quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cadeia da Meliponicultura e Apicultura em discussão



Santa Luzia do Paruá – O 8º Encontro de Apicultura e Meliponicultura será realizado nos dias 11 e 12 deste mês, na Escola Cleobeto de Oliveira Mesquita, em Santa Luzia do Paruá, a 400 km de São Luís.
O evento acontecerá paralelamente à Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária e deverá receber um público de até 200 pessoas, a maioria apicultores da região. A iniciativa é uma parceria entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Prefeitura de Santa Luzia do Paruá e entidades apícolas da Região do Alto Turi.
Entre os destaques do encontro temas abordando oportunidades de negócios e formas de acesso ao mercado, produção e certificação de mel orgânico, além de outros.
Safra - A safra de mel, na Região do Turi-Gurupi, acontece em dois períodos. Desde julho, até a primeira quinzena deste mês, os apicultores trabalham na safra, que este ano deve render 1,3 mil toneladas. A safrinha deve acontecer de fevereiro a março do próximo ano.
A região é ocupada por diversos apiários, explorados por cerca de 400 produtores entre apicultores fixos e migratórios.
Destes, cerca de 210 são atendidos pelo projeto APL Apicultura, desenvolvido pelo Sebrae local nos municípios de Nova Olinda, Santa Luzia do Paruá, Presidente Médici, Maranhãozinho, Governador Nunes Freire, Maracaçumé, Junco do Maranhão, Amapá do Maranhão, Boa vista do Gurupi e Centro novo do Maranhão.
Segundo o gestor do projeto, Adalberto Fraga, o objetivo é desenvolver a cadeia produtiva da apicultura, gerando uma produção limpa, justa e solidária, para o aumento da participação no mercado regional e nacional, além da sustentabilidade da atividade na região.
Fraga disse que, desde o início do projeto, em 2009, foi criado um comitê gestor que elege as demandas prioritárias do grupo, avalia e monitora o desempenho das ações.
O comitê é formado por entidades apícolas, instituições financeiras e de crédito, prefeituras, universidades federal e estadual, Sebrae, entre outras.
“Já existem 10 entidades apícolas na região, que estão recebendo capacitação em gestão da cultura da cooperação, consultoria tecnológica para manejo apícola, além de participar de missões técnicas e caravanas a eventos específicos do setor. Também estamos apoiando as entidades na realização de um georeferenciamento apícola”, ressaltou o gestor.
Resultados - Os resultados têm sido animadores. Os apicultores atendidos pelo projeto aumentaram a produtividade e conseguiram dobrar a renda advinda da atividade.
“Quase toda a produção de mel na região é adquirida por empresas exportadoras de várias regiões do país, como Santa Catarina, Bahia, Piauí e Ceará. O mel maranhense é vendido in natura e a granel, o que indica que podemos melhorar ainda mais esse cenário, se instalarmos na região uma estrutura que permita o beneficiamento no Estado. Hoje, em todo o Maranhão, não temos nenhuma unidade de beneficiamento com selo de inspeção municipal, estadual ou federal”, informou Fraga.

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