A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) inicia, nesta sexta-feira (15), as obras de construção do espigão da Ponta d’Areia. A ordem de serviço autorizando o início dos trabalhos será assinada pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, em solenidade às 10h, nas proximidades do Memorial Bandeira Tribuzzi. No total, a obra deve durar cerca de seis meses e custou aos cofres do estado algo em torno de R$ 12 milhões.
O Espigão (ou quebra-mar, como é mais conhecido) resolverá o problema da erosão na orla, que tem se agravado nos últimos meses devido à força da maré, ameaçando bares e prédios localizados à beira da praia.
Segundo o secretário, toda a área da chamada Península da Ponta d’Areia correria o risco de desaparecer caso não houvesse essa intervenção.
“Não existe risco iminente, não é que a área pode desaparecer hoje ou amanhã, mas, com o tempo, a maré vai avançar cada vez mais e a erosão vai aumentar também”, declarou.
Dados do projeto que serviu de base para a realização da obra apontam que a construção da Barragem e do Aterro do Bacanga modificaram a velocidade de vazão dos rios Bacanga e Anil, influenciando no “transporte” de areia pela maré rios adentro.
De acordo com o estudo, financiado pela Vale e doado ao Governo do Estado, o acúmulo de areia acarretou a modificação da corrente na área da Ponta d’Areia, aumentando a intensidade da erosão.
Assoreamento
Além da erosão, a medida conterá também o assoreamento do canal existente entre a península e o banco de minerva – espécie de banco de areia. O local serve para o tráfego de embarcações. “Essa é a solução mais viável que encontramos para o caso. Além de mais econômica, a construção do espigão é mais ágil, além de ser uma técnica já utilizada com sucesso em outros lugares”, acrescentou Max Barros.
A estrutura do quebra-mar terá 572 metros de extensão, com largura variando de sete metros, no ponto mais próximo da terra, a 13 metros. A altura varia de quatro a 14 metros.
Lagoa da Jansen
Max Barros, também, destacou os benefícios da obra para a manutenção do mangue na Lagoa da Jansen. Ele explicou que, com a retomada do fluxo da maré, a troca de água entre a lagoa e o mar será maior, o que facilitará a oxigenação do mangue.
“Isso, aliado a uma dragagem do canal de ligação com o mar, que estamos planejando para o futuro, proporcionará maior troca de água dentro da Lagoa, favorecendo a oxigenação e manutenção do mangue”, completou.
Fonte: Secretaria Estadual de Comunicação (Secom)
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