No fim de semana dedicado às mães, a atriz Rosane Gofman apresentará em São Luís a comédia “Amor perfeito”, hoje e amanhã, às 21h e domingo, às 19h, no Teatro Arthur Azevedo (Centro). O monólogo tem como fio condutor as mais diversas situações da rotina materna que vão desde a superproteção até as mais loucas chantagens emocionais.
Em cartaz há dois anos, o espetáculo já foi encenado em diversos estados brasileiros e, depois do Maranhão, deverá ser exibido em Brasília e Goiás. “A temporada já está no fim, pois em agosto pretendo estrear uma nova peça”, afirmou Rosane Gofman, em entrevista por telefone a O Estado.
Embora esta seja a terceira vez que a atriz vem a São Luís, será a primeira na qual ela vai se apresentar na principal casa de espetáculo da Ilha. “As duas outras vezes foram com os espetáculos ‘Êxtase’ e ‘Ladrão em noite de chuva’, mas, nas duas vezes, o Teatro Arthur Azevedo estava fechado”, relembra a atriz.
A peça, que tem texto de Denise Crispun, direção de Yuri Gofman e trilha sonora de Charles Khan, trata, com muito bom humor, sobre temas do universo materno, mas que leva a identificação para todos os espectadores. “Depois das apresentações não só as mães vêem falar comigo, mas também pediatras, maridos e os filhos, que acabam vendo suas mães sobre o palco”, observou a atriz.
Enredo – Dora, personagem de Rosane Gofman, por meio de lembranças, perpassa por todas as fases da vida do filho e, em cada uma, características universais acabam vistas com “lente de aumento”. Sobre o palco, a dedicação materna é tamanha que ela é capaz de não deixar o filho de 7 anos usar o garfo, justificando que "é muito perigoso".
Com estas e outras atitudes inusitadas, Dora incorpora os anseios de todas as mães do mundo, provando que o amor é capaz de sobreviver às turbulências causadas pelo excesso de zelo e à falta de limites na relação familiar.
Ela mente, reclama, briga exageradamente, mas no final sempre é abatida pelo sentimento de arrependimento e entende que seu descontrole é "por amor". Rosane Gofman confessa que se identifica com a personagem. “A peça foi escrita para mim, então tenho muito da Dora, acho que todas as mães têm”, disse a atriz, que tem três filhos.
Para ela, Dora reflete a personalidade de uma mulher doce, meiga e até muito delicada, quando o assunto não é filho. Sua individualidade se espelha na pouca maquiagem que usa e pela opção de figurino. Apesar disso, a personagem sabe o momento certo de demonstrar que está "antenada" em todos os assuntos da modernidade, assim como a mulher atual. No entanto, não dispensa as tradições que aprendeu com sua mãe, especialmente com relação à criação dos filhos. Sendo assim, o choque de geração é inevitável, mas tudo regado a muitas gargalhadas.
“Amor perfeito” tem produção local de Guilherme Frota e marca as comemorações dos 20 anos de atividades de sua produção cultural.
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