sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ponta da Espera pode abrigar Divisão Anfíbia


A região portuária da Ponta da Espera, inspecionada ontem pelo almirante-de-esquadra fuzileiro naval, Álvaro Augusto Dias Monteiro, comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, apresenta as qualidades necessárias para abrigar a Segunda Divisão Anfíbia da corporação militar. As análises técnicas tiveram como objetivo verificar a viabilidade de instalação, em São Luís, de todos os destacamentos da base naval, que comportará a Segunda Esquadra da Marinha, prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END), do Governo Federal.

Além do Maranhão, o estado do Ceará pleiteia o empreendimento, que deve equiparar-se à Primeira Esquadra Militar, situada no Rio de Janeiro. Segundo o almirante, a primeira rodada de discussões entre os membros que compõem o alto comando da Marinha - para a escolha da cidade sede - deverá ocorrer na segunda quinzena deste mês. A expectativa é que até o mês de dezembro o Ministério da Defesa receba o relatório com a definição.

De acordo com Álvaro Augusto Dias Monteiro, a região portuária que abrange Ponta da Espera e Ilha do Medo, tem grande chance de abrigar a Segunda Divisão Anfíbia, do Corpo de Fuzileiros Navais, por causa das potencialidades constatadas. “Percebemos que há uma espécie de vocação da área para abrigar o empreendimento, pois existem aspectos estratégicos, como uma localização ideal para defesa militar, e outros fatores específicos, como espaço geográfico, estrutura portuária e canal marítimo”, disse.

Segundo o almirante, a base naval da Segunda Esquadra da Marinha levará uma série de benefícios ao estado escolhido (Maranhão ou Ceará). Ele calcula que o empreendimento acomode estrutura para receber uma média de seis mil militares, o que significa um montante de cerca de 20 mil pessoas (familiares). A migração exigirá, contudo, investimento em moradias, escolas, infra-estrutura sanitária, comércio, dentre outros. “No entanto, após a escolha definitiva, a cidade terá muito tempo para estruturar-se. A implantação de uma base deste suporte leva cerca de 20 ou 30 anos para ser instalada por completo. Os avanços, portanto, serão gradativos, o que revela que São Luís tem total condição para recebê-la”, explicou.

Entusiasmado com as avaliações do almirante, o capitão-de-mar-e-guerra Luis Carlos de Melo, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão, disse que espera, o quanto antes, o anúncio de São Luís como cidade-sede escolhida pela Marinha do Brasil para abrigar a segunda esquadra. “As perspectivas são fortes, bastante consistentes, e o nosso desejo é que a capital receba a segunda esquadra num futuro não muito distante. Com a confirmação, teremos geração de milhares de empregos, avanços tecnológicos, expansão social e inúmeros outros avanços”, finalizou.

Álvaro Augusto viaja ainda hoje para a cidade do Rio de Janeiro. Ele levará suas observações a todos os membros da almirantada, responsáveis por assessorar a autoridade máxima da Marinha do Brasil, o almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, em sua decisão.

Nenhum comentário: