EBX confirma exploração de petróleo e gás no MA

Eike Batista

Wilson Lima
Da equipe de O Estado

O presidente do grupo EBX, Eike Batista, confirmou ontem durante a abertura do Painel Empresarial 2009 que o braço ligado à exploração de petróleo e gás do grupo, a OGX, iniciará em novembro as prospecções de campos de petróleo e gás na bacia Pará-Maranhão, na região de Barreirinhas.

Durante a nona rodada de licitação da Agência Nacional de Petróleo, ocorrida em novembro de 2007, a OGX adquiriu cinco blocos de exploração off shore na bacia Pará-Maranhão. Os cinco blocos foram arrematados por um total de R$ 8,18 milhões. Um dos blocos, na área SPAMA-AR1 foi adquirida por R$ 1.448.863,00 e os demais por R$ 6.740.763,00.

De acordo com Eike Batista, somente no trabalho de pesquisa serão investidos aproximadamente R$ 310 milhões a partir de novembro. A expectativa do grupo é começar a exploração comercial do bloco, caso seja encontrado petróleo e gás, a partir de março do ano que vem. Mesmo se tratando de uma área não explorada e com informações relacionadas à viabilidade de exploração desconhecidas, o presidente do grupo EBX está otimista. “Estamos bastante confiantes e otimistas que vamos encontrar petróleo e gás. Nós temos cultura de investir em risco. Porque entendo que será óleo leve, de altíssima qualidade, podendo incluir, no futuro, o Maranhão como produtor da área de petróleo e gás”, afirmou Batista.

Até o momento, apenas a Devon Energy realizou prospecções no litoral maranhense em busca de petróleo e gás. Mas, as investidas da Devon não foram bem sucedidas. Entretanto, dados relacionados à indústria do petróleo dão conta de que um projeto de prospecção bem sucedido é aquele em que se consegue encontrar petróleo ou gás em pelo menos 27% dos campos perfurados. Apesar disso, Batista reconhece que a operação na bacia Pará-Maranhão é de alto risco. “Nós temos costume em investimentos de alto risco”, justificou.

Parnaíba - A OGX também deverá, a partir do ano que vem, iniciar os trabalhos de pesquisa visando a exploração de petróleo e gás em bacias sedimentares. Somente nessa área, a OGX deverá investir aproximadamente R$ 60 milhões na pesquisa visando encontrar petróleo e gás na Bacia do Parnaíba.

Em setembro último, o grupo adquiriu 70% dos sete blocos da Bacia do Parnaíba que foram adquiridos pela Petra Energia S.A, na nona rodada de licitações da ANP. A Petra, porém, permanecerá com os 30% restantes. E, no Maranhão, o grupo também mantém o otimismo de encontrar petróleo e gás nas áreas de novas fronteiras. “Quem sabe vamos descobrir petróleo e gás terrestres. O nordeste produz no Rio Grande do Norte, em Recife e por que não no Maranhão?”, analisou Eike Batista.

Nesse caso, o otimismo de Eike Batista toma como base estudos sísmicos realizados pela Petrobrás no ano passado, quando a empresa perfurou um poço na Bacia do Parnaíba, na qual foram encontrados indícios de gás natural.