sábado, 12 de novembro de 2011

Alcione contou no programa do Jô sobre suas peripécias e sobre o show de hoje à noite na Casa de Show Batuque Brasil



Histórias da Marrom I


Em entrevista exclusiva para o Repórter Mirante, na manhã de ontem, na TV Mirante, a cantora Alcione afirmou que não se cansa de retornar à sua terra e é uma apaixonada pelos blocos de rua do Carnaval de São Luís. A paixão é tamanha que ela pretende reeditar blocos como a charanga Esbandalhada, da qual foi idealizadora e organizadora. A Marrom, que hoje faz show para um grande público na casa de eventos Batuque Brasil (na plateia estarão também inúmeros amigos da artista), aproveitou para recordar o início de sua carreira no Rio de Janeiro, quando passava as madrugadas cantando ao lado de artistas hoje também consagrados, como Lecy Brandão, Djavan e Emílio Santiago.

Histórias da Marrom II


São histórias que ela faz questão de recordar, como no dia em que, ao lado do roqueiro Serguei Bustamante, encontrou a cantora americana Janes Joplin andando no calçadão de Copacabana, nos idos de 1970. Joplin é um dos ícones da contracultura hippie da década de 1960. A maranhense contabiliza 40 anos de história, mas o que muita gente não sabe é que ela começou aos 12 de idade, atrás dos palcos, até ser definitivamente chamada para cantar pelo próprio pai, que era músico. Sua voz firme e inconfundível já encantou plateias de mais de 28 países, entre eles Rússia e França.

Histórias da Marrom III


Alcione, que está em turnê pelo Brasil e na última quinta-feira bateu um papo agradável com Jô Soares, seguirá para Santa Catarina depois de se apresentar em São Luís. Ela divulga seus novos álbuns e já passou por várias capitais, entre elas São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Natal


Show para comemorar uma carreira de 40 anos

Uma da divas da música no país, a cantora maranhense Alcione, que está em turnê pelo Brasil, se apresenta hoje à noite, às 22h, na Batuque Brasil


Uma das vozes mais vibrantes do Brasil tem ecoado em turnê para comemorar 40 anos de sucesso. A maranhense Alcione, uma das cantoras mais respeitadas da Música Popular Brasileira, retorna hoje à terra onde nasceu para um show especial na casa de eventos Batuque Brasil (Cohama). A turnê, intitulada Duas Faces, teve início no dia 15 de outubro, na Vivo Rio, no Rio de Janeiro, e já percorreu várias cidades, entre elas Salvador, Mossoró, Natal, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife. De São Luís, Alcione seguirá para Santa Catarina. A turnê continua até o fim deste ano.
O novo trabalho da Marrom é fruto do projeto registrado por ela em dois CDs/DVDs que acabou de gravar e que estão sendo divulgados durante a turnê. O espetáculo é baseado nos repertórios dos DVDs Duas Faces - Jam Session e Duas Faces Ao Vivo, gravado na Mangueira, e inclui ainda alguns dos seus principais sucessos. Os registros ainda têm canções que a artista interpretava em shows, mas que jamais havia gravado, além de nacionais e internacionais que adorava cantarolar.
Entre as canções pinçadas para o roteiro musical do espetáculo Duas Faces, Poder da Criação (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro), Capim (Djavan), 40 Anos, Entidade e Brasil, de Oliveira da Silva do Samba (Altay Veloso/Paulo César Feital), Jamaica a São Luís (Gerude/Ciba Carvalho), Meu Ébano (Nenéo/Paulinho Rezende) e Nem Morta (Michael Sullivan/Paulo Massadas).
Além dessas, Passional (Fátima Guedes), Cajueiro Velho (do pai, João Carlos), Tem dendê/Figa de guiné (Reginaldo Bessa/Nei Lopes) e as inéditas Não me entrego a mais ninguém (Jefferson Jr/Humberto Tavares), Mulher-Bombeiro (Nei Lopes) e Beco sem Saída (Telma Tavares/ Roque Ferreira). Duas Faces, a canção de Altay Veloso que titula o projeto, também é um dos destaques do eclético repertório elaborado especialmente para a comemoração.
Banda – Alcione estará acompanhada pela fiel Banda do Sol, parceira de suas andanças pelo Brasil e exterior. A direção musical do espetáculo é assinada pelo pianista Alexandre Menezes, líder de sua banda e produtor do projeto Duas Faces. Aliás, o DVD também sairá em versão blu-ray, mas somente no início do próximo ano.
Duas Faces resultou de uma parceria entre a gravadora Biscoito Fino com o Selo Marrom Music. E é o primeiro produto do selo fonográfico da artista que, há quatro décadas, emociona os brasileiros com sua personalidade ímpar e vozeirão inigualável.
Dona de uma voz inconfundível, Alcione Dias Nazareth, nasceu no Maranhão em 21 de novembro de 1947, mas tornou-se cidadã do Brasil graças ao seu talento para cantar. Ela assina um currículo invejável, que inclui shows nas melhores casas de eventos do Brasil e do exterior, nos mais de 28 países onde já esteve, inclusive na Rússia e na França. Em todos os lugares por onde passa, Alcione não deixa de falar do Maranhão. “Faço inclusive pratos da culinária maranhense para os meus amigos e também no exterior. As pessoas gostam de me ouvir falar sobre as histórias do Maranhão”, diz a cantora.
A Marrom conta que, ao olhar para trás, recorda os momentos difíceis que passou na carreira até o sucesso absoluto. “Lembro que no início as coisas foram difícieis. Não esqueço dos tempos da noite carioca, eu, Emílio Santiago, Leci Brandão, Djvan andando pelas ruas do Rio até altas horas da madrugada”, recorda.

