Hoje, a capacidade instalada do setor industrial maranhense
demanda um consumo de 2 milhões a 2,5 milhões de metros cúbicos (m³) de gás
natural, volume que deve dobrar com os novos empreendimentos em instalação no
estado, como a refinaria da Petrobras em Bacabeira, a aciaria em Açailândia,
planta de celulose em Imperatriz, entre outros projetos.
Essa necessidade deve ser atendida pela produção de gás da OGX
Maranhão na Bacia do Parnaíba, em especial, e das empresas Engepet/Perícia e
Panergy, na Bacia de Barreirinhas, ambas terrestres. Com esse levantamento da
atual e futura demanda por este insumo, a Empresa Maranhense de Gás (Gasmar) já
está negociando o suprimento de gás com esses dois fornecedores para que o
mercado local seja atendido.
No caso da OGX, o gás a ser produzido nos campos de Capinzal do
Norte e Santo Antonio dos Lopes, poderia, além da usina térmica da MPX, atender
inicialmente a indústria. "Em outro momento, atenderia os segmentos comercial e
residencial", disse o presidente da Gasmar, Matias Couto Frota.
Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio, Maurício Macedo, no caso específico da OGX Maranhão, o Governo do
Estado, por meio da Gasmar, firmou um protocolo de intenções ano passado, com a
finalidade de garantir que o gás a ser produzido na Bacia do Parnaíba seja
utilizado não somente para a geração de energia da usina térmica da MPX.
"Queremos que o gás atenda também os mercados industrial [cerâmica, metalurgia,
siderurgia e outros] automotivo, residencial e comercial", declarou o
secretário.
Em relação ao gás a ser produzido na Bacia de Barreirinhas, nos
campos de Oeste de Canoas e de Espigão, pelas empresas Engepet/Perícia e
Panergy, respectivamente, o presidente da Gasmar, Matias Frota, informou que
deve atender inicialmente ao setor automotivo, com a oferta de Gás Natural
Veicular (GNV) e talvez o setor comercial. A OGX Maranhão prevê para o início do
segundo semestre deste ano a produção de gás nos campos de Gavião Real (Santo
Antonio dos Lopes) e Gavião Azul (Capinzal do Norte), que têm capacidade
estimada de aproximadamente 6 milhões de m3/dia a partir de 2013.
Este ano, a empresa tem como meta perfurar mais seis novos poços
na região e outros oito em 2013. Já as empresas Engepet/Perícia e Panergy
estimam para julho deste ano o início da perfuração dos poços e produção de gás
natural na Bacia de Barreirinhas. Os dois campos juntos têm reserva estimada de
350 milhões de m³ de gás. O investimento é de R$ 25 milhões na perfuração de
oito poços nos dois campos, dos quais em quatro já está confirmada a presença de
gás natural.
Gasoduto de 250 km será construído pela TMN
A partir do momento em que for fechado o contrato de
fornecimento e de venda do gás para o mercado local, a Transportadora Meio-Norte
TMN deve buscar recursos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ou na
iniciativa privada para a construção do gasoduto de 250 km, de Capinzal até São
Luís.
Dos pontos de vista legal e ambiental, o projeto está bem
adiantado, pois a TMN está balizada no licenciamento ambiental concedido para a
construção do gasoduto Meio-Norte, de 948 km de extensão, que sairia de Pecém
(CE) até São Luís (MA), e cujo traçado dentro do estado passa próximo à região
onde a OGX Maranhão produzirá gás.
Está prevista numa segunda etapa de distribuição do gás natural
pela Gasmar, a construção de ramais de gasoduto até Imperatriz e Açailândia,
para atender a demanda dos empreendimentos industriais dessas duas regiões.
Já o gás a ser produzido pela Engepet/Perícia no campo de Oeste
de Canoas, na Bacia de Barreirinhas, deve ser transportado para São Luís por
caminhões, para o atendimento do mercado automotivo. No caso, do campo de
Espigão, onde o acesso é mais difícil, a Panergy deve construir um gasoduto de
25 km até a BR-402 e a partir dai escoar o gás por rodovia, via
carretas.
Um comentário:
Parabéns pelo blog, ótimo trabalho e muito bem estruturado. Att www.Empilhashop.com.br (empilhadeiras usadas)
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