A portaria que regulamentará o serviço de transporte de
passageiros e veículos nos ferry-boats que fazem a travessia da Baía de São
Marcos, de São Luís até Alcântara (via de acesso à Baixada Maranhense), não foi
assinada ontem, conforme era esperado por empresários do setor e a Capitania dos
Portos do Maranhão (CPMA). O documento está em trâmite na Secretaria de
Infraestrutura (Sinfra) e, antes de ser divulgado, deve ser publicado no Diário
Oficial do Estado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Cerca de 1,8 milhão de
pessoas utilizaram o serviço de ferry-boat no ano passado.
Segundo fontes da Sinfra, a portaria já foi elaborada e está
pronta para publicação do Diário Oficial. No documento, consta um prazo de 90
dias para as empresas interessadas na prestação do serviço se cadastrarem para
que seja expedida uma licença provisória até que seja realizada uma concorrência
pública para a concessão definitiva, ou com um prazo determinado de exploração
do serviço.
Ainda de acordo com informações da Sinfra, representantes das
duas empresas (armadoras) que hoje atuam no transporte via ferry-boat, a
Internacional Marítima e a Serviporto, mesmo não tendo sido divulgada a
portaria, já procuraram a Secretaria para obter informações a respeito do
cadastro. Outras armadoras interessadas no setor também devem participar do
processo.
Processo - A regularização do serviço de transporte de
passageiros e veículos em ferry-boats, conforme já adiantou O Estado, terá a
participação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Maranhão (ARSEP), com
atributos de fiscalizar normas técnicas e de segurança que serão estabelecidas
para o setor, bem como uma eventual revisão tarifária.
As discussões sobre o transporte via ferry-boat têm se acentuado
desde o início deste ano, por esforço de diversas entidades ligadas ao setor,
como a CPMA e a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora
dos terminais de passageiros de Ponta da Espera (em São Luís) e Cujupe (em
Alcântara). As empresas armadoras, o Ministério Público e representantes da Casa
Civil e da Sinfra participaram dos debates, com o objetivo de reunir propostas
de normas técnicas para as embarcações, segurança e conforto dos passageiros,
além de meios de acessibilidade para deficientes físicos, bem como coordenar o
embarque e desembarque de veículos.
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