quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Marinha faz nova inspeção para avaliar implantação de base naval


O alto comando da Marinha do Brasil realiza, a partir de hoje, mais uma etapa de análises da região portuária de São Luís, para verificar a viabilidade de construção, no litoral ludovicense, da base naval que abrigará a Segunda Esquadra da Marinha, prevista na Estratégia Nacional de Defesa (END) do Governo Federal. O Almirante-de-Esquadra Fuzileiro Naval, Álvaro Augusto Dias Monteiro, comandante-geral do Corpo de Fuzileiros Navais, desembarca entre o fim da tarde e início da noite de hoje no Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado para colher novos dados, assistir às potencialidades da Baía de São Marcos e assessorar em sua tomada de decisão a autoridade máxima da Marinha do Brasil. Ele vai permanecer na capital até a próxima sexta-feira, período em que deve elaborar um relatório técnico de observações.

Para o capitão-de-Mar-e-Guerra Luis Carlos de Melo, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão, a inspeção do almirante Álvaro Dias Monteiro é de extrema importância para o estado - que disputa com Ceará a implantação do projeto - uma vez que permite a mais um membro do alto escalão do comando da Marinha conhecer toda a região portuária de São Luís e as principais atividades navais nela desenvolvidas. "Todos os membros do alto comando estarão em São Luís nos próximos meses. Além de analisar a possibilidade de construção da segunda esquadra, eles terão a missão de assessorar o comando em suas decisões. Vamos recebê-los e dar todo o suporte necessário", declarou.

No mês passado, o comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, esteve em São Luís com o propósito de conhecer a região costeira e detalhar as diretrizes do projeto de implantação da nova esquadra. Na ocasião, ele destacou como sendo um dos principais pontos de análises da corporação para a implantação da segunda esquadra a proximidade da Baía de São Marcos com a foz do rio Amazonas, além das potencialidades do Porto do Itaqui, que dispõe de uma infraestrutura de grande porte em águas profundas.

De acordo com Luis Carlos de Melo, além da movimentação de navios, a base naval poderá mobilizar cerca de três mil militares. No tocante às famílias, a estimativa é que pelo menos 12 mil pessoas devam chegar à cidade, o que significa a necessidade de construção de novas moradias, escolas, hospitais, entre outros investimentos. Por outro lado, segundo o comandante, a própria esquadra, como força naval, necessitará de uma série de empreendimentos de apoio, como infra-estrutura industrial, tecnológica, energia e mão-de-obra qualificada.

Além do comandante Luis Carlos de Melo, outros representantes da Capitania dos Portos deverão receber o almirante no aeroporto e acompanhá-lo em suas visitas técnicas na região portuária. A expectativa é que o almirante Álvaro Dias Monteiro aponte outros quesitos (além da proximidade entre a Baía de São Marcos e a foz do rio Amazonas e o suporte a potencialidade operacional do Porto do Itaqui) que possam ser considerados decisivos para a escolha de São Luís como sede da Segunda Esquadra.

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