MARANHÃO DO SUL: Deputado Francisco Escórcio diz que novo estado não sai do papel e culpa STF

Supremo decidiu que plebiscito vai acontecer de maneira diferente, diz parlementar

Foto: Assessoria do Deputado

O deputado federal Francisco Escórcio (PMDB) [foto} disse à Rádio CIDADE FM, de Carolina, no sul do Maranhão, na quinta-feira, 20, que se a legislação brasileira não for alterada ele tem certeza que o Maranhão do Sul não será criado. Um discurso extremamente diferente dos rotineiramente utilizados (leia-se “aplicados”) em vésperas de eleições estaduais, quando a bandeira imaginária do Maranhão do Sul é erguida e levada aos palanques de várias cidades da região sul do estado.
“Eu era muito otimista com a criação do Maranhão do Sul”, disse, completando que o Supremo Tribunal Federal tem legislado, cumprindo o papel que é do Congresso Nacional, e que em suas decisões sobre divisão territorial determinou alterações na maneira como a questão vinha sendo tratada.
O deputado lembrou alguns casos nos quais o STF usou de seu poder para tomar decisões que são prerrogativas de deputados e senadores. “O caso da Raposa Terra do Sol e o caso dos suplentes – quem assume é o suplente do partido é o suplente da coligação?”, citou Escórcio, que assumiu a vaga do deputado federal Pedro Fernandes (PTB).
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“O Supremo agora decidiu que o plebiscito vai acontecer de maneira diferente daquilo que foi pensado”, afirmou. Segundo ele, a partir de agora todo o estado tem que ser ouvido sobre o interesse na divisão territorial.
Escórcio garantiu que a população do norte do estado, que segundo ele representa dois terço dos habitantes do Maranhão, não quer a criação do Maranhão do Sul, onde vive apenas um terço dos maranhenses. “Eu conheço o entendimento do norte do Maranhão, que é um sentimento que eles não querem soltar a parte do Maranhão do Sul”, disse. O deputado lembrou que situação semelhante não ocorreu na criação do Mato Grosso do Sul nem do Tocantins. “Os outros estados foram criados na promulgação de uma constituição”, afirmou.
“Como nós vamos criar um novo estado numa parte menor quando a parte maior não quer?”, questionou. “Pode ficar na certeza de que se não mudar a legislação não vai haver mais criação de estado no nosso Brasil”, finalizou.
Espera-se que o parlamentar mantenha seu discurso, pelo menos, até às vésperas das próximas eleições estaduais, quando o sentimento de divisão do estado, sonhado pela gente do sul do Maranhão, volta a ser manipulado por charlatões que se agarram nesse sonho do povo para realizar sonhos pessoais.