quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Maranhão cresce no mesmo patamar da China


Boas revelações do Imesc


A revelação de que o Maranhão pode fechar o ano com um crescimento econômico no patamar de 7% é um dado que reforça a luta do estado para se firmar como um importante empório de desenvolvimento na região. E a se confirmar essa previsão, o Maranhão terá crescimento econômico maior que a média nacional (4,5%) e estará no mesmo patamar da China, por exemplo, que tem a economia mais dinâmica da atualidade. A previsão de crescimento econômico do estado foi a principal informação entre as que constam do Boletim de Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão, pertencente ao Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), apresentadas ontem pelo economista Felipe de Holanda. Nesse contexto, o Governo do Estado vai invertendo fortemente a tendência de pagar mais do que investir. Nos últimos tempos, segundo o Imesc, o governo estadual está pagando menos dívidas e investindo mais em áreas essenciais, como educação, saúde e infraestrutura. Outro dado surpreendente revelado no Boletim do Imesc é o seguinte: o programa Bolsa Família já ultrapassou o patamar de 2,5% do PIB do Maranhão. Essa nova realidade econômica e social que o estado está construindo tem produzido mudanças em alguns aspectos importantes. Um deles diz respeito às transferências federais, em espacial o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A pesquisa do Imesc mostra que em muitos municípios o Fundeb é hoje mais importante que o FPM. É isso aí.


PIB maranhense deverá ter crescimento de 7% este ano



O Produto Interno Bruto (PIB) do estado deve ter crescimento real de 7% este ano, tendo como segmento mais dinâmico da economia a construção civil. É o que prevê o Boletim de Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão, referente ao primeiro semestre, lançado ontem pelo Instituto Maranhenses de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), na Sala de Reunião do Palácio Henrique de La Rocque.
Essa curva de crescimento deve continuar em 2012, em patamar menor, de 6,5%, como efeito da crise financeira mundial.
Além da construção civil, que após passar por um momento de redução na atividade no primeiro semestre em função do grande volume de chuvas e da desmobilização de grandes obras como a Hidrelétrica de Estreito e entrega de conjuntos residenciais, voltou a criar mais empregos neste segundo semestre. Os segmentos de comércio também deve se destacar este ano.
O bom desempenho do comércio se deve aos bons indicadores do mercado de trabalho, com crescimento da massa salarial, e da ampliação das transferências federais constitucionais e voluntárias. Também contribuem para o aquecimento do setor os investimentos em andamento no estado.
De acordo com o boletim, os segmentos de comércio e serviços deverão ser impulsionados até o fim do ano.
Segundo o coordenador do Boletim de Indicadores Econômicos, economista Felipe de Holanda, apesar da instabilidade externa, o Maranhão vive um momento diferenciado com investimentos que totalizam R$ 107 bilhões em andamento e anunciados para o período 2011/2016.
“Nós estamos em um ano cujo nível de atividades e de empregos continua avançando. Os novos e diversificados investimentos estão marcando presença no estado, com grandes obras começando a deslanchar, como é o caso da Refinaria Premium. Na agricultura, temos um aumento da área plantada e da produtividade”, constatou Holanda.
Já com relação ao crédito, embora em crescimento, há preocupação com o nível de endividamento do consumidor, que em São Luís saltou de 53% em julho de 2010 para 74% em julho de 2011. “O cartão de crédito é responsável 65% da modalidade de endividamento”, atestou Felipe de Holanda.

Números


6,5% É a perspectiva de elevação do PIB maranhense de para o próximo ano
54,2% Foi a expansão do volume de financiamentos para a aquisição de imóveis de janeiro a maio no estado

Cenário externo de crise financeira é preocupante, diz Felipe de Holanda


Embora o estado viva momento positivo, as exportações podem ser bastante afetadas
Apesar de todo o cenário positivo para a economia maranhense, Felipe de Holanda observa ser necessário acompanhar a crise financeira internacional, que retomou seu status de instabilidade a partir deste segundo semestre. Essa nova conjuntura, segundo o economista, pode ter efeitos no estado, principalmente em relação ao comércio exterior do Maranhão.
“O cenário internacional mudou, a crise econômica aparece novamente, não tão devastadora quanto em 2008, mas isto influencia na cotação de importantes commodities maranhenses, como alumínio, minério de ferro e soja, produtos que concentram 97% da pauta exportadora do estado”, alertou o economista. Essas commodities já registram cotação 20% abaixo este ano.
Setor agrícola - Essa situação de instabilidade se instala num momento em que o setor agrícola maranhense vinha apresentando crescimento na área plantada e em produtividade em praticamente todas as culturas, com produção recorde.
Nessa situação de pressão para baixo no valor da cotação das commodities, o déficit da balança comercial maranhense, que já é elevado –chega a US$ 1,9 bilhão este ano -, tende a se elevar se o cenário externo persistir.
“Essa concentração da pauta de exportações dá origem a uma elevada vulnerabilidade da economia maranhense em relação ao ciclo internacional”, constatou o economista Felipe de Holanda.
O secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Fábio Gondim, lembrou que esse cenário de preocupação é nacional, pois a crise que nasceu do endividamento dos países europeus e das questões políticas norte-americana, têm repercutido na economia brasileira.
“No plano nacional, a elevação dos juros primários como estratégia de combate à inflação e o desequilíbrio externo em agravamento sinalizam para os próximos dois anos uma fase de menor crescimento e maior instabilidade financeira”, avaliou Fábio Gondim.