Uma carreira reconhecida e marcada por premiações


Ao longo de sua carreira, Alcione foi premiada com discos de ouro e de platina e reúne mais de 350 troféus, além de títulos e honrarias que poucos artistas conseguiram obter, como a Ordem do Rio Branco, Medalha Pedro Ernesto, Medalha do Mérito Timbira, entre outras condecorações.
Alcione Dias Nazareth é a quarta filha de uma família de nove irmãos: Wilson, João Carlos, Ubiratan, Alcione, Ribamar, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange. Desde pequena, graças ao pai policial e integrante da banda de sua corporação,ela foi inserida no meio musical maranhense e fez sua primeira apresentação aos 12 anos.
O pai, João Carlos Dias Nazareth, foi mestre da banda da Polícia Militar de São Luís e professor de música. Além disso, foi compositor e eterno apaixonado pelo bumba meu boi. Foi ele quem lhe ensinou ela a tocar diversos instrumentos de sopro, como o clarinete. A mãe, Felipa Teles Rodrigues, guardava o desejo de que a filha aprendesse a tocar acordeão ou piano.
Marrom, como ficou conhecida nacionalmente, formou-se professora primária na Escola de Curso Normal e lecionou por dois anos, mas dedicando-se também à música. A primeira aparição na TV foi nos anos de 1965 e 1966. A artista mudou-se para o Rio de Janeiro em 1976, para trabalhar na TV Excelsior. Começou cantando na noite, levada pelo cantor Everardo. Ensaiava no Little Club, boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico do nascimento da bossa nova, em Copacabana.
A partir daí, sua vida mudaria e tomaria um rumo totalmente voltado para a música. O sucesso foi inevitável. No show de hoje, Alcione receberá na plateia seus incontáveis amigos maranhenses, além da numerosa família. Ela conta que não se cansa de retornar ao Maranhão e diz que o que gosta mesmo em sua terra é de curtir o carnaval, mas nos blocos de rua, se lambuzando de maisena. E não esconde o xodó pelos blocos que comandou, Esbandalhada e Fuleragem, os quais quer reeditar em homenagem aos 400 anos de São Luís. “Em 2012, estou dividida: tem o Maranhão, a Mangueira e a Beija Flor, que vai nos homenagear. Mas sou forte, vou em tudo que vier pela frente”, afirma.

Serviço


• O quê
Show Duas Faces, da cantora Alcione
• Quando
Hoje, às 22h
• Onde
Batuque Brasil
Ingressos: R$ 30,00 (pista) e R$ 60,00 (Terraço Vip)

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