FORTALEZA – Representantes dos principais portos dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) participaram do II Encontro de Portos, que terminou ontem, no salão de eventos do hotel Marina Park, em Fortaleza (CE). O evento, que teve início no dia 1º, foi aberto ao público, promovido pela Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP). O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Hermes Ferreira, coordenou a equipe de profissionais do Porto do Itaqui, que montou estande no evento.
“Queremos mostrar aos nossos parceiros que temos competitividade e apoio do Governo do Estado para despontarmos ainda mais no mercado internacional como um porto de muitas vantagens econômicas”, disse Ferreira. Neste sentido, para os próximos dois anos, há estimativas de investimentos da ordem de R$ 300 milhões na ampliação do porto e construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que deve incrementar as exportações agrícolas do país em 15 milhões de toneladas/ano.
O Encontro reuniu técnicos portuários e líderes empresariais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe Timor. Também participam presidentes e integrantes da administração dos principais portos das Américas, Europa, África e Ásia, além de representantes de associações internacionais de outros continentes.
Durante o evento, ocorreram workshops e palestras com as principais autoridades do setor portuário, como o ministro-chefe da SEP, Pedro Brito; o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal, Antonio Mendonça; e o presidente da Associação dos Portos de Portugal, João Pedro Matos Fernandes. A primeira edição do Encontro de Portos da CPLP aconteceu em setembro de 2008, na cidade de Leixões, em Portugal.
Crítica – “O avanço do comércio entre Brasil e os países lusófonos depende de uma grande articulação entre governos e iniciativa privada", disse o especialista em questões africanas Altair Maia à Agência Lusa. Segundo ele, muitos produtos brasileiros são comprados por importadores africanos na Europa.
A idéia de uma ação conjunta do governo, exportadores e armadores, segundo sugere Maia, incluiria a seleção de portos brasileiros como concentradores de mercadorias, assegurando volume, regularidade e agilidade no transporte marítimo.
De acordo com Maia, os países africanos importam anualmente cerca de US$ 500 bilhões (R$ 864,2 bilhões), dos quais menos de US$ 10 bilhões (R$ 17,2 bilhões) são do Brasil. "É menos de 2%", afirmou Maia. Para ele, há um bom potencial de negócios na costa oeste africana, mas o crescimento das trocas comerciais depende de estratégias eficientes.
O Brasil concentra 37 portos públicos, 42 terminais privados e três complexos portuários que movimentam cerca de 700 milhões de toneladas de mercadorias por ano, respondendo por mais de 90% das exportações, conforme dados disponibilizados pela organização do evento.
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2009/12/04/pagina166151.asp
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