Saiba mais


- Além do Boletim de Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão, o Instituto Maranhenses de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) lançou ontem o estudo Situação Ambiental da Ilha do Maranhão, uma importante contribuição para se pensar uma política de desenvolvimento em sintonia com a sustentabilidade.
- O presidente do Imesc, Fernando Barreto, disse que, com a produção dessas duas publicações, o órgão cumpre sua missão institucional de produzir dados que proponham um melhor conhecimento da realidade ambiental para a aplicação de políticas públicas que melhorem os indicadores. “Não somos contra o desenvolvimento econômico, mas devemos estar atentos para o equilíbrio ambiental que deve estar atrelado a este desenvolvimento”, comparou.


Maranhão deve ter crescimento de 7,0% este ano

A afirmação é do Imesc, em publicação lançada nesta terça-feira (25).

SÃO LUÍS - A economia maranhense deve registrar, este ano, um crescimento real de 7,0% e perspectiva de elevação de 6,5% para o próximo ano. Esse é o cenário macroeconômico que aponta os “Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão - 1º Semestre de 2011”, do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), lançado nesta terça-feira (25) pelo secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Fábio Gondim, e pelo presidente do Instituto, Fernando Barreto. Na oportunidade foi lançada também a publicação “Situação Ambiental da Ilha de São Luís”.

“O Imesc tem realizado importante trabalho no sentido de reunir, sistematizar e analisar informações sobre a realidade maranhense. Com esses dados é que temos elementos para elaborar com base científica o Plano de Governo do Maranhão e subsidiar todos os interessados com indicadores confiáveis em suas mais diversas áreas”, afirmou o secretário Fábio Gondim ao elogiar e parabenizar “a equipe do Imesc pela qualidade dos trabalhos produzidos”.

Gondim ratificou ainda os inúmeros levantamentos que estão sendo realizados pelo Imesc/Seplan para implementação no Estado da gestão por resultados. “São informações e dados estatísticos que estão sendo coletados para definir as metas que devem ser alcançadas pelo Governo do Estado nas mais diversas áreas. É importante destacar que essas informações não são frias. Esses dados são atualizados e analisados constantemente”, assegurou.

O estudo do Imesc aponta ainda que o segmento mais dinâmico da economia maranhense deve ser o da construção civil e que as atividades do comércio também continuarão exibindo forte dinamismo como decorrência dos bons indicadores no mercado de trabalho e da ampliação das transferências federais constitucionais e voluntárias.

Segundo o economista Felipe de Holanda, coordenador dos Indicadores de Conjuntura de Econômica do Maranhão, o avanço dos novos investimentos e a ampliação do crédito imobiliário concorrem para fazer do setor da construção civil o responsável pelo maior contingente de contratações, tanto nos segmentos formal como informal.

Já o presidente do Imesc, Fernando Barreto, revelou que o volume de financiamentos para a aquisição de imóveis manteve expansão acelerada nos primeiros 5 meses de 2011, ou seja, 54,2%, em comparação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação e entre 2006 e 2010 a taxa média de crescimento anual foi de 83,4% em termos reais. Ele anunciou que, ainda este mês, o Instituto vai lançar o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) com dados e informações de todos os 217 municípios maranhenses.

Análise

A outra publicação do Imesc, também lançada nesta quarta-feira (25), a “Situação Ambiental da Ilha do Maranhão” procurou fazer uma análise da situação ambiental da Ilha do Maranhão correlacionando as características fisiográficas aos aspectos socioeconômicos dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. Também propõe medidas que contribuam no processo de planejamento e elaboração de políticas públicas.

O livro faz uma análise de temas como caracterização hidrográfica, desflorestamentos e queimadas, manquezal, destinação de resíduos sólidos, unidades de conservação e legislação ambiental. A coordenadora do trabalho, Jane Karina Silva Mendonça, alertou para alguns dados preocupantes na Ilha, como o foco de queimadas e a ocupação desordenada do solo.

“Em um ano, de agosto de 2009 a agosto de 2010, foram registrados 234 focos de queimadas na Ilha do Maranhão, sendo 42 em Paço do Lumiar, 14 em Raposa, 70 em Ribamar e 108 em São Luís”, contabilizou. Ela ainda alertou para a destinação dos resíduos sólidos e apontou medidas preventivas, corretivas e de monitoramento que devem ser adotadas, entre as quais, a realização de trabalhos de sensibilização junto à população para a diminuição da produção de resíduos, separação correta de resíduos, coleta seletiva, reaproveitamento e reciclagem.

http://imirante.globo.com/noticias/2...na289087.shtml

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